Capítulo 8

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Acordei bem disposta depois de uma bela noite dormida nessa cama que faz milagre. Faço minha higiene e saio para fazer meu café. Ao entrar na cozinha começo a prepara meu prato e para Sônia, ao lembrar dela pego meu celular e mando minha localização, peço que não merende porque vou esperar para tomarmos juntas. Opto por panquecas com bacon e suco de laranja. Depois que aprontei deixei coberto para espera-la, enquanto isso olho no meu celular e nada de mensagens do Max, esse silêncio ou seja sumiço me deixa louca. Poucas horas depois meu telefone toca e é Sônia e atendo.
"Ei acho que me passou a localização errada. Estou em frente de um lindo hotel na Ipanema. Estou aqui horas apreciando essa beleza queria pelo menos entrar na recepção. Sorri pelo seu comentário.
"Você vai entrar não só na recepção mas no meu apartamento."
"Puta que pariu! Isso é sério Lexia? Já estou entrando."
"Ok, vou ligar para recepção pedirem para liberarem sua entrada."
"Ok, vou desligar, mas qual é o seu apartamento."
"Eles vão dizer para você, mais é 28º caso esqueça."
Fico esperando ela tocar a campainha. Ao tocar caminho para a porta. Quando abro ela entra de uma vez sem nem olhar para mim. Ela não anda corre pelos ambientes já gritando.
"Sério? Isso é maravilhoso! Que sonho uma apartamento assim."
Estava tão ofegante e admirada pela beleza. Quando seus olhos param em mim se arregalam que quase caem para fora.
"Porra Lexia esse apartamento tão lindo e você com essa cara de bosta! Que que aconteceu com você, porra? Você estar horrível!
Não aguento e vou ao seu encontro, eu precisava de um ombro amigo, isso sempre encontrei na Sônia pois vejo como uma irmã, ela mas que ninguém me conhece para saber que não estou bem. Me puxa para o sofá e fico horas ali chorando calada, pois não aguentava falar nada.
"Olha amiga eu fiquei muito preocupada com você quando sumiu naquele dia, um hora para outra, e ai você liga diz que foi viajar porque recebeu um proposta de emprego. Isso tudo não engoli. Eu estava louca e seus pais também, ficamos aliviados depois de sua ligação. Eu pensei que tivesse sido raptada, sabe levam mulheres para se prostituir ou até matar. Mas também vi que deixou uma mensagem para meu celular no dia, isso também me aliviou. E agora encontro você nesse apartamento. Que emprego foi esse para ganhar tanto assim? Isso está muito estranho."
Me ergo e sento no sofá. Mexo nas minhas mãos, estou nervosa.
"Eu fui raptada."
Olho para ela que fica estática.
"E agora estou sentindo algo por ele."
A vejo se levantar e a me olhar.
"Você o quê? Meu Deus! Ele te machucou? E agora você estar gostando desse delinquente, você enlouqueceu?
"Não Sônia. Isso é tão complicado que você não entenderia."
"Já não estou entendendo mesmo, porque você está nessa fossa por esse indivíduo. Você não estar normal. Dei graças a Deus deixar aquele babaca do Lúcio e agora com um sequestrador, cruzes. Você precisa denunciá-lo. Sabe mais o que fez com você."
"Não Sônia, tudo que aconteceu foi pelo meu consentimento. É um longa história. Ele havia me procurado praticamente pelo mundo todo. Lembra daquela festa aqui no Rio de Janeiro onde teve tiroteios e tivemos que sair correndo dali?" Ela balança a cabeça confirmando.                                                                                   "Sim lembro." Então ele foi ferido nesse dia e antes dele se apagar me viu na praça, quando girava e você ficou mangando de mim, dizendo que parecia uma criança. Ele disse ter gravado a minha imagem, e que eu era a razão por ele estar vivo.
"O cara era ele!" Sônia estava surpresa a tudo que falava.                                                                                             "Ele tinha a certeza que um dia me encontraria e foi no dia que viajamos para Bahia. Quando acordei estava em outro país. Tomei um susto quando vi quadro de minha imagem de retrato falado, senti tanto medo."
"Eita caralho! Sua vida tá mas agitada que seus livros. Preciso de um bebida forte, isso é muito para digerir."                                         Encontra um copo e coloca uma bebida forte.
"E cadê esse babaca do caralho?"
"Ele ficou no México!" Olhou para mim  depois que falei.
"Mexicano! Pelo amor de Deus diz que ele é gato, e não como Lúcio aquela feiura, e que ele é bom de cama, porque com certeza deu pra ele?"
Seu comentário me fez rir.
"Ele é e muito mais...São muitos adjetivos. Tive que voltar para o Brasil, ele me mandou e colocou nesse apartamento, e realmente não sei se verei algum dia. Me sinto estranha amiga, ainda bem que tenho você."
"Se ele te raptou e teve essa ousadia, ele tem ficha limpa não é?"
"Sônia sei que é muito rico, tem várias empresas pelo mundo. São grupos de pessoas, sabe... é complicado."
"Já vi que você se meteu em um grande rolo! Agora vamos comer que esse álcool me fez mau."                                                               Seguimos para cozinha e lanchamos. Depois de lavarmos os pratos seguimos para sala e fomos assistir séries para passar o tempo. E assim ficou minha vida. Sônia vinha e ficava comigo, saímos para praia, shopping, cinema, durante essas saídas sentia que estava sendo observada, talvez seja paronia minha. Já se passou um mês e nada de Max. Me sentia tão vazia. Uma parte de mim estava com ele, isso é tão perturbador. Amanheci deprimida. Olhei para o espelho e fui desperta por um bip no meu celular. Corro e pego e vejo uma mensagem de Ryanna.
"Oi querida me desculpe a minha ausência, estava muito ocupada Talles não estava bem ultimamente. Me preocupei e logo fiz uma chamada de vídeo. Ela atende e estar irradiante, bela.
"Como estar Talles? O que aconteceu?"
"Estar bem, não seu preocupe. Agora você amiga não estar muito bem, sua beleza não estar irradiando."                                              "É porque acordei agora, não estava me sentindo bem." 
Estava louca para saber dele, mas não perguntarei. Ryanna não tocou em seu nome, o que me fazia sentir mais mal ainda. Conversamos ela bem que alegrou meu dia. Eu não posso ficar nessa sofrendo, preciso reagir, viver sem ele. Ligo para recepção peço que localize um SPAR quero uma dia com minha amiga dia de princesa, me depilar, cortar os cabelos ou até mudar a cor. Estou tão magra, como um pau de uma vassoura.
Sônia chega gritando no corredor do apartamento me fazendo rir. Saiamos eufóricas hoje teremos dias de rainha. Se tem Money na conta vamos usar. Já havia chamado Antônio o motorista que Max contratou.

Desejos obscurosOnde histórias criam vida. Descubra agora