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🌷▫️DAIANE ▫️🌷

Segui Fernanda para o quarto muito feliz em poder jogar vídeo game com ela de novo e ela entrou, deixando a porta aberta para que eu entrasse e assim que eu o fiz, fechei a porta.

- Que jogo nós vamos jog... – As palavras morreram em minha boca ao vê-la curvada, mexendo em alguma coisa, que eu não fazia questão de saber o que era, na cama.

Era e não era legal ela usar um short tão justo e curto porque eu não iria conseguir me concentrar direito no jogo e...

Era melhor eu ir ligando o vídeo game para me distrair de algumas coisas que eu gostava que me distraíssem, mas me deixavam nervosa.

- Quê? – Ela perguntou e eu não tive coragem de olhar para ela porque eu não tinha.

Eu gostava dela, ela gostava de mim, nós transamos e eu não me lembro, nós nos beijamos há poucos minutos, mas já nos beijamos antes, inclusive naquele quarto, com aquele pijama, que era vermelho como a maçã do paraíso... eu não tenho certeza se era uma maçã e se era vermelha, mas estava no paraíso e foi responsável pela queda de Eva, mas eu não era Eva, eu era Daiane, eu sou Daiane porque não mudei de nome e...

- Você está bem? – Minha alma saiu do corpo e voltou ao notar que ela estava perto de mim, bem perto, invadindo meu espaço pessoal que eu queria que fosse invadido.

- A Ferrari vermelha é minha. – Eu avisei entregando o joystick para ela e me afastei, tirando meus sapatos e sentando-me na cama que ela havia arrumado.

Eu precisava me distrair da minha distração, mas ela precisava colaborar comigo e respirar a uma distância mínima de cinquenta metros da minha pessoa.

Mas ela não queria colaborar comigo.

Senti o colchão afundar ao meu lado e pelo canto do olho a vi com o joystick nas mãos e o olhar amendoado grudado na tela.

Olhar amendoado... Olhar amendoado não, o olhar dela era castanho claro como fezes de uma criança recém nascida, assim dá para entender melhor e não fica tão estranho.

- Você não dar os comandos? – Era para eu ter olhando para a cara dela quando ela falou comigo, mas involuntariamente meu olhar foi para o decote dela.

O que estava acontecendo comigo?

- Sabia que Philip Sheridan foi general do exército americano entre 1883 e 1888? Ele também gostava de dar os comandos.

Do que eu estava falando?

- Eu sei. – Ela sorriu. – Nós estudamos isso em História, mas eu estou falando dos comandos do jogo. Você gosta de ser o player 1.

- Ah tá! – Eu assenti e desviei o olhar do decote dela para a tela e iniciei o jogo, mas não deu muito certo porque eu não conseguia me concentrar com ela tão perto.

Eu não sei o que aconteceu, mas alguma coisa aconteceu, se desencadeou dentro de mim e toda a usual concentração que eu dedicava aos jogos não existia mais.

Era o pijama, eu tinha certeza!

- Assim não dá! – Ela exclamou, pausando o jogo e me fazendo pular de susto. – Você está batendo em cada curva e assim não tem graça. – Ela se levantou da cama e foi até o vídeo game. – Vamos assistir algum filme e depois voltamos a jogar, tudo bem?

Talvez o filme fosse mais distrativo.

- Eu estou com câimbras na mão porque fiquei muito tempo andando de bicicleta e meus dedos ficaram muito tempo na mesma posição. – Eu menti e ela assentiu antes de colocar algum filme, que eu não fazia questão de saber qual era, desligou a luz e voltou-se a sentar ao meu lado. Daquela vez eu olhei bem para o rosto dela, que sorriu para mim antes de pegar minha mão direita.

Você me odeia enquanto eu te amo ✔👩‍❤️‍💋‍👨Onde histórias criam vida. Descubra agora