Paulínia
Depois que a festa terminou, e já tínhamos terminado de arrumar toda bagunça que a casa estava, eu tomei um banho, lavei meus cabelos e coloquei um pijama para dormir a qualquer momento. Via alguma serie na TV quando notei Nycollas me observava pé na porta encostado da meu quarto sabe-se lá por quando tempo.
- Suave parceiro? - não sabia a quanto tempo, mais Nycollas estava encostado no porta do quarto com os braços cruzados - Achei que tu tinha vazado já. - falei meio confusa me sentando na cama enquanto ele se sentou ao meu lado -
- Queria conversar contigo, falar sobre nós dois tá ligado? - parecia tão perdido quanto eu, seu tom de voz transmitia dúvida-
- Já mandei o papo pra tu, cê chapa demais. Não existe nós. - não disse brava, mas sim, soltando uma risada espontânea -- Como que não louca? A gente já vai pro segundo menor juntos. Te curto pra caralho sabe? E se você se permitisse ia gostar de mim na mesma intensidade.
- Papo retão? Não permito, tô sempre recuando, por não quero me machucar de novo! - eu Sorri tentando explicar com paciência, afim de deixar as coisas claras - Não adianta vir com o papo de que os bagulho não vão se repetir. Tua vida coloca uma bala mirada no meio da sua testa, daqui a um tempinho volta a ser procurado. Se tu for preso de novo, ou morto, com a gente tendo alguma coisa, não vou me perdoar por perder você. Tenho certeza de que se não tivesse medo, amaria tu pra caralho. - me surpreendi comigo mesma por desferir aquelas palavras em um tom totalmente sincero, era como se eu sentisse um peso saindo das minhas costas -
- Entendi. - Disse olhando pro chão, parecendo recapitular cada palavra minha em sua cabeça -
- Outra coisa, - continuei - tô suave dessa vida já, sabe, quero parar de matar pessoas, quero focar no futuro dos meus filhos, ser a melhor mãe que eu posso e proporcionar pra eles lembranças boas, e um futuro maneiro, tu entende?
- Faz o que tu achad melhor, tá pensando nos nosso menor e é isso que importa.
- Foi a primeira vez durante toda nossa conversa que ele me olhou nos olhos, e eu pude notá-los lagrimejados - Só te manso um papo, não me afasta das minhas cria, mesmo que eu seja desse lado errado, quero ficar perto de vocês, de você!
- Te quero perto também. - Sorri satisfeita sem mostrar os dentes e ele retribuiu com um sorriso mas, ainda sim, um olhar triste -
Era a primeira vez em meses que conseguíamos manter um diálogo sem alterar o tom de voz, ou sair dele com raiva um do outro, e tendo resultados positivos para ambos.
Ele se aproximou, e me envolveu em seus braços me fazendo despertar sentimentos de quando eu ainda era só uma garota ingênua, com uma paixão platônica por ele, agora, depois de termos um filho juntos e estarmos esperando outro, me dei conta de que aquela era a primeira vez que nos abraçávamos, e eu gostei da sensação, e com certeza não tiraria seu perfume da mente tão cedo.
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𝐄𝐔 𝐄 𝐄𝐋𝐀
Teen Fictionᴇ ᴅᴀ sᴇᴍᴇɴᴛᴇ ɴᴀsᴄᴇ ᴏ ʙʀᴏᴛᴏ, ᴅᴏ ʙʀᴏᴛᴏ ɴᴀsᴄᴇ ᴀ ғʟᴏʀ, ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ɢʀᴀɴᴅᴇ ᴀᴍɪᴢᴀᴅᴇ ᴘᴏᴅᴇ ɴᴀsᴄᴇʀ ᴏ ᴀᴍᴏʀ. ᴠᴇɴᴄɪᴅᴏ ᴘᴇʟᴀ ᴇᴍᴏçãᴏ, ᴅᴏᴍɪɴᴀᴅᴏ ᴘᴇʟᴏ ᴅᴇsᴇᴊᴏ, ʀᴇᴄᴏʀᴅᴏ ᴄᴏᴍ ᴇᴍᴏçãᴏ ᴏ ɴᴏssᴏ ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ʙᴇɪᴊᴏ. ᴏ ʟɪᴍãᴏ é ᴛãᴏ ᴀᴢᴇᴅᴏ ǫᴜᴇ ɴɪɴɢᴜéᴍ ᴘᴏᴅᴇ ᴄʜᴜᴘᴀʀ, sᴜᴀ ʙᴏᴄᴀ é ᴛãᴏ ᴅᴏᴄᴇ ǫᴜᴇ s...