Perverse love - parte 2

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Havia encontrado a última peça que faltava: “ágata”, uma pedra preciosa que, de acordo com as pessoas de antigamente, ela era um amuleto para dar fortalecimento e equilíbrio para o corpo, a pedra foi usada nas injeções que aplicaram no corpo do Roodin, porém a pedra, junto com a fonte de energia que criei, faria o contrário, porque a fonte de energia sustava qualquer força ou equilíbrio que a pedra pudesse dar para a pessoa, fazendo então com que Thomás ficasse fraco.

Segurei a pedra colorida em minhas mãos, uma pequena pedra poderia fazer um belo estrago, sorri ao imaginar que depois de anos o meu arqui-inimigo, que me espancava e que ficava com toda a glória, estaria brevemente morto.

Soltei uma gargalhada maléfica, nada agora poderia me impedir de finalmente me livrar daquele arrogante.

Coloquei a pedra dentro da fonte que emanava energia, ela se encaixou perfeitamente, agora só precisava atrair Thomás Roodin para poder atacá-lo, o que não seria fácil, era apenas necessário provocar um pequeno acidente e ele viria correndo.

Eu a cobri com um pano vermelho, que estava em cima da mesa, não queria que Arabella soubesse do meu plano, por mais que amasse e confiasse a minha vida em suas mãos, sabia que ela ainda gostava, como amigo, do babaca do Roodin. Seria melhor ela não descobrir sobre isso por enquanto.

Saí do escritório e fui em direção ao quarto, onde a minha mulher estava dormindo, já que era apenas seis horas da manhã de um domingo, ela trabalha a semana inteira em um hospital perto do nosso apartamento, a rotina era bastante pesada, por isso que sempre a deixava descansar no domingo. Afinal quase não saía de casa por conta de quem eu sou e de como sou conhecido pelas pessoas, o indomável “Energiya”, energia em russo. Eu mesmo coloquei esse apelido em mim, minha família toda era russa e todos os meus projetos eram relacionados à energia.

Ao chegar na porta do quarto, observei os cabelos longos e ruivos de Arabella espalhados pelos travesseiros, o cheiro de morango no ambiente era bastante presente, era o seu cheiro. Amava poder ficar abraçado com ela, sentir o seu corpo sobre o meu. Eu a amava do meu jeito, não era nada romântico, e ela sabia disso, porém mesmo assim, ela me escolheu.

— Você parece um psicopata parado, me encarando — ela disse, ainda com os olhos fechados.

— Talvez eu seja. — Caminhei, aproximando-me mais da cama.

— Acho então que terei que te matar. — Ela abriu os olhos.

— Você não teria coragem. — Pulei em cima dela.

— Se você não sair de cima agora, eu farei isso com o maior prazer — ela disse séria.

Escorreguei para o outro lado da cama, segurei em sua mão e a beijei.

— O que estava fazendo acordado tão cedo? — ela indagou.

— Estava trabalhando em uma coisa. — Encarei o seu par de olhos azuis, ela apenas assentiu. — Desculpa por te acordar tão cedo, mas não consigo ficar sem os seus beijos. — Passei a minha mão sobre seus fios ruivos.

— Não me importo. — Ela deu de ombros.

— Então já que estamos acordados, podemos fazer uma coisa bem melhor. — Sorri malicioso.

Ela entendeu do que estava falando, sorriu e sentou em cima do meu corpo.

— Você nunca se cansa? — perguntou.

— Jamais poderia me cansar de você. — Beijei-a intensamente.

Ouvir os seus gemidos e que me amava era a melhor forma de começar o dia.

Contos para se inspirar: Porque a vida não é o bastanteOnde histórias criam vida. Descubra agora