Capítulo 15

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A restante da semana foi tranquila coisa que deixou Ivy um pouco apreensiva, pois ela tinha dito que o pai iria fazer o que fosse preciso pra levar a mesma de volta a Paris. Gizelly passou esses dias tentando achar aonde o pai da minha cunhada estava hospedado, porém não tivemos êxito na procura, decidimos que Ivy iria ficar uns tempos lá no nosso apartamento pois era o lugar mais seguro e quem resolvesse aparecer teria que passar por uma segurança rigorosa e eu já tinha impedido também a entrada do pai dela lá.

Eu fiquei muito chocada com as atrocidades que esse homem tinha feito com ela, pessoas como essa eu queria longe da minha família. Eu e a Mari nunca tivemos esse problema em casa, nossos pais sempre nos aceitaram e nos respeitaram, lembro como hoje quando contei a ele que estava namorando uma menina na época do ensino médio. A única coisa que ele perguntou foi: "Ela é legal?", fiquei uns segundos sem responder até que minha madrasta colocou sua mão no meu ombro perguntando se eu estava bem. Comecei a chorar horrores e Mari estava ao meu lado sem entender nada do motivo do meu choro, meu pai apenas me puxou e me abraçou dizendo que iria me proteger de todo mal do mundo e acreditem ele fez.

Ouvir dois toques na minha porta quando pedi pra pessoa entrar.

- Está ocupada? - Mari perguntou colocando a cabeça pra dentro.

- Pra você nunca. - respondi sorrindo.

- Queria conversar algo contigo, uma coisa que eu estou pensando desde que voltamos de Los Angeles. - ela disse me cumprimentando com um abraço apertado.

- Vamos sentar ali. - falei apontando pro sofá que tinha no canto da sala.

- Eu não sei você, mas eu sinto falta de dias mais ensolarados... - ela começou a falar, mas cortei a mesma antes de terminar.

- Você quer ir se estabelecer em Los Angeles? - perguntei apoiando minha mão no encosto do sofá.

- Na verdade não, quero ir pra Miami. - ela respondeu me surpreendendo.

- Nossa mana, realmente você me pegou de surpresa com Miami. - falei rindo.

- Eu não quero te deixar aqui sozinha, você sabe que nós precisamos uma da outra. Essa coisa do pai da Ivy aqui só me deu mais certeza de ir embora dessa cidade, posso abrir uma filial da Gonzalez Architecture lá e tem a filial da M&G que você poderia assumir e tirar aquele banana do Arthur da direção. 

- E você já tem todo um plano. - falei sorrindo e negando com a cabeça.

- Que foi? Não acha correto? - ela perguntou confusa.

- Pelo contrário Mari, eu também já estava pensando em conversar algo sobre isso contigo. Só não sabia que você já tinha praticamente tudo arquitetado. Eu também quero ir embora daqui, tanto que estou treinando a Rafa pra ocupar meu cargo aqui. - falei pegando uma de suas mãos e brincando com seus dedos, mania essa que eu tinha desde que éramos crianças.

- Então vamos pra Miami? - ela perguntou.

- Vamos pra Miami. - respondi sorrindo e minha irmã se jogou em cima de mim me abraçando.

Estávamos rindo de coisas que aconteceu em uma das obras que ela estava comandando quando nos deparamos com Gizelly com as mãos na cintura nos olhando.

Quando o vento soprarOnde histórias criam vida. Descubra agora