Perverse love - parte 1

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O amor é bondoso! Nos faz enxergar através daquilo que nunca vimos, acreditarmos que o mundo pode ser melhor, podendo então nos transformar. Mas isso não aconteceu comigo, eu estou amando, porém continuo pior do que já era antes.

Encarei a fonte de núcleo de energia que se encontrava na minha frente. Após anos estudando cada parte para poder construí-la, eu finalmente havia terminado. Aquele momento não poderia ser mais satisfatório.

—Trevon! — Escutei a voz doce de Arabella chamando-me.

A mulher de longos cabelos ruivos, com os olhos da cor do mar e o cheiro mais doce que senti em toda a minha vida.

Ela havia sido a única que teve o meu coração, estamos juntos há um ano, sem dúvida é o melhor ano que já vivi.

Após ela finalmente ter me escolhido e aceitado que sou dessa maneira. A bondade nunca fez parte do meu cotidiano e nunca fará.

Quando Arabella Strom largou Thomás Roodin, o famoso “herói” de New York, uma das maiores cidades dos Estados Unidos, todas as pessoas da cidade o idolatram por sempre salvar o mundo de algo que é totalmente fictício.

Thomás Roodin é o meu maior arqui-inimigo, com aquele olhar soberbo, sempre se achando o deus da cidade. Ele foi criado em um laboratório, na segunda guerra mundial, onde foram injetados vários complementos químicos que o fizeram ficar imbatível, com o corpo grande e definido, nunca sentia cansaço, ainda quando criança. Se tornou o soldado perfeito de todo o exército americano.

Isso não importava agora, porque eu venci pela primeira vez quando Arabella escolheu estar ao meu lado, ela depositou o seu amor sobre mim e isso é totalmente correspondido, porque eu a amo de todas as maneiras possíveis.

— Estou aqui, minha bela — disse em resposta ao seu chamado.

— Finalmente! Te procurei em todos os lados da casa. — Ela apareceu na porta do escritório.

— Sentiu minha falta? — perguntei e logo sorri.

— Você está muito convencido, Trevon White. — Ele aproximou-se do local onde estava e abraçou o meu corpo.

Por ser dez centímetros menor que a minha estatura, quando o seu corpo me abraça, sua cabeça fica repousada em meu coração, e isso é uma das melhores sensações que poderia sentir na vida.

— Se você não sentiu minha, não vejo problema, porém senti bastante falta sua. — Acariciei os seus cabelos ruivos e apertei mais o abraço.

— Então porque ainda não me beijou? — Ela me encarou com seus olhos azuis brilhantes.

Eu me aproximei dos seus lábios e a beijei delicadamente, queria poder saborear cada espaço dos seus lábios, os gostos de morango e menta eram bastantes presentes no nosso beijo.

Assim que nossas respirações começaram a faltar, quebrei o beijo e logo em seguida dei um selinho no canto de sua boca.

— O que está fazendo aqui? — ela indagou.

Arabella Strom era uma mulher bastante curiosa, apesar de ter me escolhido como o amor de sua vida, ela sempre deixou claro que não queria se meter no que eu estava fazendo no momento, pois ela estaria ao meu lado de qualquer maneira.

— Apenas terminando mais um de meus projetos — respondi, dando de ombros.

— E isso envolve o Thomás Roodin? — perguntou, revirando os olhos.

— Sempre irá envolver ele, só que dessa vez, eu irei ganhar. — Sorri malicioso.

— Pensei que já havia ganhado uma vez, quando eu te escolhi e não ele. — Ela sorriu fraco.

— Você foi a primeira de muitas que virão. — Eu a abracei de lado.

— Tudo bem! Pode me mostrar o que você fez. — Ela ficou de frente para a mesa, a qual continha um pano vermelho por cima da fonte de energia.

Puxei o pano para que ela pudesse ver o que havia feito durante esses meses.

— Uma fonte de energia? — ela indagou, aproximando-se da fonte. Apenas confirmei com a cabeça, esperando por sua reação.

— Isso é incrível! Não sabia que você era tão inteligente assim — ela gargalhou.

Coloquei a mão no peito como se estivesse magoado com a frase dela, afinal isso era apenas um teatro, porque nada que ela fizesse, deixaria-me magoado.

— Ei! Esqueceu que fui criado com um cientista louco — disse, lembrando-me de meu pai.

Dylan White era conhecido por todas da cidade, pela sua crueldade e a mente brilhante, o seu nome era “Doutor do pavor”, o motivo era que ele aterrorizava todo o mundo com as suas invenções bizarras, como a injeção letal que matava o ser humano em menos de dez segundos ou a mais conhecida por todos, um robô que era treinado para matar todos em sua volta. Ele era o meu pai, assim que ele morreu, eu herdei o seu lugar em ser o “vilão” da cidade de New York e faria isso com o maior prazer.

— Não! Nunca poderia me esquecer disso, afinal ele ainda é considerado o maior vilão de New York  — senti ela se arrepiar.

Sabia que Arabella tinha medo do meu pai, mas sempre tentava amenizar isso, afinal eu era uma cópia fiel dele.

— Esquece! Ele morreu há anos e, provavelmente, não injetou nenhuma vacina que contenha um líquido que o deixe imortal — disse, abraçando-a.

— Eu sei. — Ela sorriu fraco e desfez o meu abraço. — Irei fazer o nosso jantar. — Ela depositou um pequeno beijo nos meus lábios.

— Já estou indo — disse, soltando o seu corpo, que estava preso em meus braços.

— Aliás, quando você pretende usá-la? — indagou.

— Em breve, falta apenas uma coisa — respondi e sorri em sua direção.

Ela assentiu e saiu do escritório.

Faltava pouco para eu poder finalmente quebrar a cara de Thomás Roodin, com o seu ar prepotente, fazendo-me querer socar seu rosto todo. Claro que em uma luta, ele venceria facilmente, por ter uma força indescritível, porém, com a fonte de energia — que é criada com o antídoto que foi feito das injeções que foram aplicadas no corpo do Roodin — eu conseguiria vencê-lo e me livrar de uma vez por todas desse idiota, mas ainda faltava uma pequena coisa que em breve estaria em minhas mãos.

Continua...

Contos para se inspirar: Porque a vida não é o bastanteOnde histórias criam vida. Descubra agora