faux fur ; yoonjin

O nosso mundo

a: em feriados a att vem mais cedo! feliz dia do trabalho para aqueles que, assim como eu, não gostam de trabalhar, mas trabalham muito bem. essa aqui é a parte 2 de 3 da sequência de capítulos do Yoongi e, sim, vou torturar vocês um pouco até voltar para o Seokjin com sua recém descoberta. não tá tão curtinho, mas vou compensar mais pra frente esses últimos capítulos menores.

ameeeei os comentários do último, vocês são tão bons interpretando tudo, eu crio o universo, mas quem dá vida pra ele são vocês, quem enriquece meus detalhes são vocês e, por isso, muito obrigada de novo e como sempre. #fauxreaders no twitter e quero saber que playlists e pastas são essas que vocês criam pra Faux Fur, podem me mandar tudo! enfim chega de falar, tchau tchau.

Estar entre Namjoon e Seokjin no aeroporto era como ser esquecido no meio de uma arena de batalha entre semideuses que se odiavam. Alguém ia lançar raio pelos olhos antes que ele pudesse dizer "socorro".

A preparação para a viagem havia sido extremamente curta, Yoongi buscou o passaporte que, afinal, não estava na bolsa, e confiou nas quatro combinações de roupa para os dias de desfile, mesmo sabendo que se pareciam muito mais com roupas de aniversário familiar do que ele gostaria.

A mala de Seokjin era um pequeno monstrinho sofisticado sobre rodas enquanto a sua era uma parca. Estava pronto para se sentir um extraterrestre no meio dos designers, modelos e celebridades japonesas cujo nome não fazia ideia. No entanto, se perguntava se aquilo era mesmo importante.

Seokjin estava feliz.

Sempre olhava-o com um sorriso. Diferente da antipatia deliberada todas as vezes que era obrigado a se dirigir a Namjoon, Seokjin dedicava a Yoongi um tratamento gentil, amigável, e falava sem parar sobre como era incrível aquela ser a primeira vez que ele saía do país.

Enquanto aguardavam a chamada do voo para Tóquio numa pequena aglomeração, Yoongi teve oportunidade de contar os poucos modelos que os seguiriam em viagem. Da RM, contando com Seokjin, eram seis pares de pernas longas, olhares enviesados e cabelos perfeitos. Nenhum deles tinha um assistente ao lado, somente Namjoon, que levava Sun a tiracolo para andar atrás dele como um robô doméstico, deslizando pelo piso e murmurando o que lia em um iPad.

Seokjin falava pouco com os colegas de trabalho. Alguns o cumprimentavam com respeito, outros o olhavam com algo de nocivo que Yoongi fingia não perceber, mas, na maior parte do tempo, o interesse de Jin flutuava entre um dicionário de japonês e as conversas com Yoongi.

Mais de uma vez, foi surpreendido com frases inteiras em japonês ditas por Seokjin, os olhos erguidos sobre o dicionário em suas mãos.

— Não entendi o que disse — pontuou — Também não entendo por que está lendo isso se é perfeitamente fluente.

— Preciso revisar! — respondeu ele — E eu disse: sua roupa é fantástica. Apesar de que não, não é. É o que eu planejo dizer para o Shinya Kozuka quando encontrá-lo.

Yoongi deu uma risada ácida.

— Você é cruel.

— Estou brincando — ele sorriu — Você vai ganhar um monte de roupas lá. Não vai ser problema.

Os olhos do acompanhante se arregalaram de surpresa.

— Eu?

— É, todo mundo ganha. São amostras exclusivas. Sun adora viajar para as semanas de moda, ela volta com coleções inteiras às vezes. É tudo muito pequeno, então ela sempre perde peso pra isso — contou Seokjin — Da última vez, em Londres, ela ganhou um Valentino de quarenta mil dólares.