Três Crianças

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POV- Sirius

Tínhamos acabado de pegar Harry na casa daquela família desprezível, o coitadinho estava deitado na grama do jardim, e os canalhas nem ao menos ligavam. Conversamos com eles, se não fosse Remus, eu teria azarado aquele trouxa idiota! Como Dumbledore havia dito, eles não se opuseram a entregar o Harry, e naquele momento que a Petúnia veio segurando ele (pelos braços e com nojo), meu coração quase saiu pela boca. Eu realmente seria PAI! Sim, Sirius Black, o filho rebelde da família Black, que dava em cima de todo mundo na época da escola, ia ser pai de uma criança! 

--Tome, aqui está ele, ainda acho ruim que tenhamos que ficar com ele de vez em quando.-- Aquele trouxa idiota teve mesmo a coragem de dizer aquilo? Eu olhei pra Remus e ele estava acariciando os cabelos de Harry, agora no colo dele, e por um instante toda a raiva passou.

--Pois bem, também não queríamos ter que deixá-lo aqui, mas vocês sabem como são os acordos com Dumbledore. Agora, nós vamos levá-lo para uma casa de verdade!-- Falei encarando Válter.

Eu e Remus saímos andando e eu juro que ouvi aquele saco de lixo com peruca e roupa murmurar: "viadinhos". Naquela hora, Remus puxou meu braço e disse que não valia a pena, ainda mais na frente de Harry. Virei de costas ajeitando a jaqueta, e assim saímos daquela casa miserável. Algum dia eu ainda vou conseguir jogar uma maldição naquela cara gorda!

Harry já nos conhecia, obviamente, então não deu o menor trabalho para ficar conosco. Não podíamos aparatar com um bebê, então fomos andando até o metro, até porque seria melhor passar esse tempo com ele até chegar em casa. Durante todo o caminho, Harry andou algumas vezes sozinho. Naqueles momentos em que ele estava no chão, meu coração palpitava em uma mistura de emoções, quando eu olhava para o lado, podia sentir que o Moony também estava assim.

Compramos uma casa nova, realmente para uma vida nova. Tinham, três quartos, dois banheiros, sala e cozinha. Ainda não tinha toda a mobília, então iríamos dormir em colchões aquela noite. Amanhã bem cedo, eu ia sair pra comprar alguns móveis e trazer os nossos. A casa era normal, apenas um pouco afastada da civilização, para que pudéssemos fazer magia sem trouxas notarem. Eu acabei sendo um pai meio babão, já tinha comprado tantos brinquedos e roupinhas que quando Moony viu, soltou uma risada abafada.

--Qual é? Só me adiantei!

--Aiai Sirius-- ele ainda riu um pouco, então sentou para brincar um pouco com a gente.

 Naquela noite, depois que Harry dormiu num colchão ao lado do nosso, ele virou e olhou para mim com uma cara que eu não consegui descrever até ele falar:

--E agora? Como a gente vai fazer isso? -- ele falava comigo, mas olhava para o teto.

-- Eu, sinceramente não sei. Mas ele precisa da gente, e eu sinto que fizemos certo. Lily e James devem estar mais tranquilos agora.

--Ou talvez não, o filho deles com dois idiotas que não sabem nem como troca uma lâmpada-- Nós dois rimos.

-- Vamos aprender, você é o bruxo mais esperto que eu conheço, e juntos, vamos conseguir isso.

--Eu te amo!

--Eu também te amo!-- Dei um beijo nele, e depois dormimos, daqui pra frente, vai ser um desafio. Mas acho que os dois patetas até que dão conta.

Criando o Escolhido// WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora