Prólogo

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Boa leitura!

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Boa leitura!

Katrina: Então, o que acharam? — Perguntou, olhando para as amigas.

Katrina é uma aspirante à escritora de 24 anos, mas como os livros não dão tanto retorno monetário, ela também é secretária executiva na Star Walker, uma empresa de tecnologia.

Ela e as amigas, Beatriz, Luna e Nádia, estavam sentadas em uma das mesas da parte externa do café "Coco Boom". As garotas terminaram de ler os últimos capítulos do livro que Katrina tinha escrito, era um romance de época.

Katrina: Digam alguma coisa. — Pediu, ansiosa.

Luna: Eu adorei! — Disse, sorrindo e olhando para a tela do celular. O arquivo tinha 28 páginas.

Katrina: Sério? — Mesmo que ela tentasse esconder, já possuía um grande sorriso nos lábios. Luna assentiu, os olhos azuis ainda estavam focados na tela do celular, ela não lia, só não queria encarar a amiga.

Nádia: Ficou ótimo, mas você acha que está à altura da editora? Quero dizer, romances antigos não fazem muito sucesso hoje em dia. — Perguntou, cuidadosa — Você mesma disse que eles querem algo novo.

Katrina já havia pensado nisso, mas aquelas vinte e oito folhas foram tudo o que ela conseguiu escrever e aquele tema, era algo que ela amava.

Katrina: Eu sei, depois penso nisso. — Balançou a mão no ar, deixando esse assunto de lado — E você, Bea. O que achou?

Beatriz: Amiga, você quer a verdade? — Katrina assentiu, confusa. — Ok, se eu fosse você começaria a escrever outra coisa agora.

O que? Estava tão ruim assim?

Katrina: Está tão ruim? — Tinha os olhos arregalados e um aperto no coração. Poxa! Escrever não é tão fácil quanto parece, ela se dedicou tanto pra melhor amiga dela mandar ela desistir.

Beatriz: A editora te disse que eles querem algo novo, que cative as pessoas, que as deixem sedentas por mais, algo diferente. — Começou — E o seu livro é completamente o oposto disso, a gente já sabe o final só de ler a sinopse e é um clichê muito saturado, sem falar que-

Katrina: Vai direto ao ponto. — Pediu, estressada, com os dedos nas têmporas. Ela gostava de receber críticas, mas parecia que Beatriz estava debochando do trabalho dela.

Beatriz: O que eu estou dizendo é: você tem que escrever um conto erótico.

Que?

Katrina quase caiu da cadeira com a ideia de Beatriz, seu coração estava acelerado, os olhos arregalados e as mãos soavam um pouco. Parecia que tinha corrido três quilômetros, quando, na verdade, só estava surpresa.

Beatriz: Não faça essa cara de choque pra cima de mim. — Pediu, se recostando na cadeira confortável do café — Nesse livro que você acabou de nos mostrar tem uma cena de sexo — Voltou os olhos para o celular, procurando a localização da cena no arquivo — e amiga, isso ficou perfeito. Já pensou no sucesso que você poderia fazer caso fizesse um livro só disso?

Beatriz tinha os olhos brilhando, parecia uma criança planejando a próxima traquinagem, enquanto Katrina continuava imóvel como se tivesse visto um fantasma.

Beatriz: Amiga, eu não estou falando para você desistir desse livro — Apontou para o celular — estou te dizendo para dar uma pausa nele. — Suspirou — Você só precisa do contrato, depois que você já estiver lá dentro vai ser mais fácil para publicar esse. — Explicou, calmamente.

Nádia: E como você pode ter certeza de que isso vai dar certo?

Beatriz: O que "Cinquenta Tons de Cinza" e "365 dni" têm em comum? — Perguntou, sorrindo.

Luna: Os dois são Chernobyl?

Katrina: Você quer que eu escreva um romance tóxico e cheio de putaria? Nunca. — Cruzou os braços, negando.

Beatriz: Os dois ficaram famosos por causa das cenas de sexo. O diferencial que teria no seu livro seria a sanidade dos personagens. Uma pessoa normal com uma vida sexual ativa ou uma aventura carnal, mas sã e consensual. — Explicou, ignorando a objeção de Katrina.

Vendo por esse lado, o que Beatriz estava sugerindo não era tão ruim. Ela poderia escrever uma história hot com romance e sanidade, porque saúde mental é o que mais falta para os personagens de livros com esse tema.

Beatriz: Então, o que acha? — Perguntou, vendo a amiga analisar a ideia.

Pontos positivos:

É bem possível que um conto erótico tenha mais chances de ser aprovado pela editora do que o romance de época;

Todo o mundo ama sexo, então o público é bem grande.

Pontos negativos:

A própria vida sexual de Katrina que está mais parada do que mula empacada.

Katrina: Eu topo! 



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