Capítulo 21

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Carros já nos esperavam. Entro em uma Mercedes Preta. O carro ganha velocidade e sai pela cidade. Tenho que procurar um jeito de me comunicar com alguém de poder ir em bora. Mas eu fico meio assim porque essa criança precisa de mim, e penso na minha família e mesmo não querendo depois de tudo que ele fez; Maximiliano, temo por ele, mesmo sabendo que ele é chefe da máfia e que tem seus seguranças, mas isso não impede que algo lhe aconteça, até porque ele já foi ferido quando fui embora para o Brasil. Estou ferrada. Tenho que esperar não sei até quando.

Sou desperta por ele falar ao telefone. Observo seu jeito inquieto, parece desconfortável por ir para casa de seus pais.

Axel estava dormindo o cansaço lhe tomou. Estou olhando para o lado observando a cidade. Agora não importa onde estou, isso não faz mais sentido, não posso fugir, ou mesmo dizer onde estou se eu encontrar um telefone. Quando o carro para vejo uma linda casa com muro de pedras. O portão abre e logo entramos. Enzo estar mais tenso, resolvo perguntar:

"Você por acaso não se dar bem com seus pais? Parece meio tenso." Ele me olha bem nos olhos.

"Com minha mãe sim, mas com meu pai esse sim eu não me dou bem, já faz muito tempo que não venho aqui."

"Sendo assim, com essa sua relação não é bom estarmos aqui, ainda mais com uma criança pequena, que chora."

"Essa casa é da minha mãe também estou aqui por ela, quero saber como ela estar. Meu pai é um homem ... deixa pra lá, vamos."

Ao descermos homens de preto estão a nossa espera. O pequeno Axel continua dormindo. Enzo coloca sua mão nas minhas costas uns gestos que muitos homens usam como algo de posse, mas eu não sou sua dona. Seu toque quente me fez arquear minhas costas. Olho para sua cara e estar atento ao entramos. Ao passarmos pela grande porta de vidro me deparo com uma sala bem aconchegante. Enzo olha para os lados e logo paramos ao nos deparar com um homem de mais o menos seus 67, anos. Pelo jeito deve ser seu pai que quando nos olha, para e nos observa, mas logo sua voz toma parte do ambiente onde nos encontrávamos.

"Olha, olha, quem é vivo sempre aparece, pensei que não fosse homem suficiente para voltar, para esse lugar e para essa casa."

Ele aponta para mim e Axel e nos observa.

Enzo dá um passo e pela sua cara estava enfurecido e com minha mão que estava livre segurei seu braço onde o mesmo parou e me olhou.

"Sou homem suficiente para muitas coisas, até de esquecer que é meu pai, se estou aqui é pela minha mãe e sei bem que ela também é dona dessa casa! Onde estar minha mãe?"

"Estar no jardim como sempre vegetando naquele lugar, isso que ela sabe fazer."

"Talvez porque lá ela encontra a paz que deseja!"

"Não vou ficar aqui batendo papinho com você, tenho muito o que fazer, e esse ai, é meu neto?"

Fico estática com tamanha discussão entre os dois, estou calada enquanto Enzo me encara.

"Isso não é da sua conta."

Enzo me puxa pelo meu braço e me arrasta deve ser para ver sua mãe. Fico meio assim, seu pai é um homem sem coração deu pra ver isso.

"Seu pai é um homem difícil mesmo."

Ele me encara.

"Difícil é pouco ele é um homem cruel..."

"Sinto muito por isso."

Mas eu ainda não tinha intendido o que seu pai se referia, a ele ter voltado para esse lugar? O que aconteceu?

Ao saímos da casa fomos caminhando por uma estreito caminho, logo avistamos um lindo jardim e ao longe dava para ver uma mulher sentada olhando para lindas flores. Enzo para ao vê-la. Olho em seu rosto e vejo em seus olhos um grande brilho de um afeto materno, ele sim amava essa mulher que lhe deu a luz, diferente de seu pai.

"É ela a minha mãe Lexia."

Nos aproximamos mais do lugar e só então eu consigo vê-la. Ela é muito bonita parece com Enzo. Tem um semblante abatido, entristecido por sinal. Axel choraminga tirando nossas atenções, até da mãe do Enzo que agora nos nota naquele lugar. Ela ao reconhecer o filho se levanta de sua cadeira e coloca a mão na boca de tamanha surpresa.

"Filho meu querido você voltou!"

Seus braços se abrem e logo Enzo anda em passos apressados e logo a envolve em seus braços. Meu coração se emociona com isso e logo choro. Axel desperta e fica olhando a linda imagem de mãe e filho. Ela enche de beijos e ele sorrir. Sua atenção volta para mim e Axel e logo vem até a gente junto com Enzo.

"Essa moça é muito linda filho! E esse garotinho é lindo e parece com você! Sei que não é do meu filho eu reconheceria!"

"Obrigada, a senhora é muito linda também, e realmente ele não é do Enzo, me chamo Lexia senhora."

"Me chame de Estela. Esse é o melhor dia da minha vida ao lado meu filho. Você como mãe desse menininho sabe o quanto é importante nossos filhos quanto amamos."

Enzo observa-me de um jeito estranho o que sua mãe falava sobre o bebê.

"Mãe vem vamos conversar lá dentro. Eu vim para passar uns dias por aqui, junto com Lexia, quero saber se podemos?"

"Filho que pergunta essa, a casa é sua. Estou amando tudo isso, não sabe a alegria que estou ao ver você de novo aqui. Não gosto de lembrar do dia que partiu."

"Estou aqui, agora vamos, precisamos nos instalar."

"Claro meu querido. Minha filha, posso chamar assim?"

"Sim, não tem problema nenhum."

Seguimos. Ao entramos as empregadas ficaram admiradas não sei se com Enzo ou com dona Estela que estava irradiada, sua feição estava melhor. Fomos recepcionados com sua empolgação aos empregados da casa. Uma conclusão eu tinha; Aconteceu algo grave com Enzo nesse lugar.

Desejos obscurosOnde histórias criam vida. Descubra agora