7.

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a fumaça não demorou muito para adentrar no banheiro pelas frestas da porta, mas a porta foi uma boa proteção temporária contra o fogo. Day estava aflita por ver o fogo se alastrar para tão perto de Carol e a porta ainda estava trancada.

estava quase repensando em apagar o fogo quando viu uma luz vermelha tomar conta do quarto, e a porta ser aberta. deu um sorriso vitorioso e correu até o banheiro, levantando Carol que ainda estava no chão.

— feche os olhos e continue com o pano em seu rosto. — Day falou rápido, enquanto pegava o corpo pequeno e magro de Carol em seus braços.

havia uma vantagem em controlar os elementos, ela não era atingida por nenhum deles. mas isso não a tornava imortal, então com muito amor à sua vida, e a de Carol, saiu daquele quarto o mais rápido que pôde, vendo o fogo também começar a se alastrar pelo enorme corredor branco onde se encontrava agora.

— você tem alguma noção de por onde devemos ir? — Day perguntou e Carol abriu os olhos, se assustou ao ver tamanho incêndio que Day causou em tão pouco, mas focou e observou o corredor, ainda agarrada a Day.

— vamos pela direita, à esquerda está sem iluminação alguma, não deve ter nada muito importante por lá. — Carol observou e Day afirmou com a cabeça, sem perder tempo começou a correr pelo corredor com Carol no colo.

na verdade todas as luzes estavam na mesma coloração da que estava no quarto, mas realmente não havia nenhuma luz no lado esquerdo do corredor.

Day se assustou ao dar de cara com três homens, armados e com trajes estranhos, mas com uma aparência muito resistente. pensou em usar seus poderes mas não quis arriscar, então entrou no primeiro corredor que viu entre os demais corredores. aquele lugar parecia um labirinto.

— feche os olhos! — Day ordenou para Carol, que sem saber o que fazer, obedeceu.

Carol estava em uma posição inútil agora, sendo carregada por Day enquanto estavam sendo perseguidas pelos três homens que corriam bem rápido.

Day poderia correr ainda mais rápido se não estivesse com Carol no colo, e foi esse pensamento que foi à mente de Carol.

— me deixe aqui. — Carol falou alto, abrindo os olhos enquanto ainda sentia Day correr. — você poderia fugir deles sem mim, me deixe. — Carol repetiu, mas Day parecia não ouvir.

se meteu entre outro corredor, abrindo uma porta qualquer e adentrou a sala com Carol, fechando a porta à tempo de não ser vista pelos homens que as perseguiam.

— não vou deixar você aqui. — Day falou, colocando Carol no chão. — consegue correr?

— isso é burrice! sem mim você ganha tempo. — Carol falou, baixo, assim com Day para não serem pegas.

ouviram uma porta ser praticamente arrombada, um barulho alto mas longe o suficiente para que elas não tivessem que se preocupar agora.

— não ligo. consegue correr? — Day repetiu e Carol achou inútil tentar debater.

— consigo.

— ótimo. — Day olhou ao redor da sala. era como um escritório, mas sem ninguém. — deve ter algo útil aqui. tente não fazer barulho. — avisou e antes de se afastar, procurou por uma cadeira, a colocando no trinco da porta, protegendo temporariamente a entrada de alguém ali.

Carol não sabia o que fazer, apenas observou Day, que em sua vez estava perambulando pela sala em busca de algo útil.

a morena foi até a mesa que havia ali, ligando o notebook e procurou por algo útil ali também. entrou em abas e mais abas, até achar uma pasta onde estavam vários arquivos, com nomes diferentes e alguns deles ela reconheceu. copiou todos os arquivos e enviou pra seu e-mail. o som das portas estava cada vez mais próximo de onde elas estavam, então tentou fazer isso o mais rápido que pôde, jogando o notebook no chão, o quebrando logo em seguida. percebeu que havia uma porta ali, ao lado de uma enorme estante com algumas pastas.

Paredes. | DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora