14.

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— me desculpa, Victor. eu preciso tomar um banho. — Carol respondeu, se afastando da porta, esperando que Victor talvez fosse abrir a mesma.

o que não aconteceu.

— não precisa se desculpar, Ca. — Victor disse. — se você precisar de algo pra comer, pode ir pegar na cozinha.

— tudo bem, obrigada. — Carol respondeu e o silêncio se fez presente, provavelmente Victor havia descido novamente.

enquanto Carol ia tomar seu banho, Day estava descendo até onde os amigos estavam, porém não se encontraram no corredor. se jogou sob o sofá, enquanto seus amigos estavam no chão, jogando um jogo qualquer de tabuleiro.

— precisamos sair daqui. — Day comentou, fazendo os amigos ficarem confusos, virando seus olhares para a morena. — eles sabem onde nós estamos, sempre souberam. agora que eu e a Carol fugimos, com certeza eles vêm atrás de nós.

— não tinha parado pra pensar nisso. — Dreicon disse, com uma expressão séria, e um pouco preocupada em seu rosto. — realmente temos que ir embora daqui.

— o maior problema é explicar pra Carol o porquê. — Bruno começou, se levantando do chão. — a garota vai ficar mais confusa ainda sobre tudo. não podemos deixar na cara.

— a Day pode ir antes de nós pra algum lugar. — Victor disse, fazendo os amigos olharem pra ele. — meus pais financiam um apartamento pra mim no centro, nunca estive lá. eles não podem saber disso, certo?

— na verdade devem saber sim. — Day respondeu se levantando do sofá. — mas não custa tentar, se ninguém nos ver saindo daqui, não têm como saber onde estamos.

— eu não consigo teletransportar pra tão longe. — Dreicon observou. — mas consigo fazer como fizemos para voltar do Michigan.

— ótimo. — Day disse. — eu dou um jeito de enrolar a Carol, crio alguma história.

Day mordeu internamente sua bochecha, pensando em como falaria com Carol depois do que aconteceu. seria estranho conversar com ela, principalmente por não saber o que falar sobre o beijo, afinal Carol quem havia iniciado o mesmo.

— Day? — Bruno chamou, fazendo Day sair de seus pensamentos, o encarando. — tá tudo bem?

— sim, sim... — respondeu, passando as mãos por seus fios escuros. — só tô pensando no que vou falar pra Carol. ela ainda não sabe sobre nada disso.

— por precaução devíamos parar de falar sobre isso aqui, a Carol pode ouvir. — Dreicon disse, levantando-se do chão. — aliás, onde ela tá?

— no quarto do Bruno. — Victor respondeu. — ela disse que precisava tomar banho.

Day e Dreicon, sem que percebessem, balançaram suas cabeças levememte em conjunto, em concordância.

— você vai falar com ela. — Dreicon falou, olhando para Day.

— agora? — deu uma pausa. nervosa. — quer dizer, eu posso falar com ela amanhã, não?

— concordo com o Drei, melhor você falar agora. — Bruno disse.

— também acho, assim podemos ir amanhã cedo até o apartamento. — Victor disse, sendo o último a levantar do chão. — seja lá onde esses filhos da mãe estiverem, nos vigiando ou não, vai nos dar tempo contra eles.

— a única coisa que me preocupa é achar a família dela. — Day disse, suspirando. — sei que ela quer estar de volta em casa, ter respostas sobre tudo. ela precisa disso.

— nós vamos fazer o que pudermos pra isso, ok? — Bruno disse, colocando uma mão sob o ombro de Day. — vamos levar ela pra casa.

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Paredes. | DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora