What Happened in Las Vegas? ⋰ Shawn Mendes

eighty eight

Narrado por:
S H A W N

            🍀

Brian: Ahhh qual é! Primeiro você não foi no Valentine's, agora isso?! Assume logo, Shawn.

Mesmo concentrado nas minhas panelas, abri um sorriso ouvindo o surto do meu amigo porque eu realmente estou me negando sair de casa.

Shawn: Assumir o quê, ruivão?

Brian: Os seus sentimentos pela Theodora.

Eu não preciso assumir nada, não novamente.

Shawn: Brian, eu estou realmente ocupado agora. Eu preciso e organizar o meu galpão, ao mesmo tempo o Brody está fazendo mais bagunça, e eu ainda estou cozinhando. Depois eu falo com você.

Brian: Hoje é o Super Bowl, animal! Essa porra foi adiada justamente pra você sair da toca da pantera, ir beber em um bar e torcer pelos Patriots!

É claro que não foi por mim, isso aconteceu devido as chuvas fortes e fora de época que estão acontecendo nos Estados Unidos. A Thori até perdeu alguns neurônios por causa dos sustos mas já está tudo bem, ela está quase voltando ao normal.

Quase.

Brian: Eu, Prashan, Jon e Antonella, Matt, Cameron e até a Nataly! A Nataly confirmou e vai! O casal de pais que virou lenda estarão comemorando em um bar e você não, seu bunda mole!

Shawn: Eu não posso deixar a Thori sozinha aqui, não ansiosa do jeito que ela está.

Brian: É pra trazer a sua mulher junto, porra.

Shawn: Mas a coisa maluca não vai querer ir, principalmente com esse alerta de chuvas. Ela está se sentindo mal, quase não levantou para ir trabalhar e não posso forçá-la, não posso deixá-la sozinha.

Brian: Eu não sei se acho fofa essa sua preocupação com a Thori – você é um marido como poucos, panterão – ou se fico puto porque você se tornou um bundão apaixonado de novo.

Eu tenho mais o que fazer.

Shawn: Tchau, Brian.

Brian: Você está rindo, eu sint-

Eu desliguei a chamada na cara desse bosta.

Eu posso estar rindo e, ok, também posso estar agindo um pouquinho como eu fiz na noite de Valentine's porque... Existe uma coisa em mim que gosta de perder a noção do tempo conversando com a Theodora, apenas isso. Naquela noite, eu realmente estava preferindo assitir ao pior filme já produzido do que levantar daquele sofá, do que perder aquele momento de troca onde eu poderia conhecer alguns lados da Theodora que são desconhecidos para mim.

Eu sei que, no início, nós dois tivemos um certo problema nessa coisa de diálogos; sentar e ouvir um ao outro, porém, hoje eu me vejo em uma situação em que eu não quero perder nenhum detalhe, nenhuma história porque até parece ser um ciclo viciante: quanto mais eu sei sobre a Theodora, mais eu quero descobrir, mais eu quero conhecer e eu quero que ela me conheça. Eu passei por um período complicado, foi algo que me fez retrair ainda mais os meus sentimentos, como uma autoproteção que, por um instante, eu jamais imaginei que um dia seria – ou ficaria – confortável novamente para me abrir sobre quem eu sou de verdade, qual é a minha verdade e todas as verdades que eu já vivi em vinte e oito anos.

Com a Thea, eu sinto essa firmeza para falar sobre as minhas dores, sobre o meu passado e todas as relações fracassadas que eu já tive. E ela ouve. Ela rir com uma certa sinceridade das minhas histórias. Ela me fez reencontrar uma confiança que eu havia perdido nas pessoas, aquela sensação de acreditar em alguém, ainda conseguir expressar sentimentos e o que eu gosto, o que eu desgosto; as minhas dores, falhas, a parte feia que eu carrego comigo.