faux fur ; yoonjin

Jinji

a: Quis atualizar agora antes que eu me arrependesse desse e reescrevesse tudo, era pra ter sido ontem mas eu ainda estava OVERTHINKING a respeito e, honestamente, não tem mais nada que eu possa fazer. Está finalizado, e é isso. Ainda tem um epílogo que eu quero muito que vocês leiam e eu acho que nele eu finalmente vou ter a sensação de ter terminado essa fanfic. Ontem eu passei um bom momento com grandes amigos e me senti muito feliz e acho que é essa a sensação que eu transmiti quando escrevi. Existem forças imensas nesse mundo.

O restaurante em Bukchon havia sido ideia de Seokjin. Os armários de madeira lotados de louças, copos e porta-retratos espremidos uns contra os outros nas paredes parecia intrigar Jimin.

— É... Aconchegante — murmurou ele.

— Yoongi adora os restaurantes dessa região — sorriu Seokjin — A comida é ótima.

Jimin foi o primeiro a sugerir que se encontrassem. Ele ligou em um sábado, estava tímido e choroso, e imaginou que Seokjin fosse preferir um belo restaurante em Mapo e não uma quitanda familiar meio abarrotada de móveis, por isso vestia uma de suas combinações clássicas de camisa social, cinto e botas Saint Laurent.

— É bem tradicional — respondeu — Acabei me acostumando demais com os grandes bistrôs da cidade, mas isto aqui se parece muito com a cozinha da minha família.

— Esse é o propósito. Escolhi para que ficasse confortável, sem se preocupar em encontrar alguém — disse Seokjin, escorregando o indicador pela superfície úmida de seu copo d'água — Então, Jimin, sobre o que você quer conversar, agora que estamos aqui?

Jimin baixou os olhos para as próprias mãos, trançando os próprios dedos em um movimento apreensivo. Seokjin estranhava que ele estivesse, ainda, tão envergonhado pelo ocorrido em sua festa de aniversário e mais ainda pela situação de Namjoon — mesmo esta última nem sendo exatamente culpa sua.

Não era característica de Jimin estar tão acuado. Ele sempre fora respeitoso e gentil, mas não possuía aquela atitude tipicamente submissa e tímida que demonstrava à mesa naquele instante. O modelo franziu o cenho, encarando-o com cautela.

— Eu queria a opinião do hyung.

— Minha opinião?

— É — afirmou ele, erguendo os olhos — Sobre... Sobre Namjoon. Ele tem me pedido desculpas, você sabe... Eu estou morando na casa de um amigo há algumas semanas, tenho procurado um apartamento, semana passada me apaixonei por um flat lindo perto de Myeongdong, mas perdi o aluguel porque não tive coragem de começar a mudança. O hyung acha que eu estou sendo bobo? Por não ir embora?

Seokjin o olhou por algum tempo. Jimin era bonito de um modo quase perturbador. De certo, muito se devia à sua dedicação até mesmo para situações corriqueiras. Mesmo naquele almoço onde ele claramente não estava no melhor de seus dias e havia chorado pelo menos três vezes, nada o impedia de aparecer diante do mundo com os olhos cheios de maquiagem e o cabelo loiro escovado em belas ondas douradas, brincos que lhe cobriam as orelhas e mil anéis nos dedos.

Ele estava sempre assim: pronto para alguma coisa que ninguém sabia o que era, dotado de uma energia confusa e sedutora.

— Jimin, eu não entendo como a minha opinião pode importar — disse, quando respondeu.

— Você é o melhor amigo do Namjoon. Eu sei que você o conhece, eu sei que você viu o melhor e o pior dele, hyung — explicou — Eu só quero um conselho.

Seokjin cruzou as mãos sobre a mesa e fitou Jimin com um olhar estreito.

— Quer que eu diga se Namjoon vale a pena ou não? Se ele vale o seu orgulho, o seu flat lindo em Myeongdong? — questionou — Eu não sei, Jimin. Só você sabe o quanto o ama, só você pode saber se vale a pena.