Capítulo 1

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Ois eu sou tute,  pode me chamar assim e eu uso qualquer pronome.
Tem um problema que a plataforma tá com a história concluída e não consigo tirar, mas vai ter mais capítulos.
Todo domingo se possível

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Autora On

O pequeno quarto de cores cinza e laranja, com uma pequena cama de solteiro e um armário embutido na parede e algumas prateleiras com brinquedos e gibis, parecia mais escuro e sombrio naquela madrugada, na sua cabeceira o relógio digital marcava 5h48min, mas não foi o que acordou o garoto loiro de olhos rubros e intensos, foram os barulhos de vidro quebrando e gritos abafados pelas paredes. Nada de novidade para Bakugou, que presenciava aquelas cenas quase sempre, o mesmo já tentará ajudar sua mãe indo contra seu pai porém acabou sendo machucado também, então sua mãe pediu que ele não interviesse novamente que ela ficaria bem e mesmo que não gostasse não podia fazer nada além de escutar as dores e maus tratos que vinha ficando piores nesses últimos dias.

Quando deu seu horário para se levantar para a escola e os barulhos se cessaram, Katsuki pegou sua toalha e seu uniforme indo em direção ao banheiro, quando saiu do quarto seu pai estava entrando no quarto do casal e quando olhou por lado da sala viu sua mãe, a mulher loira se encontrava encostada na parede do corredor.

- Mamãe. - Sussurrou baixinho chegando perto da mulher que olhou para ele com os olhos inchados e opacos, ela estava toda machucada, desde os braços ao rosto e ainda segurava a barriga com força.

Ele segura na cintura dela delicadamente e a leva até o banheiro e a senta na borda da banheira e ajuda a tirar sua blusa preta e o short de tecido molinho, depois faz o mesmo consigo, tirando o pijama ficando só de cueca. Novamente, não era a primeira vez que isso acontecia, cuidar dela era sua tarefa de vida e ele sabia disso, pois ela fazia o mesmo por ele.

Nunca entendia o motivo dela se submeter a isso e odiava o pai por machucar sua protetora. Tomaram um banho em silêncio, cuidando para os ferimentos da barriga não doesse, havia hematomas e alguns arranhões que deixava Bakugou irritado, apenas o cheiro da ômega o deixando mais calmo, terminou e ele colocou seu uniforme preto e saiu do banheiro para ver se o homem já havia saído de casa e voltou ao banheiro.

- Ele já foi. - Falou para a mãe abrindo um sorriso aliviado e indo escovar os dentes para ir logo à escola.

- Katsuki, hoje você vai fazer o teste, você se lembra? - Mitsuki fala pela primeira vez se dirigindo ao garoto que tem um brilho nos olhos e um sorriso fofo que fez a mesma retribuir.

- Sim, Eiji e eu vamos fazer juntos, mas ele vai ter que sair antes de receber o resultado. - Ele fala e infla as bochechas irritado por não poder contar o resultado para o melhor amigo.

- Entendo, mas quero que preste atenção agora. - Ela se agacha para ficar altura do menino que balança a cabeça confirmando e olha para ela atento, como sempre que ela falava sério ou para responder alguma dúvida. - Você vai pegar o resultado e vir direto pra mim, não vai falar com ninguém sobre, nem com o Eijirou, nem com a professora e nem com seu pai, apenas comigo, entendeu? - Ele pronuncia com um tom preocupado e um pouco exasperado.

- Mas o Eiji... - Ele começa falar mas é interrompido com a carranca pouco amigável da mulher.

- Nem pro Eijirou, Katsuki, preciso que faça isso, por favor. - Mesmo que o cheiro e seu corpo já entregue a resposta do seu subgênero, ela queria uma confirmação de que o filho era mesmo. Por que aquilo poderia ser perigoso para os dois, principalmente para ele.

- Está bem mamãe. - Disse o loiro cabisbaixo por não poder contar ao amigo sobre o resultado, mas se lembrou. - Ae, não teria como contar já que ele não vai ta la. - Riu da própria fala e a mãe sorriu junto e afagou carinhosamente os cabelos espetados.

Marked From Now OnOnde histórias criam vida. Descubra agora