I Fell In Love | Tom Ellis

14 - Tem um presente

Olá meus amores!

Voltei com a volta ao dia a dia do nosso casal amado. Agora a Bia vai voltar ao trabalho, o que será que vai acontecer?

Hoje saiu às músicas que vão tocar no episódio musical. A 5B já está chegando eim. Ansiosos? 😍😍😍

Boa leitura!

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No dia seguinte nós só tomamos café no hotel e já fomos arrumar nossas coisas. Colocamos uma roupa confortável para a viagem e fechamos as malas. Tom fez o check-out no hotel e nós entramos no carro em direção a Londres.
Tenho que confessar que por mais que eu ame Londres, eu fiquei triste de deixar Cardiff. Por isso aproveitei cada minuto para observar os detalhes pela janela do carro. Senti Tom colocar a mão na minha coxa assim que saímos da cidade e eu o olhei.
-Nós vamos voltar amor – eu sorri e peguei a mão dele, beijando o dorso.
A viagem de volta foi muito tranquila, conversamos sobre o que mais gostamos na cidade e no final de semana, escutamos música e principalmente fizemos muito carinho um no outro. A felicidade estava exalando por nós dois. Os últimos quatro dias foram simplesmente perfeitos, me fez sentir relaxada como não sentia há duas semanas.
Quando chegamos em Londres fomos direto ao shopping, compramos o que precisamos para fazer a surpresa para as meninas durante a semana, já que Tom vai buscar elas amanhã. Logo em seguida ele me deixou em casa porque preciso me preparar para o trabalho essa semana.
-Ter que ficar longe de você depois desse final de semana vai ser complicado – falei enquanto segurava o rosto dele entre as mãos e ele sorriu.
-Vai ser muito complicado – ele deu um beijinho na ponta do meu nariz e eu sorri – Você vai pra meu apartamento amanhã?
-Vou, quero ver as meninas.
-Só as meninas?
-Eu sempre vou te ver também amor – dei um selinho nele que sorriu entre meus lábios.
-Podemos contar pra elas amanhã? - Tom estava realmente muito ansioso para contar as meninas que elas vão ter mais irmãos, e eu não quero atrapalhar essa felicidade dele, essa animação, por mais que eu gostaria de esperar pelo ou menos mais um mês para contar pra todo mundo.
-Claro – forcei um sorriso e ele sorriu ainda mais, me deu mais um beijo – Essa semana, acho que na quarta eu marco um horário pra você ir ver o ultrassom – os olhos dele brilharam ao me ouvir falar.
-Só me falar a hora que eu vou estar lá - eu assenti – Essa semana eu vou começar a olhar as casas e ligar para uma corretora que conheço.
-Tá ótimo amor, agora deixa eu ir – trocamos mais alguns selinhos e eu saí do carro carregando minhas bolsas.
Assim que eu entrei no meu apartamento soltei um suspiro cansado, como eu queria ter ficado em Cardiff e evitado a realidade que me persegue. Odeio sentir todo esse medo e toda essa vontade de querer manter em segredo para que se algo acontecer eu não quebre as expectativas de todo mundo, principalmente das meninas.
Sentei no sofá sentindo todo o peso voltar para minhas costas, e então comecei a fazer carinho na minha barriga, pela primeira vez e isso me fez ter vontade de chorar, mais uma vez os hormônios me atingindo.
-Filhos – minha voz saiu mais embargada que eu imaginava - Vocês podiam tanto ajudar a mamãe e ficarem quietinhos aí dentro, a mamãe realmente ama vocês e quer muito vocês nos meus braços - eu limpei as lágrimas que desciam e encostei meu corpo no sofá.
Várias imagens passando pela minha cabeça, a felicidade do Tom ao descobrir, as roupinhas de bebê que vi na loja alguns dias atrás, a felicidade da minha mãe e do meu pai quando contei que estava grávida anos atrás, a felicidade da Anna. Eu vou contar para todos eles e rezar para que nada aconteça com os bebês, o amor de todos eles vai me fazer mais forte.
Meu telefone tremeu do meu lado e era uma notificação de uma postagem que o Tom me marcou, quando cliquei meu coração se aqueceu na mesma hora e o sorriso chegou ao meu rosto. Tom estava comemorando 1 ano desde que nos conhecemos com uma foto só minha, uma declaração linda, eu comentei e fiquei relendo o texto várias vezes. Esse homem sabe como me fazer feliz, mesmo quando não está ao meu lado.
Com isso eu levantei e fui arrumar minhas coisas para começar a semana, preparei tudo que precisava para trabalhar, reli todos os relatórios das minhas pacientes dos próximos dias. Pesquisei sobre novas coisas na medicina, tenho que sempre estar antenada ao que acontece no mundo científico. Troquei algumas mensagens com Tom e só depois fui dormir.
A manhã no trabalho passou muito tranquila, atendi todas as minhas pacientes que estavam marcadas e depois fui me atualizar sobre o que aconteceu no final de semana. Estava escrevendo alguns relatórios no computador quando ouvi batidas na porta.
-Posso entrar? - vi o rosto da Lilian e sorri na mesma hora.
-Claro que sim – ela entrou e fechou a porta atrás de si.
-Então como foi o final de semana? - ela estava animada e eu ri de sua animação, ela sentou na minha frente e me olhou.
-Foi perfeito, um conto de fadas, inclusive obrigada pela folga.
-Não precisa agradecer, vocês estavam precisando de um tempo juntos depois de tantos meses separados – assenti concordando.
-Temos que ver quando vou repor minhas horas.
-Sim senhora – ela disse rindo.
-Eu contei pra ele – falei de uma vez e ela arregalou os olhos de leve – E hoje vamos contar para as meninas.
-Como ele reagiu?
-Ficou muito feliz, chorou de emoção e já está fazendo milhões de planos – o sorriso dela aumentou ainda mais.
-E como você está? - eu vi a preocupação em seu olhar e suspirei.
-Estou tentando lidar e ignorar meus pensamentos, tentando focar nas coisas boas.
-Você sabe que eu estou aqui né? - ela segurou minha mão sobre a mesa e eu sorri.
-É claro que eu sei.
Lilian conversou comigo mais um pouco e nós duas voltamos ao trabalho. Ter Lilian perto de mim me dá um alívio, principalmente porque estou longe da minha família e da minha melhor amiga, eu preciso de um apoio pra não me sentir tão sozinha em uma cidade nova, e a equipe do hospital está fazendo isso muito bem nos momentos que eu não tenho o Tom e as meninas ao meu lado.
O dia passou muito corrido com o trabalho e quando me dei conta já estava indo em direção a casa do Tom que me mandou várias mensagens ao longo do dia confirmando se vamos contar hoje mesmo, ele está muito ansioso e animado pra isso, então é melhor acabar com essa angústia logo. Antes de subir eu contei até 10 várias vezes e respirei fundo algumas vezes, tentando acalmar a ansiedade dentro de mim.
Por fim peguei minha chave e abri a porta do apartamento dele, logo já vi os quatro jogados no sofá assistindo alguma coisa, eles me olharam e eu sorri.
-Bia – Marnie gritou animada e eu ri, ela levantou do sofá e veio correndo na minha direção.
-Oi meu amor – falei retribuindo o abraço dela, dei um beijo sobre seu cabelo – Como foi seu final de semana? - ela me olhou e eu fiz carinho no rosto dela.
-Muito legal, eu fui ver meus avós. Papai mostrou pra gente as fotos da viagem de vocês dois, você gostou de Cardiff? - ela ia falando rápido e eu só sabia sorrir.
-Eu amei, quero muito voltar lá várias vezes, mas da próxima vez com vocês - bati o dedo no nariz dela e ela riu.
-Estou sabendo que você tem um presente pra gente – ela apoiou o queixo na minha barriga enquanto estava abraçada ao meu quadril.
-É mesmo? E quem te contou? - perguntei rindo.
-Alguém - ela desviou o olhar e eu ri ainda mais, apertei ela mais no abraço.
-Vamos fazer assim, vou dá um beijo nas suas irmãs e no seu pai, aí entrego os presentes, pode ser? - ela assentiu animada e voltou a sentar no sofá.
A Marnie tem uma energia tão maravilhosa que faz qualquer um ficar bem, eu amo o carinho dela, o amor dela. Eu amo todas as meninas, mas a Marnie por ainda ser criança, é mais carinhosa e fica mais grudada em mim, o que eu amo muito.
Dei um beijo na bochecha da Flo e da Nora, e dei um selinho no Tom que me olhava sorrindo, mas eu conseguia ver uma ruguinha de preocupação na testa dele.
-Quer entregar os presentes agora? - perguntei pra ele.
-Sim, elas estão curiosas – assenti e ele levantou do sofá para me seguir até o quarto – Estou ansioso – ele disse baixo e olhei pra ele.
-Como foi quando contou pra Nora e Flo?
-É diferente amor, elas eram crianças, pra criança tudo é festa – ele passou a mão pelo cabelo.
-Amor – cheguei perto dele e segurei seu rosto – Fica tranquilo, não tem porque elas não gostarem disso, elas aceitam nossa relação, nosso casamento, vão aceitar os bebês também - dei um selinho nele e ele assentiu.
Minha voz saiu com mais confiança do que eu realmente estava sentindo, mas a minha preocupação não é o que elas vão achar, eu sinto o quanto as meninas gostam de mim e sinto que vão aceitar bem, a minha preocupação é em decepcionar elas, só que isso é assunto para outra hora.
Tom pegou as três sacolas e me estendeu a mão, entrelacei nossos dedos e fomos em direção a sala, as três logo olharam curiosas para nós dois.
-Vocês podem sentar uma do lado da outra? - Tom perguntou e logo as três foram para o sofá maior e sentaram nos olhando.
-Vocês estão muito sérios, tá dando medo – Nora falou arregalando os olhos e eu sorri.
-Não é nada sério, podem ficar tranquilas.
Então eu engoli meu nervosismo e peguei as sacolas da mão do Tom que estava visivelmente nervoso.
-Eu quero que vocês esperem pra abrir, ok? - elas assentiram e entreguei uma sacola para cada uma, voltei para o lado do Tom e segurei sua mão que já estava gelada – Marnie abre a sua primeiro.
A mais nova assentiu e começou a abrir a sacola, ela foi rasgando sem nenhuma paciência e nós dois rimos. Então ela tirou uma blusa preta lá de dentro, ela virou a parte de frente para ler a frase.
-Promovida a irmã do meio – ela leu e nos olhou completamente confusa - Não entendi, eu sou a irmã mais nova.
Flo abriu a boca de surpresa, parecendo entender o que estava acontecendo, ela abriu a sacola dela assim como a Nora e elas leram a mensagem na blusa.
-Melhores irmãs mais velhas do mundo – Flo leu a mensagem e me olhou.
-É isso mesmo que estamos pensando? - Nora disse também nos olhando.
-É sim – falei.
-O que está acontecendo? - Marnie perguntou.
-A Bia tá grávida - Flo falou sorrindo e eu já via os olhos dela brilhando.
-É sério? - Marnie tinha um sorriso de enorme no rosto e eu já sentia a emoção vindo.
-É sim filha – Tom falou e a voz dele estava embargada.
Marnie então veio correndo na minha direção e me abraçou pela cintura, na mesma hora as lágrimas desceram pelo meu rosto. Flo e Nora também vieram na nossa direção e nos abraçamos em um abraço de família. Tom me olhou e ele também chorava, ele deu um sorriso de alívio por ver que nenhuma das filhas tinha achado ruim, pelo o contrário, as três tinham sorrisos no rosto. Ele aproximou o rosto do meu e trocamos um selinho carinhoso no meio do abraço com as meninas.