point of view noah urrea
- "amor?"- fui sacudido e abri meus olhinhos vendo a minha mamãe sentada perto de mim.
- "mamãe.."- falei baixinho enquanto sentava na cama, passando meus dedinhos em meus olhos, tentando me acostumar com o mundo real, e não o meu mundo de sonhos.
- "vamos nono! O parquinho está a sua espera!"- logo que mamãe falou, sai da cama confortável e senti meu peito pular de alegria, eu amo o parquinho! Eu amo brincar!
- "eba mamãe!"- comemorei e mamãe deu risada.
Me arrumei bem rápido, colocando minhas roupas de gente grande já que minhas roupinhas confortáveis eu só posso usar aqui em casa, com a lind, minha irmãzinha, ou com a mamãe. Ou com a namorada da mamãe.
Meu papai não fica mais em casa. Eu sinto muito a falta dele, mas não sinto a falta dos "tapinhas" que ele me dava, falando que eu deveria crescer. Eu não quero crescer papai...
Então minha mãe disse pra mim que o papai não iria ficar mais aqui em casa. Eu chorei, ele me dava coroa de flores quando eu era pequeno de altura. Eu sempre gostei de flores, principalmente as tulipas!
'Mas ai' eu vi a mamãe encostando sua boca em uma mulher. Eu fiquei assustado na hora, ela fazia isso com o papai, só com ele, então eu não soube o que fazer.
Mas no mesmo dia, a moça foi muito legal comigo! Eu gostei muito dela! Toda noitinha ela coloca o nono 'pra dormir, e mamãe ajuda. Minha família!
- "pronto neném?"- lindsey pergunta e eu 'faço que sim com a cabeça. Balançando rapidamente para ela ver que eu estou bem empolgado!
point of view (s/n)
- "tá bom mãe"- falo cansadamente escapando um suspiro involuntário com o telefone em minha orelha. Eu definitivamente odeio ligações.
Minha mãe sempre foi protetora. Oh, não, SUPER PROTETORA, e depois que comecei a morar sozinha, toda tarde, ou ela vem aqui, ou ela me liga.
Eu gosto quando ela vem aqui. A presença dela já me obriga a arrumar a casa, o que é bom por um lado, já que eu nunca arrumo o meu chiqueirinho :)
E também ela me trás bolo. E também me faz carinho. Cacete.. eu amo o carinho da minha mãe!
Mas os telefonemas... isso é péssimo! Além dela querer ficar UMA HORA comigo, a conexão dela é péssima, o que faz a ligação cair toda hora, fazendo ela esquecer o que foi anteriormente dito por ela. Digamos que a memória dela não é tão boa, visto que antes da mesma acertar meu nome, ela fala o nome da família inteira.
- "mãe eu estou bem, está tudo bem, eu fiz um strogonoff delícia hoje, comi dois pratão com uma coca gelada, coisa que eu errei por ser uma segunda feira, mas um bom strogonoff pede uma coca, além desse calor que nem a água da jeito, o sol também pede uma coca. Eu fiz minhas lições de casa, mas em comparação a minha casa está péssima,tem blusas no sofá inteiro! Mas o meu fogão está limpo!"- soltei tudo de uma vez, antes que a internet dela caia e a mesma esqueça o que disse.
Depois de uma conversa LONGA- que para isso a internet dela não cai- e um sermão TERRIVELMENTE monstruoso sobre as blusas em meu sofá -o que ocasionou em uma vídeo chamada dela, me vendo dobrar e levar todas as roupas pra meu quarto- eu finalmente pude descansar, e pedir a benção da minha mãe para desligar a chamada.
Agora que definitivamente tudo está certo, decidi ir para o parquinho, olhar as crianças -e desejar cortar as cordas vocais delas para as mesmas pararem de gritar em meu ouvido- para pelo menos eu relaxar e ficar em paz.
Sai de casa e atravessei a rua, vendo a praça logo em minha frente. Procurei um banco e achei um atrás do balanço -com uma certa distância, óbvio, ja que não quero levar um chute de um bebê- e soltei todo o peso de meu corpo ali.
Meus pensamentos foram logo para o menino de cachinhos -vulgo Noah- Amanhã de manhã eu iria perguntar porque ele falou em terceira pessoa. Eu não sei o porque, mas isso está realmente grudado em minha cabeça. Uma coisa TÃO nada a ver..
Subi minha cabeça que se encontrava abaixada, e ri com a cena que encontrei. Vi um menino, ou melhor, um homem - da minha idade mais ou menos- balançando em uma das gangorras dali. Ele ia tão alto, e parecia estar tão alegre. Realmente uma criança em corpo de adulto!
Forcei meus olhos para identificar quem se balançava assim, até que arregalei os mesmo ao perceber quem era... Noah!
O menino de cachinhos dava impulso no balanço, dobrando suas pernas e sorrindo alegremente. Um sorriso tão verdadeiro e bonito, que eu iria me perder com a visão, se não fosse a situação.
- "mas que?"- murmurei incrédula com o que tinha acabado de ver. Noah, saiu do balanço e foi correndo até uma mulher mais velha. Seus cabelos castanhos cor de chocolate balançavam e voavam para trás com o vento.
Noah sentou no banco ao lado daquela mulher e balançou seus pés em uma forma bem infantil. Eu realmente não estou entendendo o que está acontecendo.
Point of view autora lua
A menina -ainda "assustada" com a situação- olhava na direção do menino, que ainda não tinha percebido que sua amiguinha estava ali. Quase descobrindo o seu segredo.
Noah olhou para o balanço e pensou em voltar para brincar mais. Porém sua barriguinha pedia por algum alimento.
Atrás do balanço, uma menina da idade dele estava sentada ali. Noah não entendeu muito o porquê dela estar olhando assustada para ele. Até o mesmo reconhecer quem era...
hehe, é agora que o kengaral queima 🥰
eu esqueci de avisar, mas essa fic contém lactofia :)
Beijos da tia lua 🌙🖤
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★彡 infantilismo 彡★
Romance❝ Os dois não sabiam, mas a borboletas foram colocadas na barriga deles a partir do momento em que um sorriso sincero foi trocado ❞ ─✧ onde Noah tem infantilismo, e (s/n) ao descobrir, está disposta a cuidar do -agora- seu pequeno'- ...