Todos os homens são mortais

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a: chegamos (e passamos!) de 2k de leituras!!! cada passo que essa história dá é pelo apoio de vocês, por cada um que segue uma recomendação, cada um que já leu algo meu de outros carnavais e resolveu continuar me dando uma chance, e todo mundo que foi chegando com o tempo. eu agradeço demais, sei que é pouquinho pra plataforma, mas pra mim é INCRÍVEL.

finalmente temos nosso Yoongi abrindo uma pequena fresta de alma pra nós, um pouquinho mais do Namjoon (que ainda merece desconfiança, sim, vocês não estão errados) e, enfim, mais um que eu gostaria muito de saber o que vocês acharam. ah, e por conta de uma conversa com a /domacars eu resolvi abrir também uma tag pra quem quiser comentar no twitter, é a #fauxreaders pra quem quiser usar, a fic não é popular nem nada, mas seria ótimo ter um feedback por lá também.


Min Yoongi já havia feito e dito coisas de que se arrependia. Deixar Seokjin dormindo, pegar o carro e ir até o escritório de Namjoon com certeza não era uma dessas coisas.

Aquela ala em específico do prédio da RM lhe deixava um pouco apreensivo. Todos aqueles espelhos, fotos e troféus eram intimidadores mesmo pregados nas paredes. A foto de Seokjin no centro de tudo era a cereja do bolo — aquele Seokjin lindo e sombrio que não conhecia. Na foto ele desfilava impassível, perfeito, mas a imagem que evocava em Yoongi era a de alguém que quebrava carros com tacos de baseball.

Esticou um sorriso sem perceber.

O que estava para fazer, Yoongi nunca tinha feito antes. Agir para atender a vontade de um cliente dependente era impraticável, mas deixar Namjoon cometer um julgamento dúbio era, também, não crer em seu próprio trabalho.

Seokjin estava resistindo aquele tempo todo. Procurava saídas, obedecia o programa, buscava os amigos, compreendia as mudanças e as condições que estar em reabilitação infringia em sua vida com uma naturalidade que Yoongi só conseguia perceber como perseverança. Seokjin não queria mais ser um viciado, mas se Namjoon o tratasse para sempre como um e restringisse todas as suas atitudes a uma possibilidade de voltar a se drogar, ele com certeza teria um problema.

O fato era que Yoongi também não sabia por que estava fazendo aquilo com tanta determinação. Era impossível dizer que a noite que passara com Seokjin em Bukchon não havia mudado as coisas.

Seokjin era sensível, perceptivo, engraçado, dedicado — mesmo que fosse impulsivo e um pouco inconsequente. No entanto, ele queria coisas com muita força, amava seu trabalho e, de certa forma, dependia dele para ser quem era. Disso Yoongi entendia bem.

— Min Yoongi-ssi? — a voz de Sun o sobressaltou levemente — Namjoon-ssi pode recebê-lo agora.

O acompanhante agradeceu e entrou no escritório para encontrar Namjoon atrás de sua mesa, parecia tranquilo ao trabalhar apesar do leve vinco entre as sobrancelhas. Quando Yoongi entrou, ele ergueu os olhos e o cumprimentou.

— Yoongi. Que surpresa — disse ele — Algo errado com seu pagamento? Achei que tinha confirmado.

— Não é nada relacionado ao pagamento — murmurou o Min, coçando a nuca com certo desconforto — É sobre Seokjin.

— O que aconteceu?

Namjoon sinalizou para que Yoongi se sentasse na cadeira diante dele. O escritório de Namjoon tinha janelas de vidro de onde dava para ver o topo dos prédios da região e o céu ligeiramente azulado, cheio de nuvens. Era bonito e iluminado. A decoração, no entanto, era um pouco apática, distante, e Namjoon tinha pouquíssimos detalhes realmente pessoais em sua mesa exceto por uma foto dele com o marido, Jimin, em um parque florido na primavera.

faux fur ;  yoonjinOnde histórias criam vida. Descubra agora