19 - Você realmente gostou

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Olá meus amores!

Aqui estou com mais um capítulo como prometido.

Gente vocês viram o novo trailer de Lucifer que a Amazon alemã postou. Está incrível e meu coração Deckerstar está em pedaços. Pra quem não viu tem no meu perfil do Instagram, link está no meu perfil 😉😈

Boa leitura!

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O clima ainda ficou bem estranho entre nós dois, nunca tivemos um desentendimento dessa forma e uma conversa tão séria. Deu um estremecida na nossa relação. Mesmo assim Tom não quis ir embora, pelo o contrário, ele não desgrudou de mim um minuto. Quis saber todos os detalhes da minha ansiedade e de como me senti quando estava com depressão, ficou perguntando o que pode me fazer para ajudar, quando vou no psicólogo. Ele está realmente empenhado em ficar ao meu lado e me ajudar, o que me fez sentir como se o peso que estava nas minhas costas tivesse sido aliviado um pouco, agora que estou compartilhando os meus problemas.
Sei que ainda preciso trabalhar muito algumas coisas dentro de mim, como compartilhar meus problemas, aceitar que preciso de ajuda, que não tem como eu ser forte sozinha. Com o tempo e tratamento, as coisas vão entrando no lugar.
O despertador tocou na manhã de sábado e minha vontade era continuar dormindo, mas temos visitas de casas para fazer hoje, e marcamos um horário. Desliguei o celular e me virei na cama, e lá estava Tom, acordado e olhando para o teto, parecendo pensar em algo.
-Bom dia – ele falou e me olhou, deu um sorriso sem mostrar os dentes, mas o sorriso não chegou aos seus olhos, ele se inclinou e me deu um selinho.
-Bom dia – fiz carinho no rosto dele e ele continuava me olhando – O que você está pensando?
-Em nada – ele voltou a deitar no travesseiro.
-Tom eu consigo ver a preocupação no seu rosto e posso apostar que você não conseguiu dormir bem – ele suspirou e passou as duas mãos no rosto, esfregando.
-Eu não consigo parar de pensar no que aconteceu ontem – ele voltou a me olhar - Você poderia ter perdido os bebês pelo o que a Jessica fez, você passou mal por causa dela.
-Eu não ia perder os bebês ontem Tom, eles estão bem.
-Mas você não está bem e ela só piorou a situação - eu pensei que já tínhamos resolvido esse assunto, mas a dor ainda estava presente em seu olhar.
-E o que você pretende fazer com isso?
-Falar com ela, eu não sei muito bem, mas não vou conseguir ficar quieto.
-E se você perder seu emprego Tom?
-Eu não me importo, ela mexeu com minha família, não vai ficar assim. E se eu não falar nada, ela vai continuar fazendo isso, e eu não vou suportar te perder porque uma mulher sem caráter quer ficar comigo – as veias do pescoço dele já estavam visíveis, mostrando o quanto ele estava nervoso, tirando o tom de voz dele que tinha aumentado.
-Tudo bem, só pensa com calma o que você vai falar, não vai fazer nada de cabeça quente – levei a mão até a bochecha dele para fazer carinho e ele assentiu - Você não trata as pessoas com grosseria e nem age com raiva, não é você. Então respira primeiro, depois você toma uma decisão - ele suspirou e fechou os olhos com o meu carinho, então eu aproximei dele e deitei em seu peito, ele passou o braço ao meu redor – Ainda temos o final de semana, vamos descansar, e segunda você pensa nisso.
-Tudo bem – ele deu um beijo na minha testa – Como você está?
-Estou bem.
-Nenhum sinal da ansiedade?
-Por enquanto não.
Ele continuou fazendo carinho nas minhas costas, até que decidimos levantar. Trocamos de roupa e tomamos nosso café da manhã. E então saímos em direção ao endereço que a corretora passou pra gente. Antes de irmos visitar as casas a corretora nos manda fotos e informações sobre as casas, algumas excluímos porque não gostamos da casa, outras porque a localização não é boa, ou porque é pequena. Achar uma casa tem sido mais cansativo do que eu imaginava, e com certeza, mais demorado.
-Amor – Tom falou colocando a mão na minha coxa e eu olhei pra ele - Você é religiosa? - eu franzi as sobrancelhas.
-Acho que sim, eu fui criada na igreja, não vou muito hoje em dia, mas rezo todos os dias e acredito muito em Deus. Porque?
-Eu estava pensando em ir na igreja onde meu pai prega, você iria?
-É claro que sim amor – ele me olhou e sorriu.
-Estou falando isso porque meu pai é uma das pessoas mais sábias que eu já conheci, sempre me ajuda quando eu preciso com conselhos ótimos, e eu acho que seria legal se você conversasse com ele – ele ia falando e alternando o olhar entre mim e a rua - Não estou querendo dizer que sua ansiedade é falta de Deus, nem nada do tipo – ele começou a gesticular e eu sorri.
-Tom eu sei disso, relaxa – peguei a mão dele e ele me olhou.
-É só que conversar com pessoas mais velhas e mais experientes é bom, nos ajuda a ter uma outra perspectiva, mas se você não quiser que mais pessoas saibam disso, tá tudo bem.
Depois do que aconteceu ontem eu comecei a aceitar que eu preciso de ajuda para superar toda essa ansiedade, para conseguir aproveitar minha gravidez do jeito que eu sempre sonhei, e quanto mais ajuda, melhor.
-Acho que pode ser uma boa ideia – ele sorriu e levou minha mão até sua boca, depositando um beijo ali.
-Não falo para irmos amanhã, porque muita coisa aconteceu, mas semana que vem podemos ir, bom que as meninas vão também.
-Combinado – disse sorrindo.
-E o psicólogo?
-Vou ligar para marcar um horário - ele assentiu – E o seu trabalho?
-O que que tem?
-Você saiu ontem no meio do dia.
-Ah sim, eles conseguiram gravar outras cenas que eu não estou, não atrasou o cronograma.
-Que ótimo.
Alguns minutos depois Tom estacionou em frente à casa e eu já não gostei da fachada, quando entramos a experiência foi ainda pior, a casa é muito antiga e apertada, nada a ver com nossa família. Eu olhava para o Tom e ele tinha o mesmo olhar no rosto, de que não estava gostando nada.
Então seguimos em direção a outra casa do dia. E assim que estacionamos em frente a casa meu coração palpitou, a casa é toda de tijolinhos laranja escuro e laranja claro, com um portão preto e a porta também preta, com três andares.
-Que casa linda – falei e Tom concordou, ele pegou minha mão enquanto andávamos em direção a entrada.
-Aqui cabe uns 5 carros estacionados mais ou menos – a corretora falou – A casa tem 6 quartos e mais um quarto de empregada, 7 banheiros e um lavabo, são quatro salas, tem um deck e jardim, e 5 suítes - nós dois só íamos assentindo e animação aumentava no nosso rosto.
Ela nos mostrou a biblioteca que é junto com a sala de televisão, a sala é toda em um azul petróleo, parece ter sido tirada de uma revista de decoração. A cozinha enorme e aberta, com armários cinza claro e uma grande ilha com detalhes roxos, a sala de jantar em uma mistura do moderno e clássico. A sala de estar é toda em tons rosas, outra sala que com certeza foi tirada de uma revista.
-Amor, parece aquele restaurante que você me levou ano passado – ele me olhou confuso, não lembrando de qual restaurante – O primeiro, depois do teatro.
-Ah sim, realmente, é muito parecido, é lindo – eu assenti sorrindo.
Subimos para o segundo andar, três suítes lindas e muito espaçosas, no terceiro andar tinha uma suíte bem grande e mais dois quartos. Descemos e fomos para o lado de fora, um jardim lindo e grande, com um deck com algumas cadeiras e mesas. Dá para imaginar tranquilamente as crianças correndo por aqui enquanto eu e o Tom ficamos sentados observando.
A casa é muito linda e com certeza ganhou um lugar no meu coração.
-O que acharam?
-É muito linda, eu amei a decoração, o tamanho dos quartos – eu falei.
-Eu adorei a mistura do clássico, com o moderno, com as cores.
-É realmente uma casa muito bonita. Têm mais de quatro escolas por perto, fica a mais ou menos 30 minutos do seu trabalho – ela falou apontando pra mim – E também fica perto dos estúdios de gravação - ela olhou para Tom que assentiu concordando.
-Quanto custa? - ele perguntou.
-5 milhões - eu arregalei os olhos sem conseguir evitar e Tom me olhou.
Voltamos a andar pela casa até finalmente sairmos, Tom foi conversando com ela e eu só observava mais a casa, cada detalhe dela, me apaixonando ainda mais.
Nos despedimos da corretora e entramos no carro, não vamos olhar mais casa hoje, e temos que almoçar também.
-Você realmente gostou da casa né? - Tom falou enquanto arrancava com o carro.
-Ela é linda demais, eu amei a decoração e o espaço também.
-Nenhuma casa fez seus olhos brilharem assim – ele me olhou com um sorriso no rosto e eu sorri também.
-Eu sei, me apaixonei mesmo – falei rindo – Mas cinco milhões é loucura amor, ela devia parar de mostrar casas caras assim.
-Você sabe que eu tenho esse dinheiro né? - ele me olhou rapidamente.
-Amor cinco milhões é muito dinheiro.
-Eu sei que é, mas é nossa casa – ele colocou a mão na minha coxa – A casa que vamos viver pro resto da vida, onde nossos filhos vão crescer, onde minhas filhas vão montar um quarto pra elas, onde vamos receber sua família.
-Para – eu ri e balancei a cabeça fazendo movimento de não - Para de tentar me convencer.
-Amor nós não achamos uma casa tão perto do seu trabalho e do meu ao mesmo tempo, um bairro calmo, com escolas – eu fiquei olhando para a rua pensando nos prós e contras, na verdade só tem um, ela é muito cara - Nós vamos ter quartos de sobra para visitas.
Eu mordi a boca pensativa e fiquei lembrando das outras casas, nenhuma conquistou meu coração desse jeito, todas tinham um defeito que me desanimava.
-Você gostou? - perguntei pra ele.
-Gostei, eu amei a decoração dela, a cozinha é perfeita, e aquela sala rosa vai me lembrar do nosso primeiro encontro de verdade – eu sorri ainda mais e dei um beijo na bochecha dele que sorriu.
-Você consegue ser ver morando ali?
-Totalmente e eu sei que você também, você se apaixonou assim que chegamos, eu vi seu olhar pela casa.
-Será que as meninas vão gostar?
-Elas vão amar, vão ter um andar só para elas, com banheiros só pra elas, não vão nem querer interagir com a gente.
-É verdade – eu falei rindo.
-É uma casa que tem privacidade, tem lugar para estacionar os carros, tem muito espaço para a Eve, para os bebês crescerem correndo, fora que aquele quarto com sacada vai dá um quarto incrível para os dois.
Eu não o respondi, só fiquei brincando com os dedos dele que estavam sobre minha coxa e pensando na casa, pensando na responsabilidade de escolher uma casa para morar a vida toda.
Tom estacionou o carro perto do restaurante que vamos comer e me olhou.
-Posso fazer uma oferta? - ele tinha um olhar tão decidido e meu coração estava acelerado, foi a primeira vez que concordamos tanto com uma casa, a decisão já está tomada.
-Sim – falei animada e ele sorriu ainda mais, ele segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um beijo estalado na boca.
Então ele pegou o telefone na mesma hora e discou o número da corretora, assim que ela atendeu, Tom disse que queremos a casa e ela disse que vai fazer a oferta e nos retorna.
Eu estou ansiosa pela ligação, para finalmente saber se a casa é nossa ou não. Para começarmos o quarto dos bebês e a decoração do quarto das meninas. Quando nos mudarmos vai tudo se tornar muito real, que eu vou casar e que eu vou ser mãe e madrasta ao mesmo tempo.

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O que estão achando desse novo passo na vida do casal?

Beijos e até o próximo 😘

I Fell In Love | Tom Ellis Onde histórias criam vida. Descubra agora