capi. 15

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oii, como estão??

esse, de longe, é um dos meus capi fav. espero que gostem <3

bjs e boa leitura :))

Rafaela

- Você realmente vai embora? - Dona Neide entra no quarto. Ela apoia na parede, e me observar arrumar as malas.

- Eu preciso ir. - Paro por um instante, e foco meu olhar nela.

Ela realmente tem uma energia de vó, dessas que cozinha e mima os netos. Tem 63 anos, 1,40 de altura, sua pele é negra, seu cabelo um liso escorrido, olhos verdes, lábios grandes e um nariz pequeno. Está usando um vestido vermelho, largo e longo.


- Irei sentir saudades. - Ela demonstra sua tristeza.

- Também irei. Amei passar esse tempo com a senhora!- A mesma se aproxima, me envolve em um abraço eu e retribuo, apesar não sendo muito chegada nisso.

Apesar de não passar muito tempo em casa, eu e ela nos demos muito bem desde do começo. Eu sou mais fechada com pessoas da minhas idades, e costumo ter uma confiança em pessoas mais velhas, talvez buscando uma imagem que não tive. De qualquer forma, a Dona Neide é uma mulher muito séria, mas eu consegui conquistar elas aos poucos, com meu jeitinho prático.

- Volte sempre que quiser, querida! Eu não irei me incomodar. - Ela avisa, deixando meu coração aquecido.

- Não irei demorar para voltar. - Beijo sua testa.

Odeio mentira, mas também não quero contar a verdade, que é: Não irei voltar tão cedo.

- Estarei te esperando. - Desfaz o abraço e me olha. - Você é uma menina especial, Rafa! Espero que saiba disso. - Passa a mão lentamente em meu rosto.

- Irei lembrar a partir de agora. - Sorrio.

- Se cuida, menina. - Ela me analisa durante alguns segundos.

Não me apego nas pessoas, exatamente porque elas são passageiras, e eu não sei lidar bem com a dor de perder alguém, não sei lidar com sentimentos em geral, então sempre evito, só que essa viagem me fez quebrar diversas regras, e uma delas foi essa. Me apaguei na avó do Victor, tanto que agora está sendo um pouco difícil deixá-la por aqui, sem sentir uma dor no coração.

- O mesmo pra senhora. Qualquer coisa me liga. - Seguro as lágrimas.

- Vou deixar você terminar de arrumar suas malas. - Concordo com a cabeça. - Boa viagem, minha filha.

- Obrigada.. - Sorrio agradecendo, e ela se afasta, fechando a porta.

Volto minha atenção para minhas malas, que já estão quase prontas, só faltam algumas roupas.

Quando o Victor me disse que queria uma companhia para visitar a avó, eu achei uma ótima ideia para relaxar um pouco, só não achei que iria mexer tanto comigo. No começo, essa cidade me dava tédio, as árvores e o pouco movimento me causavam agonia, mas aos poucos eu fui conhecendo os cantos, os lugares, e me acabei me apaixonando por ela, e por mais algumas coisas que habitam na mesma.
A cidade é linda, com diversas festas, lugares calmos e bonitos de se visitar, e eu sei que vai ser difícil desapegar, mas é necessário, não é algo que posso escolher, infelizmente.

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