8.

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— obrigada por não ter me deixado lá. — Carol falou e olhou para o céu. apenas naquele momento percebeu como era indescritível a beleza das estrelas acima delas.

a noite era ainda mais linda do que se lembrava, o ar fora daquele quarto era ainda mais puro, libertador. finalmente Carol sentiu a liberdade, e isso a fez explodir em felicidade. desde que Day entrara em sua vida, Carol havia voltado a ter os sentimentos bons que não lembrava antes. o carinho, afeto, alegria... esperança. Carol teve esperança em sentir a liberdade lhe consumir, e assim a liberdade fez, a consumiu abaixo do céu estrelado, após correr uns cinco quilômetros. Carol observou o verde ao seu redor, mesmo que escuro, conseguia saber que era verde. era realmente uma bela paisagem, tão lindo quanto Day.

— nós agora podemos ir para casa? — Carol quebrou o silêncio após observar toda a paisagem em volta.

— onde você mora? — Day virou seu rosto para Carol.

estavam perto a ponto de sentirem suas respirações virarem apenas uma, então Day se afastou um pouco, para sua própria segurança. Carol era linda demais para seu psicológico aguentar ficar tão perto.

Carol se sentiu triste por Day se afastar, estava gostando da proximidade que tinha com ela, mas já estava tendo pensamentos duvidosos sobre estar perto demais também.

— eu lembro que morava em Kansas City. — Carol respondeu enfim a pergunta.

— eu também sou de lá. — Day deu um sorriso. — mas pelo visto não estamos no Missouri. — a morena observou. — precisamos sair daqui e procurar algo que nos ajude a saber onde estamos.

— ok. — Carol se levantou e olhou para Day. — por que você trouxe essa pasta? — perguntou, após muito tempo querendo fazer essa pergunta.

— preciso descobrir algo sobre esse lugar. — Day explicou enquanto se levantava. — vamos.

Day continuou a andar no caminho contrário de onde tinham vindo, junto com Carol que apenas observava tudo, com um sorriso em rosto.

— você deve estar feliz de ver o mundo após onze anos presa naquele inferno. — Day observou, dando um sorriso, olhando por um breve momento pra Carol que afirmou com a cabeça.

— é ainda mais lindo do que me lembrava. — Carol falou enquanto caminhava. — me sinto livre.

— e você é. — Day sorriu assim como Carol.

nenhuma das garotas entendiam como podiam ter ficado tão íntimas de forma tão rápida, mas ambas gostavam da companhia uma da outra, e era isso que importava para elas.

— vamos continuar amigas?— Carol perguntou após o silêncio ser reestabelecido entre elas.

— claro, somos da mesma cidade. podemos nos encontrar e você pode conhecer meus amigos também. — Day explicou.

pararam de andar quando perceberam que estavam próximas à um lago.

— espera... eu conheço esse lugar. — Day olhou em volta, dando um sorriso ao conseguir se localizar. — estamos em Michigan, esse é o pão de açúcar, viemos à essa montanha em uma excursão da escola quando eu era mais nova. — Day começou a explicar e se virou para Carol. — estamos próximas da Universidade do Michigan, apenas alguns quilômetros e estamos de volta à cidade.

Carol deu um sorriso ao saber que Day conhecia o lugar, isso significava que elas não iam ficar perdidas ali.

— o problema é que estamos em outro estado, mas se chegarmos à cidade, posso entrar em contato com meus amigos e logo estaremos longe daqui pra sempre. — Day se explicou enquanto olhava em volta, reconhecendo o caminho. — vamos, estamos mais próximas do que pensei.

Paredes. | DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora