Capítulo 14

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Desculpa, esqueci de postar ontem, eu to com medo desse capítulo, juro que faz sentido, tem algumas teorias em cima dela.
Não me matem por favor

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Katsuki On

Depois que fecho a porta me sinto cansado e frustrado ao mesmo tempo, minha cabeça trabalhando a mil com toda essa situação, olho de relance a chave do carro de novo e foco nela por um tempo, "Eu deveria mesmo voltar a dirigir? " esse pensamento toma minha mente junto com outra pessoa, ela vai me matar por não ter dado atenção a ela.

Pego meu celular no sofá e começo a procurar nos contatos o número dela, a velha mais irritante e barulhenta, minha velha. Iniciando a chamada assim que o encontro, coloco na orelha e começando a arrumar a louça do café.

- Lembrou que tem mãe, Katsuki? - Ela grita me fazendo arrepiar pelo tom e tirando de mim inconscientemente um sorriso, senti falta desses gritos e dela.

- Ah! Cala boca velha chata, como está o velho? - Perguntei sobre Masaru, ele se tornou de fato um pai para mim e um ótimo companheiro para minha mãe, mesmo que não entenda como ele faz isso.

- Fala direito comigo peste, ele está bem, eu também estou caso queira saber. - Ela fala sem gritar dessa vez e escuto passos de salto batendo no chão e alguns ruídos. - Como você está filho? - Ela parecia séria e com um tom de preocupação genuína, principalmente quando ela me chama assim, dou um suspiro resignado me sentando no balcão e novamente encarando aquela maldita chave sem saber como iniciar esse assunto.

- Eu encontrei o Eijirou recentemente. - Falei calmamente, pensando que talvez eu possa lidar com o assunto depois, olho para o teto ouvindo os ruídos cessaram.

- Sério, espera vou colocar no viva voz. - Ela grita chamando Masaru e volta a me dar atenção. - Isso é incrível, quero dizer, vocês eram tão próximos na infância e você sabe, com tudo que aconteceu, eu... - Ela dita calmamente, como se temesse falar algo de errado e com a voz levemente culpada.

Eu sabia que ela ainda se culpava com o que aconteceu naquele tempo. Depois que fugimos ela sempre evitava o assunto de voltarmos e eu comecei a ter crises de ansiedade e desenvolvi sérios problemas psicológicos por me sentir sozinho e sem informações só queria voltar para casa apenas ver o meu amigo e conversar com ele.

- Está sendo diferente de como eu pensava, mas estamos nos dando bem como sempre foi, ele extremamente energético e sorrindo pra tudo e pra todos. - Falei por fim acalmando ela não querendo mais aprofundar no assunto, pego as chaves e decidindo de vez não adiar mais sobre isso. - Mãe, eu voltar a dirigir. - Falei alto confirmando a mim mesmo principalmente, sem mais indecisão.

- O QUE!? - Ela grita e ouço o outro pedir para ela não gritar. - Katsuki, você tem certeza disso, você não acha que está muito cedo. - Ela fala preocupada mas apenas dou uma risada alta pensando na cena dentro do local, a ômega protetora/louca e um beta apenas tentando apaziguar a situação.

- Já se passaram três meses desde a batida, acho que está mais do que na hora, mas não se preocupe, não tem nada relacionado a ele... ele já destruiu muito de mim, não vou deixar que isso continue. - Falei por fim me levantando.

- Sua mãe está um pouco em choque aqui. - Ouço o velho falar e rir abafado. - Acho que faz tempo que ela não te ouvia tão determinado, eu acho que a última vez foi o dia que falou que ia abrir o estúdio... Estou feliz por você filho. - Ele disse calmamente, sei que ele ainda tem certo receio de me chamar assim mas suspiro feliz pelo apoio que ele sempre deu a mim e à minha mãe desde o início.

- Obrigado pai e, velha, Deku disse estar com saudades, vamos passar aí qualquer dia para ele ver você. - Falo apenas para quebrar o choque dela, o que funcionou bem já que ela disparou a falar novamente, não percebi o quanto sentia falta de falar com ela, até agora.

Marked From Now OnOnde histórias criam vida. Descubra agora