Cáp27-Calmaria? Necessito.

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O som irritante do monitor multiparâmetro ecoava pelo quarto, Bunny estava deitada na cama, estava pálida e parecía estar em outro lugar, fazia duas semanas desde quê entrou em coma e não acordou mais, era estranhamente difícil vê-la daquela manei...

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O som irritante do monitor multiparâmetro ecoava pelo quarto, Bunny estava deitada na cama, estava pálida e parecía estar em outro lugar, fazia duas semanas desde quê entrou em coma e não acordou mais, era estranhamente difícil vê-la daquela maneira, apesar de tudo oquê ela havía feito, todos os dias desde quê descobri quê Hank era meu pai venho a visitar. As vezes eu ficava em silêncio apenas a  observando e em outras vezes comentava coisas do cotidiano, mas nunca havía resposta.

Muitos poderiam estranhar o porquê de eu ainda visitá-la mesmo depois de descobrir a verdade quê ela tanto me escondia, outros diziam até quê eu era boba. Mas eu não me importava com oquê pensavam, claro quê doía saber de tudo e doía mais ainda saber quê minha própria mãe havía escondido algo de tamanha importância, mas apesar de ela não me amar e não merecer eu não conseguia ficar em casa sabendo quê a qualquer momento ela poderia morrer.

Bunny nunca foi minha mãe de verdade, mas eu sim fui sua filha e fiz oquê pude para salvá-la dos problemas em quê se metia, apesar de tudo eu não queria vê-la morta e somente pensar quê isso podería acontecer me deixava angustiada. Era doloroso tudo isso e estava sendo bastante difícil para mim, vir até aqui mesmo depois de tudo. Mas eu estava recebendo um grande apoio das pessoas quê realmente me amavam e isso era necessariamente importante para quê eu conseguisse me manter firme em momentos como esse.

Um toque na porta fez com quê eu despertasse dos meus pensamentos, não demorou muito até quê Jay entrasse trazendo consigo uma sensação de paz e calmaria quê eu tanto necessitava.

—Imaginei quê estaria aqui.—disse e se aproximou me dando um beijo rápido.—Alguma novidade?—perguntou se referindo a Bunny e soltei um suspiro cansado antes de lhe responder.

—Nenhuma.—falei e o mesmo segurou em minhas mãos para me dar apoio.—Tudo na mesma.—completei.

—Sinto muito por tudo quê está passando amor.—afirmou e eu pude ver a sinceridade em seus olhos e suas palavras.

Jay estava sendo meu refúgio, estava me apoiando e me ajudando a ser forte nesses momentos dificeis, ao lado dele sentia quê poderia enfrentar qualquer situação e por alguns instantes esquecia da tempestade quê rodeava a minha vida.

—Acho melhor irmos para a casa, você precisa descansar. Percebi quê não dormiu muito esses dias.—confessou e eu não podia negar, já quê as olheiras embaixo dos olhos já deixava claro quê a afirmação de Jay era totalmente verdadeira.

Eu realmente não estava dormindo direito nos últimos dias, meus pensamentos me impediam de ter uma boa noite de sono. Durante o dia conseguia me manter entretida com as coisas do trabalho ou algo do tipo, mas quando chegava a noite meus pensamentos tornava-se meus piores pesadelos. Quando Jay notava quê eu não conseguia dormir tratava-se de deixar seu cansaço para lá, somente para ficar comigo até quê meu sono chegasse. Não estávamos morando juntos, mas agora Jay passava mais tempo em minha casa do quê na dele e eu não podía negar quê me trazia boas lembranças do passado.

E se eu ficar?Onde histórias criam vida. Descubra agora