✨-58-✨

950 82 1
                                    

️▫️LUDMILLA ▫️☀️

- O que você está fazendo? – Perguntei logo após entrar na cozinha de Brunna e me deparar com a mesma agachada atrás do balcão, mastigando alguma coisa. Ela pulou de susto ao ouvir minha voz e um pouco do que estava em sua boca caiu no chão.

- Nada! – Ela respondeu levando o que eu julguei ser uma peça de queijo parcialmente embalada para trás das costas. As emoções em seu olhar divergiam entre surpresa, medo e culpa por estar fazendo merda.

- Não seria mais fácil cortar um pedaço de queijo invés de morder tudo? Outras pessoas vão comer isso. – Ela sempre escolhia o modo difícil ou estranho. Ela levantou-se e guardou o queijo de volta na geladeira.

- Você não viu nada. – Ela resmungou fechando a geladeira.

- Eu não vi, mas seus pais vão ver a marca dos seus dentes no queijo.

- Ratos gostam de queijo, sabia? – Ela perguntou pegando uma garrafa de leite e bebendo direto do gargalo.

- Você não vai fazer isso quando tivermos a nossa casa. – Eu sentenciei com uma careta ao ver a cena.

- Vou sim! – Ela guardou o leite de volta na geladeira. Enquanto eu refletia sobre o fato de cada vez mais descobrir mais coisas que eu não deveria descobrir, mas ainda sim queria descobrir sobre minha namorada.

- O leite vai azedar porque você encostou a boca na garrafa. – Eu avisei enquanto a via se aproximar de mim com um sorriso e um bigodinho de leite.

- Não vai azedar. – Ela beijou meus lábios pela primeira vez naquele dia. – Sabe, desde que eu conheci Natan, eu tenho consumido muita lactose, sabe o que isso significa? – Eu nunca acertava as respostas para aquelas perguntas estranhas dela, mas eu arrisquei.

- Significa que você quer voltar a ser um... bebê? – Ela meneou a cabeça enquanto eu enlaçava a sua cintura.

- Não, significa que meu relógio biológico está gritando e minha vontade de ser mãe está no mínimo um trilhão de vezes aflorada. – Eu preferiria que ela tivesse vontade de voltar a se um bebê. – Quando vamos ter nossos filhos?

Mal havia se passado uma semana desde que havíamos tido o nosso baile e sempre que podia (e que não podia) Brunna vinha com aquele assunto sobre filhos.

- Eu já falei que temos que ir para a faculdade, arrumarmos emprego, termos uma casa e nos casarmos para começarmos a pensar em sermos mães.

Eu expliquei aquilo pela milésima vez, mas intimamente muito me agradava a ideia de ver Brunna grávida, digo, sei que iríamos precisar de fluídos masculinos para o processo, mas eu também participaria com uma parte de mim. Sim, talvez aquela insistência da minha namorada em falar daquilo o tempo todo, tenha me feito fazer algumas pesquisas na internet, mas eram apenas pesquisas curiosas que iriam ser usadas dali a alguns anos.

- Para de destruir os meus sonhos. – Ela resmungou.

- Nós já temos uma filha. – Eu a lembrei. – Por enquanto, vamos apenas direcionar o nosso amor maternal para a Cherry II. – Ela ficou em silêncio por alguns instantes antes de assentir.

- Você tem razão, nossa filha está crescendo e precisamos dedicar o nosso amor a ela. Já está arrumada? – Ela perguntou se afastando e me fitando de alto a baixo.

- Não parece que eu estou? – Perguntei olhando a minha roupa que consistia em uma calça preta com alguns rasgos no joelho, uma camiseta de uma banda que eu nem escutava (ela tinha uma estampa legal) e um coturno de cano baixo.

Você me odeia enquanto eu te amo ✔👩‍❤️‍💋‍👨Onde histórias criam vida. Descubra agora