What Happened in Las Vegas? ⋰ Shawn Mendes

forty eight

Narrado por:
T H E O D O R A

🍀

Eu ainda estou confusa.

Levando em consideração o argumento do Shawn – aquele sobre esse momento com a sua família ser como uma troca já que ele conheceu os meus pais – eu acabei por perceber, um pouco tarde demais, que isso não tinha nada a ver com essa atual situação.

Tudo começou quando, ao analisar todo aquele ambiente, eu me vi completamente deslocada entre almofadas de crochê sobre o sofá e a velha poltrona do anfitrião próxima à janela, há um vaso com girassóis sobre a mesa de jantar, quartos com pôsteres de bandas na parede; uma casa simples mas que tem toda a personalidade da família Mendes.

Definitivamente, nada disso é como comparecer à um jantar simples na casa de alguém, é um sentimento completamente diferente, visto que eu estou prestes a conviver com a rotina da sua família. Naquele dia em específico, eu não mostrei ao Shawn quem eu sou além sa Thori Kerr que ele já conhece ou todos os cômodos da minha casa ou o meu quarto; eu não tinha intenção nenhuma de convidar o Shawn para passar mais do que algumas horas na companhia dos meus pais – no caso, euvou passar quase quatro dias na companhia da sua família –, eu não dei permissão para ele sentar sobre a minha cama, ou mesmo opinar sobre o fato de eu não ter nenhum poster nas paredes do meu quarto.

Nada.

Isso é íntimo demais para alguém que... Eu não deveria estar aqui.

Ontem, é claro que eu fiquei eufórica por causa do presente dos meus sonhos mas uma parte da minha energia não somente por esse fato. Como eu disse, eu não mostrei ao Shawn as faces que eu tenho escondidas, então, naquele instante eu também estava escondendo uma Theodora que estava com medo, estava em pânico na verdade porque, mesmo que na maioria das vezes eu sofra por antecipação, eu estava ansiosa para descobrir como seria esse primeiro contato com a família dele.

A minha mente formulou várias hipóteses:

• Se eles já teriam uma opinião formada sobre mim, assim como o próprio Shawn?

• Se o fato do Shawn não querer a minha a minha presença nesse momento tão familiar, na verdade, uma prévia do que viria em seguida? Os seus pais teriam essa mesma opinião?

• Se os seus pais pensam que eu sou uma inconsequente por ter casado extremamente bebada com o seu filho? Ou que tudo o que aconteceu em Las Vegas foi por pura má influência minha? Afinal, o Shawn não tem o hábito de ingerir álcool, ele é muito fraco para tal coisa.

• Se eles tivessem certezas erradas sobre a minha personalidade pelo fato de eu ser rica; ou mesmo ima figura pública da Internet? Eu precisava considerar essa hipótese, eu não podia simplesmente ser hipócrita e não ter na consciência que eu e o Shawn vivemos sim mundo completamente distintos, raramente seria possível termos um contato ou mesmo conhecer a intimidade um do outro.

Haviam muitas suposições me rodeando durante todo o percurso até a tal Middletown, em Connecticut. Havia o receio, o pânico e uma vontade de vomitar por estar à beira de uma crise de ansiedade – eu dormi durante a viagem mais por estar me sentindo mal do por causa do sono.

Até que... Ele me acordou.

Diferente das outras expectativas errôneas que eu tive – um bom exemplo foi o que aconteceu no dia em que eu me mudei para o galpão no Brooklyn –, dessa vez eu vi que havia acertado quando percebi o carro estacionado em frente a imagem de uma casa com cerquinha branca, gramado verdinho coberto por resquícios de neve, um balanço para dois na varanda e todo esse clima que mais parece ter saído um grande clichê hollywoodiano sobre o Natal.