epílogo.

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- "que caralho! Aonde você tá Noah?"- (s/n) disse aflita para si mesma, logo depois de ligar pela décima primeira vez para o celular do garoto.

Já havia se passado um ano. Um ano e alguns meses de namoro, um ano da psicóloga de Noah. Um ano que ela não tinha mais o seu bebezinho manhoso andado pela casa, a procura de seu abraço.

Droga, Noah agora já via o mundo com outros olhos. O menino tinha descoberto que a vida adulta era cansativa, mas muito, muito legal, com várias oportunidades.

O homem agora odiava ser chamado de "pequeno" ou de "bebê". Estava rebelde, cursando uma faculdade de administração, dedicando todo o seu tempo em festas de universidade e em matérias. E também á outras pessoas, seus amigos novos, e não na sua garota.

Claro, na cabeça do Urrea de agora, ele deveria aproveitar a sua vida. Ainda ama muito a sua garota, a sua namorada, e não tira a sua aliança por nada nessa vida, mas já havia passado muito tempo com (s/a) Então porque não poderia ficar esse tempão sem ela também?

Apesar de Noah ter se livrado de seu infantilismo, ele não tem experiências em noites e festas com adolescentes querendo serem adultos, então não sabe como se proteger disso, e dos perigos de uma balada. E é isso que preocupa fatalmente (s/n).

O garoto agora já havia saído de casa, conseguido um estágio aonde (s/n) também faz, juntando o dinheiro necessário pra comprar o seu apartamento, ao lado da casa de sua namorada.

Hoje a menina decidiu dormir na casa dele. Só não imaginava que no meio da noite, uma festa iria surgir, fazendo o seu eterno cachinhos cheirosos sair do meio de seu abraço, deixando a cama grande agora vazia e fria.

A garota retirou sua aliança com lágrimas nos olhos, pela saudade e pela nostalgia boa que sentiu no peito, ao ler o que estava gravado na parte de dentro da mesma. "De seu eterno, cachinhos cheirosos"

Sabe quando uma criança vira adolescente? Não adolescente mesmo, mas apenas um pré adolescente chato, que se acha adulto o suficiente para fazer as coisas, e se acha adulto e maduro o suficiente para o carinho de seus pais. É assim que Noah está.

Acabou deixando mais lágrimas caírem, agora lágrimas de desespero. Porra! Já são 2:30, onde ele foi se meter?

Ouviu a campainha tocar várias vezes, a fazendo levantar com o cobertor nas costas. Foi até a sala, abrindo a porta e sentindo um grande cheiro de bebida vindo dele.

Seu estômago revirou ao ver o seu Noah daquele estado.

Chorou mais ainda, desesperada pelo o que via. Seu garoto, seu garotinho protegido estava sendo segurado por outra pessoa, desconhecida por ela até então, enquanto sua camisa (que havia sido um presente dela para ele) toda vomitada, sendo acompanhada pela sua calça molhada de bebida. Isso explica o cheiro que ela sentia.

Ele estava desacordado, com seus cachos curtos embrenhados, caindo sobre o seu rosto sujo, que agora estava apoiado em seu próprio ombro, que era segurado por um garoto.

- "me desculpa, quando eu o encontrei ele já estava assim. Só trouxe ele para casa"- o menino de olhos azuis começou se explicando, tentando ser calmo, já que observava com dó a cena da garota chorando agoniada.

- "m-me ajuda por favor!"- (s/n) pediu para a figura ao lado dele, que concordou, e entrou na casa escura, pondo Noah sentado no sofá.

(S/n) ainda chorava. Não sabia o que fazer. O que aconteceu com o seu menino? O que levou ele fazer isso? Aonde está o Urrea de cachinhos adorável que conheceu? Certamente não é o Urrea que está agora em seu sofá.

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