Capítulo 3

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O sábado amanheceu nublado, assim como todos os dias nessa cidade fria, mas que eu amava demais. Hoje seria um dia que Marcela com toda certeza queria descansar, mas ela me tem como irmã e sabe que sábado é dia de uma baladinha. A gente trabalha durante os cincos dias da semana, merecemos pelo menos dois dias sem estresse. Assim que terminei minha higiene matinal, sair do quarto e fui pra cozinha dando de cara com ela fazendo uns waffles pra gente.

- Bom dia mana. - falei sentando na cadeira alta.

- Bom dia bebê. - ela respondeu sorrindo e colocando dois waffles no prato e me entregando.

- Obrigada. - falei levando o garfo a boca.

- O que você vai fazer hoje? - ela perguntou sentando do outro lado do balcão.

- Nós vamos fazer. - falei sorrindo.

- Ah não Mariana, eu quero dormir o dia todo hoje. - ela disse bufando.

- Você vai dormir, mas a noite nós vamos pra a 1 Oak. - falei apontando o garfo pra mesma.

A 1 Oak está na lista das baladas super exclusivas de NY, quem consegue passar pelos seguranças e entra, pode se gabar com os amigos e carregar as redes sociais de fotos na mesma. Você pode se esbarrar facilmente com o Leonardo Di Caprio, Beyoncé ou Jay-Z. Os tipos de músicas que tocam lá é House, Charts, Hip Hop & R'n'b, você precisa conhecer algum promoter ou ter um nome prestigiado na cidade para entrar. Só íamos nela por causa da privacidade e não tínhamos problemas em relação a transporte pra voltar pra casa.

- Não estou com paciência pra aquelas patricinhas. - minha irmã disse.

- Quais? - perguntei.

- As Velmonts. - ela disse colocando o prato na pia.

- Nem eu, por isso chamei duas pessoas pra ir com a gente. - disse lhe entregando meu prato e indo em direção a sala pegando meu celular que estava na mesinha de centro.

- Que duas pessoas? - ela perguntou curiosa.

- Ivy e Gizelly. - falei e vi que acabei de receber uma mensagem da Ivy.

- Você não disse que não iria mais transar com nossa advogada Mariana? - ela perguntou negando com a cabeça.

- Ain mana, eu gosto da presença dela. - falei bloqueando o celular.

A manhã passou rápida demais, preparamos nosso almoço que foi uma salada grega feita com maestria pela minha irmã e passamos a tarde toda dormindo. Assim que deu 22h começamos a nos arrumar, a noite estava fria demais então coloquei uma camisa de gola alta preta, uma calça da mesma cor apertada e meus coturnos, peguei meu sobretudo mais novo e voltei pro banheiro dando duas borrifadas do meu melhor perfume. Abrir a porta do quarto de Marcela e vi que estava vazio, sair pelo corredor indo pra sala e ela estava sentada olhando o celular.

- Está uma gata. Se arrumou assim pra Gizelly? - perguntei procurando graça.

- Eu sempre me arrumo. - ela rebateu revirando os olhos.

- Mas não desse jeito. - falei dando uma piscadinha.

- Vamos né. - ela levantou pegando o sobretudo e indo em direção a porta.

Andei atrás dela rindo e travei a porta, entramos no elevador e pra nossa sorte ele não parou em andar algum, assim que saímos do prédio um Uber conhecido nosso já estava a nossa espera estacionado ali na frente.

- Boa noite Henry. - falei dando um beijo na bochecha dele.

- Boa noite. - Marcela disse sorrindo e fazendo a mesma coisa.

Quando o vento soprarOnde histórias criam vida. Descubra agora