três.

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Como de costume, Urrea fechou sua grande sala, passando por todos os seus funcionários, que sempre abaixavam a cabeça, assim que sentiam a aura pesada dele sobre o corredor.

Colocou suas chaves no bolso interno de seu blazer, tirando as chaves de sua Mercedes, indo em direção ao subsolo, abrindo em seguida o seu carro, que ainda tinha cheiro de novo. Não era costumeiro ele usar esse carro, geralmente usava um mais esportivo.

Suspirou cansado ao sentar no banco macio, ligando o carro e indo para o destino que ele já bem conhecia. A antiga casa de (s/n).

Mesmo com uma expectativa de ainda encontrar (s/n) lá, suas esperanças já estavam cada vez mais vazias. Porra, ele sempre encontrava aquela luz desligada, será mesmo que um dia iria encontrá-la ligada? Ou pelo menos com algum sinal de que ela havia passado ali? Um sinal que (s/a) iria voltar para ele?

Mas hoje, para a sua surpresa foi diferente.

Quando estava estacionando o seu carro, do outro lado da casa dela, avistou o que queria a anos. A casa ligada, e a luz do jardim da frente da mesma forma, com uma sombra ali, cuidando do caminho de rosas, que antes estava totalmente destruído.

Se apressou e saiu do carro rapidamente, atravessando a rua deserta coçando seus olhos, para saber se o que estava vendo não era mesmo uma miragem.

...

Logo que (s/n) chegou em Orange, sentiu seu estômago revirar. Há tempos que não vinha neste condado, e há tempos que não pensava tanto assim no garoto de cachinhos.

Para ela, esse lugar era sinônimo de Noah. Sinônimo também de suas lembranças mais obscuras, que por mais que sejam assim, a maioria é boa. Lembranças maravilhosas de sua adolescência, lembranças perfeitas de quando cuidava de um babyboy.

Assim que saiu do aeroporto, foi direto a sua casa, vendo como a mesma estava totalmente descuidada. O mini jardim que antes amava cuidar, agora estava escuro, pisoteado, e com flores quase mortas. Obviamente, já se passaram cinco anos.

-"você me fez chorar bobão! Claro que sim! Eu quero ser a sua namorada meu namorado"- ela finalmente declarou, pulando em cima de seu agora namorado, que gargalhou e pegou de bom gosto sua agora namorada.

Eles se beijaram. O primeiro beijo como oficiais parceiros.

Fechou os olhos com o que acabou lembrando ao olhar a porta de madeira da sua casa. Foi ali que eles viraram namorados.

Não queria nem dar atenção ao parquinho a frente de sua residência, foi ali que prometeu cuidar de Noah como o seu bebezinho. Não. Ela não iria olhar.

- "(s/n) vai aceitar Noah assim? Sendo infantilista?"- nono perguntou sussurrando no ouvido de (s/n), que apenas abraçou a cintura dele mais forte, dando um impulso pra o mesmo subir em seu colo.

- "eu odeio crianças, mas você é diferente"- (s/n) falou divertida, e Noah deu um risinho pulando ainda no colo dela, pela animação.

Assim que entrou na casa, a encontrou quase do mesmo jeito que estava, só estava suja, e com alguns pontos de poeira por ela.

Respirou o ar quase poluído, mas ainda tinha um toque de aconchegante, já que a sua sala sempre foi confortável.

Largou suas malas ali mesmo, sorrindo nostálgica para o tapete branco, que ainda estava ali. No centro de sua sala de estar.

- "qual segredo você tem para me contar agora Noah?"- a garota perguntou assim que os dois já estavam limpos e cheirosos, sentados no tapete fofinho, que Noah apelidou de tapetinho dos segredos.

Tantas lembranças.... decidiu não fazer como as outras coisas que o lembravam ele, já que ela jogou fora todas. Este tapete só tinha coisas boas dentro dele. Decidiu manter ali.

A tarde foi passando, fazendo com que ela limpasse toda a casa, inclusive os banheiros e quartos. Depois disso, já mais de noite, foi até o jardim, não antes de pegar os matérias para arrumar o mesmo.

...

- "(s/n)?"- Noah a chamou incrédulo, fazendo a menina se arrepiar com o tom de voz rouca. Que ela bem conhecia.

(S/n) não queria acreditar que era ele. A garota não queria levantar seu olhar, que agora estavam nas flores, para olhar quem a chamava.

As vezes poderia ser apenas um devaneio de sua cabeça, já que passou a tarde inteira melancólica pensando nele. Mas devaneios não tocam, e ele a tocou.

Noah entrou pelo portãozinho pequeno, ainda de olhos arregalados, vendo a sua mulher ali, agachada a sua frente, de olhos fechados, já que a mesma os fechou assim que escutou a sua voz.

Urrea então se agachou também, pegando no queixo abaixado da mesma, e o levantando para ele, fazendo com que ela abrisse seus olhos na mesma hora. O homem quis chorar.

Era ela. Era ela mesmo ali, a sua frente.

Ainda com suas mãos calejadas no queixo da menina, observou o brilho nos olhos dela. O brilho que tanto se lembra, e que tanto queria ver.

Viu tudo, cada parte do rosto delicado dela, que mesmo com o tempo, continuava igual, apenas mais amadurecido, com cara de mais mulher, mas os traços ainda continuavam com um toque de inocência.

Escorregou seus dedos para dentro da lateral do rosto de (s/a), ainda em silêncio, ainda aproveitando o momento, e tocou com a palma de sua mão a bochecha magra dela. Que fechou os olhos com o contato necessitado.

Claro, nesse tempo (s/n) também reparou em cada parte do rosto assustado de Urrea.

Ele claramente não imaginava que ela estaria ali. De volta, depois de tanto tempo, mas ela está ali.

Observou os olhos verdes grandes, iluminados apenas com a pouca luz do lugar. Viu os cachinhos no topo de sua cabeça, seu cabelo cortado, ainda mantendo o corte da formatura, apenas deixando um pouquinho mais curto.

Seu rosto não tinha mais o brilho de uma criança, igual tinha antes, agora seu rosto continha traços fortes de homem, como um maxilar marcado, linhas bravas de expressão, e bem definido. Estava lindo, mais lindo do que da última vez.

Ela não sabia falar agora. Havia desaprendido, apenas de olhar para ele.

Sabia que não tinha superado o homem 100 por cento, mas de longe, lá no Canadá, imagina que pelos menos uns 60 por cento de si havia esquecido o cacheado. Bobagem, agora de perto ela pode afirmar que não superou nem um por cento dele. Era totalmente devota da pessoa a sua frente. A porra de uma fiel de Noah.

Urrea sorriu pequeno com a visão que teve da sua garota fechando seus olhos pelo carinho, então manteve sua mão ali, encostando suas testas.

- "(s/a)... você está aqui amor..."- o cacheado sussurrou, recebendo um suspiro pesado em troca.

- "Noah..."-

...

AI MEU CU

DEUS DO CWU ESSE CAPÍTULO KSSBHAIASJ eu amo quando eles se encontram, vcs vão querem me matar no próximo, mas fazer oq gente, todaas nos temos recaídas!!

Beijos da tia lua 🌙🖤

★彡 infantilismo 彡★Onde histórias criam vida. Descubra agora