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a ruiva ao abaixar para desviar do soco, levantou por trás de Arthur fazendo o garoto se virar rapidamente para ela.

— pensei que fosse menos covarde.— Carol disse enquanto encarava o garoto, em posição de defesa.

desviou de mais um soco e revidou acertando o peito de Arthur, o fazendo recuar um passo para trás após resmungar com a dor de seu soco.

— você se acha muito esperta, Caroline.— Arthur falou, encarando Carol enquanto andava cautelosamente ao redor da ruiva.

— não me acho nada.

a ruiva se concentrou em seus poderes e conseguiu jogar o corpo de Arthur para trás, não muito forte mas o suficiente para ele cair.

Carol não pensou que o teste seria assim, não queria machucar Arthur por mais que o garoto a estivesse enchendo o saco. ao se levantar do chão, Arthur deu um sorriso ladino e antes que Carol pudesse pensar, estava em outro lugar.

Arthur estava em sua frente, mas todo o local que estavam antes tinha sumido. estavam em uma espécie de floresta e por sua visão periférica pôde ver Day ao seu lado.

não acreditava que Arthur era baixo ao ponto de fazer isso, mas acabou se deixando levar para olhar Day que estava a encarando com um sorriso — percebeu que sentia ainda mais falta do que esperava — e com esse pequeno deslize sentiu um soco ser deixado em seu estômago.

suas mãos automaticamente foram levadas até o local, resmungando com a dor que havia sentido. Arthur riu, encarando a ruiva levantar seu rosto para olhar o mesmo, ainda um pouco curvada e com as mãos em seu abdômen.

Carol pensou em falar algo, mas a raiva que sentiu do garoto por usar Dayane para distrair ela e a atacar de forma covarde a consumiu de uma forma impressionante.

se esquivou de outro ataque de Arthur, e naquele momento descobriu que a raiva fazia com que sua dor desaparecesse. a respiração pesada de Carol revelava tamanha raiva que sentia naquele momento, então usou suas mãos para fazer o corpo de Arthur levitar e enquanto o garoto tentava voltar ao chão a ruiva jogou seu corpo para trás, fazendo toda aquela ilusão desaparecer e viu o corpo de Arthur caído contra a parede.

o garoto se levantou rápido e correu em direção da ruiva que estava com o maxilar travado e seus punhos cerrados. desviou de Arthur, e assim que o garoto se virou Carol abriu uma série de socos no rosto do garoto.

a ruiva segurou os ombros de Arthur, puxando seu corpo contra o seu joelho, acertando o abdômen do garoto.

— não seja tão sujo, Arthur.— a ruiva falou, fazendo seu corpo ser arremessado para o lado, derrubando o garoto no chão em uma distância de mais ou menos seis metros.

mesmo com o rosto arrebentado pelos socos, o garoto encarou Carol e deu um sorriso. novamente estava em uma ilusão, dessa vez estava no mesmo lugar em que seu pai havia morrido.

por um instante a ruiva hesitou e foi o tempo suficiente para Arthur se colocar de pé novamente, encarando Carol.

a ruiva o encarou de volta e sua raiva fez com que o garoto começasse a sentir falta de ar, dessa vez a ilusão não sumiu e o garoto levou as mãos até seu pescoço. só ali Carol percebeu o que estava fazendo e tomou controle, fazendo o garoto cair de joelhos enquanto recuperava o ar.

Carol caminhou em passos não tão calmos até o garoto, chutando seu rosto fazendo com que seu corpo caísse deitado no chão e levou seu pé até o pescoço de Arthur.

— nunca mais tente me fazer ficar fraca.— a ruiva falou, chutando sua costela.

se concentrou, fazendo com que aos poucos Arthur ficasse de pé e o jogou contra parede, fazendo com que seu corpo caísse sob o chão novamente.

em uma última tentativa, após se recuperar, Arthur correu em sua direção e Carol lembrou do que López havia feito no dia anterior. a ruiva derrubou o garoto, dando uma chave de braço no mesmo e apenas ali a ilusão sumiu, fazendo Carol ver todos que estavam ali a encarando e a ruiva deu um sorriso ladino antes de soltar o garoto e se levantar, o encarando no chão.

caminhou em direção as duas mulheres que a encaravam com rostos surpresos e sorrisos discretos, se sentando ao lado das mesmas e aos poucos sentiu seu estômago voltar a doer.

— ai. — resmungou, levando sua mão até o local.

— você foi incrível! — Achaga disse enquanto dois guardas iam até Arthur, que estava caído no chão. Tucker também ia até o garoto.

— quando chegarmos te dou um remédio pra dor.— López disse e Carol sorriu.

não queria admitir, mas López e Achaga haviam se tornado pessoas próximas, mesmo que colaborassem para que ela ficasse presa naquele lugar.

se mexeu um pouco sob o assento que estava, sentindo o abdômen doer.

— sua costela tá doendo? — López perguntou e a ruiva apenas afirmou.— você vai ter que ir na enfermaria, mas acredito que não tenha sido grave.

— eu espero.— a ruiva disse, dando uma risada nasal.

ao ver que Achaga e López estavam felizes por seu avanço e o resultado daquele teste, pensou que numa situação diferente, também gostaria que Day tivesse visto e ficado orgulhosa por seu desempenho.

— bela chave de braço, Biazin.— a morena disse, dando um sorriso ladino antes de levantar e encarar um dos guardas.— levem ela de volta e garantam que ela vá para a enfermaria.

falou firme, e o guarda afirmou antes de levantar da arquibancada e esperou que a ruiva também levantasse para que pudesse levá-la de volta ao carro.

Carol não perguntou se as duas iriam, acreditou que precisavam ficar, por causa de Tucker.

enquanto isso, Elana e Day não saiam de frente da tela, observando a movimentação da localização de Carol.

— ela tá voltando. — Elana disse, apontando para o pontinho vermelho que aparecia e sumia na tela.— tá indo rápido de novo.

— eles pegaram ela ou ela realmente só foi transportada pra algum lugar e agora estão voltando?

Day perguntou, mas acabou sendo uma pergunta retórica, fazendo com que as garotas ficassem em silêncio, pensativas.

— o que importa é que ela tá voltando, sabemos a localização dela e nada foi por água abaixo. —Elana disse, suspirando.— ao menos isso.

Day ficou em silêncio, pensando no que Carol deveria estar passando naquele lugar, no que poderiam estar fazendo e como ela estava sendo tratada. tudo deixava Day cada vez mais apreensiva e prestes a tomar uma iniciativa impulsiva e ir sozinha atrás de Carol, tirar ela daquele lugar e poder dar a liberdade que a ruiva merecia.

— ela não merece esse lugar.— Day disse cabisbaixa, negando com a cabeça. — temos que tirar ela de lá o mais rápido possível.

Paredes. | DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora