onze

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" Se for pra ser, nada vai impedir. "

Pedro me preensava na parede sem nenhum pudor, enquanto nossas mãos percorriam por nossos corpos e eu já podia sentir nossas cinturas se tocando

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Pedro me preensava na parede sem nenhum pudor, enquanto nossas mãos percorriam por nossos corpos e eu já podia sentir nossas cinturas se tocando. Foi então que a falta de ar começou a ser fazer presente, e nos separamos ainda ofegantes. Seus lábios estavam inchados e uma coloração avermelhada atingia o seu rosto, eu ainda precisava de seus lábios grudados aos meus.

Foi então que para minha salvação, ouvimos o choro estridente de Maria Alice vindo da sala, sua mamadeira ainda estava esquentando na panela e me assustei só de pensar que ela poderia derreter. Me desvencilhei dele e apaguei o fogo retirando a mamadeira de lá dentro com um pano.

Em passos corridos cheguei à sala, minha respiração estava descompassada e eu mal conseguia raciocinar, eu estava fodida. Com certeza depois dessa eu estaria demitida, sem nenhuma dúvida, mas se pensar por outro lado não era culpa minha. Não mesmo. Pedro era quem havia tomado a iniciativa, me induzido e provocado à fazer tudo isso.

Maria Alice estava em meu colo tomando a sua mamadeira, e enquanto isso eu ainda estava apreensiva com tudo aquilo. Pedro estava caminhando em minha direção, meu coração batia freneticamente e eu estava com medo de deixar Mali cair no chão por conta da tremedeira em meus braços.

—— Wow. Cara, eu não consigo acreditar no que acabamos de fazer. —— Murmurou o homem à minha frente em um tom exasperado, sentando em uma poltrona, apenas o olhei de soslaio pelo canto do olho. Fiquei em silêncio. —— Tu não vai falar nada?

—— Pedro, o que você quer que eu fale? Eu ainda estou em estado de choque, sabe? Eu nunca pensei em você daquele jeito, sabe, em sentido perverso. Eu considero você como um amigo, e te respeito muito. —— Proferi calmamente, magoá-lo era a última coisa que eu queria até porque o considerava muito. Seu rosto não esboçava nenhuma expressão, e eu estava começando a ficar preocupada com tudo aquilo.

—— Eu não vou ser infantil e dizer que não queria isso, pelo contrário, eu sempre quis isso e ainda quero. —— Ele indagou meio sério mas o tom em sua voz ainda parecia brincalhão.

—— Me desculpa, Pedro, de verdade. Eu não sinto nenhum sentimento por você além de amizade e admiração. E o que eu menos quero é misturar a minha vida pessoal com trabalho. —— Pedro me olhava atentamente enquanto eu falava com toda precaução. Não queria soar ignorante.

—— Tudo bem, Victória. Se eu disser que arrependido vou mentindo. —— Ele gargalhou me deixando mais apreensiva, eu podia sentir o suor escorrer por minha face. —— Caso mudar de ideia eu aqui, disposto a qualquer coisa por você. —— Me lançou uma piscadela e subiu as escadas.

Eu queria morrer, era tudo o que eu queria. Não sabia aonde me esconder por pura vergonha, e para o meu alívio Pedro estava agindo como se nada tivesse acontecido, o que eu não conseguia fazer de jeito algum. Simplesmente estava pasma, e ainda pensava muito sobre o beijo mesmo tempos depois de ter acontecido. Por que caralhos eu estava assim se não tinha significado nada?

gratidão, 𝗉𝖾𝖽𝗋𝗈 𝗀𝗎𝗂𝗅𝗁𝖾𝗋𝗆𝖾. (reeditando)Onde histórias criam vida. Descubra agora