Jagunço🍸
Me perguntava como eu pude ser sido tão vulnerável a situação, minha cabeça latejava de dor, e eu não pensava em dar sossego para ela, pensava, e pensava em como me desculpar, e tentar explicar o inexplicável, eu estava com a boca do Marcelo grudada na minha, ela tinha razão em tudo que tinha me dito, e o peso da culpa e do arrependimento eram sufocantes.
- Não fica assim Paulínia, ela vai te perdoar. - Me consolou - Talvez ela nunca mais fale comigo, não queira me ver nem pintado de ouro, mais você sempre ajudou ela nunca deixou de coloca-la em seus planos sempre tentou proteger, ela te vê como uma irmã.
- Eu sempre tentei proteger ela e agora ela esta num hospital. - Disse em meio aos soluços -
Assim que entrei no banheiro, o grande espelhos em frente a um monte de pias fez eu tomar um susto comigo mesma, estava horrível. Meus cabelos bagunçados, meus olhos vermelhos, inchados e doloridos de tanto chorar indicavam meu sofrimento.
Minha cabeça estava explodindo em dor e se colocasse a mão na testa sentiria ela latejar e ficar quente. Molhei um pouco o rosto na intenção de tentar melhorar um pouco a minha cara, e amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo alto tentando me recompor, nem que seja um pouco.
Deixei Roberta aos cuidados de Marcelo e voltei a subir a favela para resolver um compromisso, mais ainda para tomar um pouco de ar, o cheiro forte de alguém que vinha de dentro do hospital me dava a impressão de piorar minha dor de cabeça.
- Seja o que você tenha pra falar, se for importante, ou que você saiba que eu vou me estressar, evite, e espere, só consigo lidar com um problema de cada vez. - Adentrei a sala escura que era iluminada apenas por uma daquelas lâmpadas amarelas -
- O que aconteceu? - Ele passou os olhos pelo meu rosto inchado com a expressão de duvida, talvez, preocupação -
- Não te interessa. - Fui grossa -
- Certo. - Limpou a garganta - Vou ser breve. O caio, quero me aproximar dele.
Minha gargalhada saiu de forma espontânea e leve, comecei a rir que levei uma das mãos aos joelhos e a outra coloquei na altura do abdômen não aguentando a dor de rir tanto que surgia naquela região, me fazendo depois de alguns segundos me sentar para tentar respirar e limpar as lagrimas que caiam do meu rosto por passar tanto tempo rindo. Ele me olhava serio com uma postura rígida enquanto eu só faltava me jogar ao chão de tanto rir.
- Conta outra Nycollas. - Debochei - Que tipo de tortura você está querendo fazer comigo? Olha, não mete o Caio nisso.
- Tortura? De que merda você tá falando? Só estou dizendo que quero me aproximar do meu filho, eu tenho esse direito, só estou te informando, no momento certo eu vou contar pra ele.
- Bom, estou te informando que a resposta é não. E se você chegar perto do meu filho eu mato você.
- Eu sou o pai dele Paulínia.
- Você nunca foi um pai e não sabe o que é ser! Você só serviu pra atrasar minha vida. - Gritei sentindo minha garganta arder por tamanho esforço - Você me enganou, e me deixou criar um com filho com treze anos de idade sozinha! Eu já fiz as coisas mais nojentas possíveis para dar o bom e o do melhor para meu bebê, MEU. Eu não vou deixar você encostar em um fio de cabelo dele. - Senti meus olhos arderem e minha visão ficar embasada, eu segurava o quanto podia para não chorar na sua frente -
- Parabéns mamãe do ano, e eu sou o dono do caralho todo e faço o que eu quiser. Vou repetir, só tô te informando, bagulho já decidi e acabou. - Disse em um tom provocador com uma segurança em si mesmo que irritava -
- Eu vou te mostrar a mulher que você nunca conheceu, tenta encostar no meu filho. - Disse levantando e me aproximando, dizendo a frase em tom de ameaça. -
- Você fica muito gostosa tentando defender nosso filho. - Se aquilo fosse um desenho animado estaria saindo fumaça da minha cabeça -
- Caio nunca foi NOSSO filho! Ele é meu.
Antes mesmo que eu pudesse cometer alguma loucura li mesmo que depois certamente arrumaria problemas para mim, sai daquela maldita casa. Procurei o relógio em meu pulso e notei ser quase sete da manhã. Depois de passar a madrugada inteira no hospital, fui pra casa acordar Caio para ir a escola.
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𝐄𝐔 𝐄 𝐄𝐋𝐀
Teen Fictionᴇ ᴅᴀ sᴇᴍᴇɴᴛᴇ ɴᴀsᴄᴇ ᴏ ʙʀᴏᴛᴏ, ᴅᴏ ʙʀᴏᴛᴏ ɴᴀsᴄᴇ ᴀ ғʟᴏʀ, ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ɢʀᴀɴᴅᴇ ᴀᴍɪᴢᴀᴅᴇ ᴘᴏᴅᴇ ɴᴀsᴄᴇʀ ᴏ ᴀᴍᴏʀ. ᴠᴇɴᴄɪᴅᴏ ᴘᴇʟᴀ ᴇᴍᴏçãᴏ, ᴅᴏᴍɪɴᴀᴅᴏ ᴘᴇʟᴏ ᴅᴇsᴇᴊᴏ, ʀᴇᴄᴏʀᴅᴏ ᴄᴏᴍ ᴇᴍᴏçãᴏ ᴏ ɴᴏssᴏ ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ʙᴇɪᴊᴏ. ᴏ ʟɪᴍãᴏ é ᴛãᴏ ᴀᴢᴇᴅᴏ ǫᴜᴇ ɴɪɴɢᴜéᴍ ᴘᴏᴅᴇ ᴄʜᴜᴘᴀʀ, sᴜᴀ ʙᴏᴄᴀ é ᴛãᴏ ᴅᴏᴄᴇ ǫᴜᴇ s...