Capítulo 23

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Ao sair do banheiro a vejo olhar com ternura e admiração. Seus olhos marejados me fazem ficar parada me impedindo de prosseguir até onde estar, mas ela percebe minha chegada e me olha. Me sinto constrangida e ao mesmo tempo sentida ao vê -lá dessa forma. Me Aproximo meus cabelos estavam enrolado na toalha, pois já tinha me vestido.
"Me desculpe querida, mas ver esse bebê lindo faz alegrar meu coração, pois ele me trás emoções que estavam adormecidas. Um dia você entenderá, vai depender do meu filho caso queira lhe contar. Dou um beijo em Axel que todo se anima ao me ver. Sinto seu dedo tocar minha nuca.
"Veja como são as coisas! Família é assim, carrega em si partes dos seus pais."
Eu realmente não estava entendendo nada do que ela me falava. Logo vejo ela colocar Axel de lado me mostrando sua nuca.
"Veja, ele tem seu mesmo sinal de nascença, assim como Enzo teu o meu."
Ela venta sua blusa e mostra na suas costas. Aquilo tudo estava processando quando eu simplesmente me sento de uma vez na cama. Meu coração acelera uma revirada me causando um turbilhão de coisas. Pego Axel e choro beijando e uma vontade de gritar de saber que o meu filho não morreu todo esse tempo comigo sem eu saber, mas algo eu sabia que amava e que me perguntava se era possível. Dona Estela deve estar sem entender a tudo isso, mas eu sei o que se passa. Enzo mentiu para mim esse tempo todo me resta pensar que é possível mentir mais e mais. Eu não acredito que ele fez isso. O que possa pensar que aquelas fotos se são atuais ou mesmo antigas. O que devo pensar? É melhor que eu fique calada pela segurança de Axel, o meu filho precisa de mim. Uma esperança se move dando forças. Raiva é o que sinto por Enzo agora. Max pode não ter me traído, quero pensar isso, porque eu amo. 
"Desculpe dona Estela , mas isso acontece comigo do nada."
"Não tem problema querida, só quero que sinta acolhida por mim aqui, vamos termine de se vestir para almoçarmos."
"Sim senhora já volto". Entro no banheiro tentando me acalmar. Será que um dia ele vai tentar me dizer? Talvez essa mentira fique só pra ele. Essa notícia alegra meu coração e sinto que Axel meu filho mais agora. Término de me arrumar e a encontro.
Resolvo querer sair com ela para mudar seu visual sem que saiba , vou dar uma bela desculpa para irmos. Me aproximo.
"Posso pedir uma coisa?"
"Claro querida o que deseja?"
"Queria amanhã poder ir ao shopping para levar Axel para brincar nos brinquedos, ele já tá crescidinhos e ainda não levei. Agora só tem um problema é o Enzo."
"Mas é claro, podemos sim. Vou comunicar os seguranças para que possamos sair tranquilas enquanto ao meu filho eu resolvo, não se preocupe."
"Sim, agradeço."
A observo -Você não sabe o quanto vai ficar linda!
Fico Ansiosa por amanhã. Saímos para almoçar a mesa quadrada de madeira rústica estava posta com nossa refeição, ao aproximar com Axel vejo uma senhora toda de roupa branca, seus olhos eram acolhedor e paz que refletia.
"Essa é Margarida a babá desse lindinho, deixa segurar para se adaptar ."
"Me chamo Lexia prazer em conhecê-la, acho que ele já gostou da senhora."
"Seu filho é muito lindo, parece com você. " Ela se afasta e noto seu olhar para trás de mim, percebo passos e pelo aroma é Enzo. Tento não olhá-lo estou puta com ele. Me sento olho para Dona Estela que se anima com a chegada do filho. Sua cadeira fica de frente para a minha, e tento não direcionar minha visão, foco aos pratos e começo a colocar sem mesmo saber o que dona Estela conversa com ele. Sua voz toma conta do lugar.
"Algum problema?"
Não respondo é tão pouco olho para sua cara. Mas uma pancada na mesa me faz mudar de ideia. Observo e seu maxilar estava travado.
"Eu te fiz uma pergunta, e odeio quando se fazem de surdo, por que sei que você não é."
"Você mas que ninguém sabe o quanto sou cheia de problemas." - Olho para dona Estela.
"Me desculpe senhora por isso, obrigada pelo almoço." Me levanto sem ao menos ter tocado na comida e saio para o quarto onde me encontro, ao fechar a porta sou detida por sua mão que impedi de fechar. Meu coração acelera por ver o quanto ele estar puto. Me afasto e agarro meu próprio corpo na tentativa de me proteger.
Ele tranca a porta , e aí que me apavora, não sei o que posso esperar dele. Seus passos são apressados até a mim.
"Nunca mais ouse me subestimar, que porra você tem o que deu para falar daquele jeito hein?"
Um ódio se apossa e não aguento isso.
"Quer saber o que tenho, vamos começar por você. Eu me viro e levanto o meu cabelo mostrando minha nuca para ver o sinal. Logo vou até ele e seus olhos me varrem quando toco no seu abdômen trincado subindo mostrando o sinal que ele tem. - Percebo que quando meus dedos tocam na sua pele que logo enrijecem.
" Esse sinal você puxou de quem?"
"Da minha mãe, que porta é essa, por acaso você bebeu?"
Me afasto e olho para ele.
"Esse sinal são de nascença herdado pelos pais, você compreende e esse daqui que eu tenho é o mesmo que Axel tem. Por que mentiu pra mim? Por que me fez acreditar que tinha morrido, você é terrível, o que mais você menti , será que Max me traiu como disse?"vejo transtornado é o tapa no meu rosto me fazendo cair na cama .
"Nunca mas vale o nome desse miserável. Ele é seu filho sim , queria punir deixar a dor corroer pelo miserável. Eu vou matá-lo e vai ser na sua frente. "
Começo a chorar ao tocar meu rosto e as palavras cuspidas pelo ódio.
"Por favor não, juro não vou tocar nesse nome."
Ele abre a porta e para e me observa.
"Será eu ou ele, trilhamos caminhos que não tem volta. Se ele ousar aparecer isso acontecerá."
Ele desaparece do quarto me deixando apavorada.

Desejos obscurosOnde histórias criam vida. Descubra agora