The Marauder's Age

Capítulo 17: Onde cabem 5, cabem 12.

A luz fraca daquele alvorecer refletia no vidro da janela fechada. A neve parara de cair ainda na madrugada, deixando uma camada grossa ainda imaculada, brilhando alva e calma.

Lily levantou cedo naquela manhã. Havia recebido uma carta de seu pai pedindo para que chamasse seus amigos para passar o feriado com eles na casa de veraneio da família Evans no Sul do país.

A ideia de finalmente juntar todas as suas amigas em um feriado o qual ela amava tanto era fantástica. Perdeu o sono de imediato, e saiu de fininho do quarto deixando todas as amigas dormindo, menos Maria, que dormiu mal a noite inteira com gripe de Kapa - ela inventou de pegar sem proteção a erva essencial de um feitiço que nascia na borda do lago Leste no terreno do colégio, o qual era nocivo caso em contato direto com a pele.

Era uma terça bastante fria e deserta. Por ser muito cedo ainda, os alunos ainda estavam quentinhos em suas camas. Na sexta, seria o dia de ir para casa para o feriado.

Ao entrar no salão comunal, viu o céu nublado e opaco que representava o verdadeiro. Para sua surpresa, viu um rosto amigo tomando café sozinho à mesa da Grifinória.

- Formiga na cama ? - perguntou Lily com um largo sorriso. Remos sorriu de volta.

- Eu diria pulgas.. - disse com um piscar de olhos. Mesmo tentando parecer bem, era evidente que tinha algo errado, e Lily percebeu. - O que faz aqui tão cedo?

- Vim pegar um chá para Mari - falou sentando-se ao lado dele. Remos tinha uma expressão cansada.

- Gripe de Kapa? - imaginou ele. Lily concordou com a cabeça.

- Onde vai passar o feriado?- e pôs um enorme pedaço de bolo de chocolate no prato. Fazer o quê né, ela precisava de energia.

- Meus pais querem ir para casa de uns tios esse ano - respondeu Remos terminando seu mingau - mas acho que vou para onde os meninos forem. - Lily riu.

- E para onde os meninos vão? - perguntou transportando uma xícara de chá para seu dormitório, para que as meninas dessem a Maria.

- Casa dos MacAllister - respondeu. Lily engasgou com o suco. Tinha esquecido desse pequeno detalhe...- Você está bem? - perguntou Remos rápido vendo se a amiga tinha engasgado mesmo. Ela coçou a garganta e respirou fundo.

- Estou sim - afirmou - desculpe pelo susto.

- Qual foi a bomba na minha notícia? - perguntou curioso.

- É que.. - ela se recompôs - eu estava esperando as meninas acordarem para poder contar o que tinha na carta que recebi hoje de manhã - Remos esperou e ela continuou - Papai chamou-nos para a nossa casa de veraneio no Sul. Tudo bem que não é verão, mas lá é lindo!

- Acho que entendi - disse sorrindo - se chamar Lena, vamos mais 3 de bagagem - agora ele riu com vontade. - isso seria épico.
Apostaria com Dorcas para ver quem se mataria primeiro: você e James, ou Lena e Sirius.

- Não tem graça - disse dando um " chega para lá " nele no banco. Remos se encolheu ao toque e Lily desconfiou. Iria esperar a hora certa - bem, vamos ver o que elas vão dizer.

- Acho um preço justo - disse Remos - se quiser a melhor amiga junto, vai ter que levar o futuro- irritante cunhado, o amigão aqui e.. bem, o futuro-namorado bobão. - Lily lhe lançou um olhar afiado.

- Até você?? - e bufou - Eu nunca vou ter nada com o Potter, anota aí.

- Vou anotar mesmo ein - e fez um gesto invisível no ar - e pelo que me você me contou, aquilo foi diferente.

- Não foi nada demais - retrucou pensando na cena que Remos se referia: o dia do armário de vassouras. - meu coração acelerou de raiva, não outra coisa.