nineteen.

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IZABEL CLARK.

A merda do beijo não saia da minha cabeça, fico me perguntando por que deixei chegar nesse ponto. Estou dançando com as meninas, tentando distrair a minha mente e curtir ao máximo essa festa.

— Está tudo bem? Você parece avoada. — Alisson se aproxima e grita no meu ouvido, por conta da música alta.

— Sim, claro. — Minha voz quase não sai, odeio mentir mas não pretendo contar do beijo, não agora.

— Quem chamou Andrew? Achei que estava claro que ele não era bem vindo. — Alisson diz ao ver o meu irmão caminhar pelo lugar, franzo a testa.

— Provavelmente os garotos do time que pelo o que eu me lembro, foi a sua ideia de chamar. — Respondo sem paciência, eu amo as minhas amigas mas também amo o meu irmão e somente eu posso falar mal dele.

— Minha idéia foi chamar os garotos e não o Andrew. — Ela responde e reviro os olhos com tanta força.

— Você não conhece o meu irmão Alisson, então pare de implicar com ele por coisas que você escuta dos outros. — Respondo e viro as costas antes que ela me responda.

Uma Izabel incomoda, agora uma Izabel sem paciência e arrependida incomoda muito mais. Nesse momento eu faria de tudo para tirar aquele menino da minha cabeça, só de lembrar das mãos dele passeando no meu corpo, eu me arrepio.

Meus olhos passeam pelo lugar e infelizmente vejo quem eu não queria, Brandon de mãos dadas com sua ex, Kiara. O sorriso no rosto da menina é nítido e ele não está diferente, sinto uma sensação estranha, não é possível, o cara me beija e depois de minutos aparece com a ex?

Eles se retiram do local e eu permaneço parada igual uma boba, mil coisas se passam pela minha cabeça. Nate nunca faria isso comigo, me beijaria e depois voltaria com a gostosa da ex.

Eu e Brandon não daríamos certo nem se tentássemos muito, somos diferentes, brigamos até depois do beijo. Eu só quero que tudo volte ao normal, eu não vou me apaixonar por quem não me quer, essa não sou eu, nem se ele quiser muito eu vou dar o braço a torcer.

Meus amigos parecem felizes, Elena dançando e curtindo o seu dia, Alisson parce bem mesmo depois da nossa discussão ridícula e Alex sumiu, provavelmente beijando alguém por aí.

Sou grata por ter pessoas boas na minha vida, mesmo rodiada de problemas, são eles que me fazem rir, quando tudo parece desmoronar mas agora eu estou sozinha, no bar pegando alguma bebida ruim, para me afogar, a confusão é o pior sentimento e vou lidar com isso tudo sozinha.

The weeknd berra nos altos falantes das caixas de som, meu coração está acelerado, levo o copo branco na boca, maldito copo branco, a bebida desce rasgando mas não me importo.

— Posso me juntar a você? — Viro para o lado quando escuto uma voz conhecida... Nate Clifford.

— O que você está fazendo aqui? — Meu tom é de pura surpresa.

— Alisson me convidou para a festa mas só consegui chegar agora, perdi muita coisa? — Nate se senta em um dos banquinhos do bar e claro, ao meu lado.

— Perdeu foi nada. — Eu estava com a cara mais fechada do mundo.

— Você está bem Izzy? — O moreno me pergunta e eu suspiro.

— Por que não estaria? — Pergunto de volta.

— Não sei, se eu soubesse não estaria perguntando. — Nate brinca e acabo sorrindo.

— Dia difícil, só isso. — Minto e ele sabe disso.

— Não vou te pressionar, vamos tentar distrair. — Nate me puxa para a pista de dança, acontece tudo tão rápido mas meu copo continua intacto na minha mão.

Dançamos loucamente, nossos corpos colados e nenhum dos dois se importando com quem estava ali, estávamos no nosso próprio mundo. Meus olhos param nos seus e diferente do que acontece quando estou com Brandon meu coração não acalera.

— Vamos sair daqui? — Nate sussura no meu ouvido e diferente do que acontece com Brandon, não arrepiei.

Meu deus, desde quando eu comparo uma pessoa á outra?

— P-Pode ser. — Respondo, nervosa e com a mente em outro lugar, ou melhor, em outra pessoa.

Nate me puxa novamente e me faz andar pelo local até chegarmos no seu carro, que nossa, é um carrão.

— Para onde vamos? — Ele diz encostado na sua bmw.

— Se quiser pode ser para a minha casa. — Respondo e vejo um sorriso se formar em seu rosto.

O caminho é silencioso, Nate parece estar bem focado na estrada e quase não me dá atenção, o que é bom, evitamos acidentes, lembro que esqueci de avisar para as meninas que tinha ido embora, então aproveito para pegar o meu celular na bolsa e mandar uma mensagem no nosso grupo.

No elevador nos beijamos mas sem muita mão boba ou algo do tipo, aliás não queríamos dar um show para o porteiro.

Mal abro a porta quando Nate me joga no sofá que estava bagunçado com as maquiagens das meninas mas isso não parece ser um problema para nós dois, nos beijamos novamente e sua mão desce para de baixo do meu vestido.

— Eu estava com saudades disso. — Ele sorri maliciosamente entre o beijo e eu faço o mesmo.

— Então vamos aproveitar. — Respondo mas junto nossas bocas no mesmo instante.

Sinto dois dedos me penetrar e solto um gemido involuntário, seus movimentos são calmos e devagares, eu conseguia sentir o quanto estava molhada, na verdade desde o banheiro, eu estava com tesão.

Quando seus dedos vão para o meu clitóris, mudo nossas posições, ficando por cima, deslizo sua calça para baixo e faço o mesmo com a sua cueca, eu não estava com paciência para preliminares.

— Tem certeza disso? — Nate me pergunta enquanto procuro uma camisinha dentro da minha bolsa.

— Que tipo de pergunta é essa? Claro! — Ajudo ele a colocar o preservativo e ele penetra em mim, com força.

Sinto muito pelos vizinhos do apartamento de baixo porque estávamos quase quebrando o sofá, o exercício do mês estava pago, eu quicava sem dó nem piedade.

Quando sinto que vou gozar, afundo o meu rosto no seu pescoço.

— Isso Brandon, estou quase lá. — Digo enquanto ele mete com força, mas por algum motivo tudo para e ficamos em um silêncio ensurdecedor.

— Você me chamou de que? — Nate olha para os meus olhos, tão decepcionado e se antes ele não fazia o meu coração acelerar, agora estou quase tendo um ataque cardíaco.

— Aí meu Deus, foi sem querer Nate, eu juro. — Respondo rápido e sinto o moreno me tirar de cima dele.

— Você só pode estar brincando comigo Izabel. — Seu tom é rígido e eu controlo a vontade de me jogar pela janela.

— Me deixa explicar. — Falo enquanto vejo Nate se vestir.

— Explicar? Você está com aquele babaca, não precisa de explicação. — Ele responde, como se fosse óbvio.

— Eu não estou Nate, eu te ju — E ele não me deixa completar a frase quando fecha a porta na minha casa. — Eu juro que não estou com ele. — Digo para mim mesma.

𝙎𝙃𝙀 𝙃𝘼𝙏𝙀𝙎 𝙈𝙀  Onde histórias criam vida. Descubra agora