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☀️▫️LUDMILLA ▫️☀️

- Saia da frente, Oliveira! - Brunna passou por mim, esbarrando a mochila gigantesca em mim, mesmo com uns quinhentos mil metros de espaço livre para ela passar antes de entrar no ônibus no qual iríamos para o acampamento.

- Sua bunda é tão grande assim que precisa de todo o espaço do mundo? – Eu respondi debochadamente recebendo a visão do dedo do meio de Brunna enquanto ela subia no ônibus.

- É assim que você pretende consertar as coisas com ela? – Yris me perguntou apaticamente. Ela havia se prontificado a levar minha moto para a minha casa porque após o acampamento eu iria para a casa de Daiane.

- Quem começou foi ela.

- Ninguém briga sozinho. Além disso, já pensou na possiblidade dela estar com ciúmes? – Claro que eu não havia pensado naquela possibilidade. Brunna só fazia aquilo porque... porque sim e pronto!

- Por que ela estaria com ciúmes se nem gosta de mim?

- Por que ela se incomodaria tanto com a minha presença se não gostasse de você? – Ela perguntou com um meio sorriso.

- Ela não se incomoda com você. –Claro que Brunna não se incomodava.

- Tem certeza?

- Tenho.

- Então o que é aquilo? – Ela ergueu as sobrancelhas apontando para o ônibus e eu me virei me deparando com Brunna com a cara grudada na janela do ônibus, mexendo a boca de forma debochada e revirando os olhos antes de olhar para nós com raiva e perceber que havia sido flagrada. Suas sobrancelhas se ergueram antes dela se levantar e desaparecer do meu campo de visão. Eu me virei novamente para Yris.

- Isso não quer dizer nada.

- Você diz isso porque não viu o modo que ela olhou para mim. Se ela pudesse me matar com o poder da mente, eu já estaria morta. – Ela respondeu antes de ajeitar-se em cima da moto. – Sei que sou a pessoa menos indicada para dar conselhos, mas seria melhor você chegar para ela na cara dura e perguntar qual é o problema dela contigo, perguntar o motivo dela ter parado de falar com voc...

- Ludmilla, a professora está chamando! – Daiane berrou interrompendo o conselho de Yris. – Oi Yris! – Eu me virei para ela e me deparei com uma mochila enorme que quase chegava aos seus joelhos magros e ultrapassavam dois palmos de sua cabeça, um chapéu de pesca que eu não sabia porque ela estava usando, coturnos de combate, um short caqui com trezentos mil bolsos, um colete combinando com o short e um óculos escuro gigantesco ocupando oitenta por cento de seu rosto sendo que ainda era muito cedo e o sol nem havia aparecido. Eu já estava acostumada com o exagero de Daiane para tudo, mas quando eu me virei para me despedir de Yris, eu me deparei com seus olhos castanhos arregalados.

- Hum... oi Daiane! – Ela sorriu brevemente antes de intercalar o olhar entre nós duas. – Meninas, eu já vou indo porque quero não estou podendo continuar cabulando aulas. Ludmilla, assim que a aula acabar eu passo na sua casa para deixar a sua moto e pegar a minha. – Ela nos abraçou brevemente e foi embora enquanto Daiane e eu seguíamos para o ônibus.

- Gostei do óculos, Daiane! - Lucas elogiou com um sorriso sarcástico.

- Obrigada! Foi o primeiro que comprei depois da cirurgia. – Minha melhor amiga respondeu com um sorriso enorme sem perceber que estavam debochando dela. Eu abri a minha boca para mandar aquele garoto ir se foder, mas Fernanda foi mais rápida.

- Já tomou no cu hoje, Lucas? – O tom de voz dela foi tão educado que por momentos eu duvidei que ela houvesse realmente dito aquilo.

- Não enche, Fernanda! – Ele resmungou antes de entrar no ônibus onde os jogadores de futebol e líderes de torcida estavam. Eu achava incrível o fato de uma garota como Fernanda ser prima de um filho da puta igual ao Lucas. Eu sussurrei um agradecimento para Fernanda que assentiu antes de entrar no mesmo ônibus que Lucas enquanto Daiane permanecia sem saber o que aconteceu.

Você me odeia enquanto eu te amo ✔👩‍❤️‍💋‍👨Onde histórias criam vida. Descubra agora