Paredes. | Dayrol

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Day não conseguiu ver quanto tempo demorou para que todos percebessem que era uma emboscada, quando deu por si ainda estava correndo em busca de Carol, mas já havia vasculhado quase todos os lados e nada da ruiva.

López foi a primeira a lhe encontrar, com os ombros caídos, admitindo seu próprio fracasso. as pernas de Day cederam, mas antes que caísse Bárbara segurou seu corpo, enquanto um grito de desespero rasgou a garganta de Day, tão alto que López estremeceu.

— ele vai matar ela, não vai? — Day perguntou, enquanto as lágrimas escorriam silenciosamente em seu rosto. — ele vai matar a Carol.

— você precisa se acalmar. — López disse, a ajudando a ficar firme em seus pés. — Tucker é mais inteligente do que isso, ele pode usar a Carol como uma moeda de troca.

Day quis acreditar naquilo, mas ela não conseguiu. o desespero era crescente em seu peito, ela queria ter tido tempo com a ruiva, que tivessem se conhecido em outro momento, que tudo aquilo não passasse de um pesadelo, mas a dor em seu peito era real demais — era um massacre em seu coração. tudo lhe lembrava que aquilo era real.

havia perdido. não importa se ganhassem aquilo tudo, ela havia perdido.

López se obrigou a cuidar de Day, a levá-la de volta em segurança para o abrigo, mas a morena sequer esboçava alguma reação. o som de sua dor dava pra ser ouvido só de olhar para ela, quieta e reclusa. tão reclusa que fora ela quem teve de explicar para todos que Carol havia sido levada de novo, que estavam perdendo uma parte do grupo, mas eles estavam esperançosos quando Bárbara explicou que talvez fosse ser usada como uma moeda de troca. um acordo.

Travis tentou contato com os outros grupos, para pedir que recuassem, em uma tentativa de ter alguma notícia de Tucker mas os grupos não obedeceram. eles haviam esperado demais para serem livres, uma perda não seria nada comparado as suas outras perdas. era uma guerra afinal e todos perderiam alguém, mas perderiam mais se recuassem quando estavam tão perto de vencer.

— eles não vão ceder. — Travis disse, suspirando ao passar a mão pelo rosto, cansado. — mas com todo esse ataque é impossível que aquele desgraçado tente alguma troca.

— eles estão certos, apesar de tudo. — Achaga falou e todos olharam para ela. — a Carol é importante para nós, entramos nessa sabendo que poderíamos perder. eles querem a liberdade, não trocariam isso por alguém que sequer conhecem.

era doloroso, mas era a realidade. Day não estava entre eles, mas López duvidava que ela fosse esboçar qualquer reação mesmo se estivesse.

— temos que levar a Day para casa. — López falou, se convencendo daquilo. — ela não vai aguentar ficar aqui, temos que deixar ela segura e longe disso tudo.

— ela não tem com quem ficar. — Bruno falou, relembrando aquele fato.

— vocês também vão embora. — López decretou, se levantando do banco onde estava sentada e todos encararam ela, mas antes que alguém pudesse protestar ela falou novamente. — vocês já fizeram demais, estamos ganhando, mas a Day precisa dos amigos dela perto dela antes de qualquer outra coisa. vocês precisam estar seguros e juntos, por ela.

Elana soltou um suspiro, derrotada, mas assentiu e os outros não pareceram querer protestar contra López.

— ótimo. — a morena falou, olhando para Travis. — tem como me ajudar a levas eles de volta?

— posso conseguir um lugar seguro e garantir que cheguem bem.

— é só disso que precisamos.

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