CAPÍTULO 07Não consegui grudar meus olhos, a todo instante verificava meu celular para ver se teria alguma de suas chamadas, mas nada apareceu, nem chamadas e nem mensagens. É complicado. Antes eu teria adorado voltar para meu país, porque não tinha nenhum envolvimento com Max, mas agora a história é outra, pelo fato de ter me entregado, me envolvido em tudo ao seu respeito. Estou nesse momento sentindo-me vazia, sem saber o que aconteceu para me querer longe, mas tudo por causa daquela mulher. Será que realmente ele a deixou por mim? Ou foi só um blefe para saciar sua vontade de me ter em sua cama, talvez não superei suas expectativas quando sem me conhecer fazia sobre mim.
Jatinho agora prepara-se para pousar, agradeço porque me sinto exausta. Ao descer avisto um carro preto à minha espera. Um homem alto, careca de pele clara me cumprimenta calorosamente e pega minhas malas com o cara que nos acompanhava.
"Seja bem vinda senhorita Lexia, estou aqui para lhe deixar ao seu destino. Me chamo Antônio ao seu despor."
"Muito obrigada Antônio." Abre a porta da BMW e me acomodo. Pego meu celular e nada, me dá um aperto e decepção me toma em cheio. Como peguei o número da Ryanna, mando uma mensagem avisando que estou no Brasil e que espero sua visita com Talles. Logo vejo sua mensagem "Que bom querida que chegou. Estou indo para minha casa, como não estar resolvi ficar por lá, mas antes xinguei Max por isso, só porque eu gostei de você, acho que ficou puto comigo, mesmo com a repressão de Talles não liguei. Um beijo amiga, qualquer coisa me liga tá."
Fiquei atenta a tudo que me revelava, mas minha vontade era de saber como ele estava, mas o medo me tomou, talvez por saber que não senti nada por mim que aquelas palavras que mencionou de me amar foi só um pretexto, um capricho, uma fantasia apenas. Um dor se a pondera me pergunto como nesse pouco tempo, sei que já são seis meses, mas ver como estou um caco, destrói –me por dentro. Uma lágrima rola pelo meu rosto. Enxugo.
O carro para e da porta olho para o imenso Edifício Cap Ferrat-fica localizado em Ipanema, um dos bairros mais nobre e bem seguros.
Antônio pega minhas malas, mas logo vem alguém nos ajudar. Antônio foi na recepção passou as informações, e avisto uma mulher, direcionar seu olhar para mim. Fico parada apenas lhe observando. Seu sorriso aparece em minha direção, apenas aceno minha cabeça. Sigo Antônio que logo passa as informações para mim. "Senhorita essa é sua nova casa, aqui estará segura, como o chefe falou tem dinheiro em sua conta para usar como quiser. Se precisar de meus serviços está aqui meu cartão, pode me ligar a qualquer hora."
Entramos no apartamento e realmente é muito lindo. Uma sala enorme. Uma grande sofá em L na cor bege claro, tapete marrom. Na parede um grande painel com tv. Avisto Antônio deixar minhas malas. "Eu agradeço pela sua recepção e pode deixar se eu precisar ligarei para você." "Até logo!" balanço minha cabeça esperando ele sair. Depois de sumir da minha vista fecho minha porta. Me encosto na porta e um grande vazio estala. Olho para volta de tudo e caminho para ver como ela é nos outros compartimentos. Mais na frente uma sala com pendentes enormes que fica em cima da mesa branca com 6 cadeiras almofadadas na cor chocolate. Uma linda cortina branca cobria a bela vidraça. Sigo para os quartos e são três enormes, mas com certeza esse primeiro o principal. A parede da cabeceira de espelho com duas luminárias sobre as laterais. Uma cama box size e logo a frente um closet. Quando entro me deparo com roupas já nelas. As pego reconheço as que havia comprado para mim no México. Frustrada e com ódio de tudo, com certeza planejou tudo isso. Idiota, burra.
Deito sobre a cama de belas cobertas finas dos mais caros que existi. Adormeço o cansaço me vence. Acordo e reparei que dormi muito. Estou com fome e vou até a cozinha que ainda não vi. Sigo e encontro uma bela cozinha bem projetada. Ela é num branco muito trabalhado. Abro e encontro tudo que preciso. A geladeira abastecida de coisas saudáveis. Nos armários os mantimentos com tudo que necessite. Me sento e começo a comer frutas com iogurte natural. Já coloco na lixeira e volto para sala. Pego minha bolsa e procuro o nome de Sônia vou pedir para que venha aqui. Agora não poderia ir na casa dos meus pais. Disco seu número que atende de imediato.
"Lexia amiga que maravilha, como você estar? Pelo visto seu telefone funcionou! "Oi estou no Brasil." "Sério? Que maravilha amiga eu preciso te ver, vou para seu apartamento." "Não. Estou em outro agora, é uma longa história, amanhã passo a localização para que venha." "Assim seu trabalho me esqueci, sim amanhã vou te ver e matar essa saudade sua louquinha. "Eu que vou fazer isso."
Nos despedimos e amanhã meu dia não será uma merda de vazio.
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Desejos obscuros
RomanceUma profunda e marcante história de Lexia. Uma mulher de 33 anos, madura e gênio forte. Trabalha com publicidade , mora só em seu apartamento, namora um cara a dois anos seu nome é: Lúcio mas parece não se enquadrar no seu tipo. Seus pais moram no i...