—Eu e meus hermanos fomos ao encontro do Tallim, mas quando chegamos na árvore em que ele se encontrará, já não havia mais ninguém lá. E depois disso eu não o vi mais. —Diz o mago Lírio com certo ressentimento transparecendo em seu tom de voz.
—Então, os magos foram feitos para nos conceber poder.—Diz Brígida absorta em seus pensamentos.
—Basicamente, sim. A cada 1000 anos, quando a magia começa a se tornar escassa nasce 4 crianças que concederá a magia que falta. A lenta diz isso, mas na teoria as pessoas sempre torcem para que a magia nunca se esgote e não tenha que depender de encontrar as 4 crianças escolhidas.
—Como eles encontraram você e seus... Hã, hermanos?—Pergunta Tayson.
—Eles nos caçaram, todas crianças frutos de desiguais eram caçadas e levadas para fazer o teste, aqueles que passavassem eram os magos. Eles oferecem dinheiro para aqueles que entregassem o fruto de desiguais, a minha mãe me entregou.—Fico surpresa com a naturalidade em que o mago Lírio diz isso.
Olho de relance para Tayson e noto que ele se remexe desconfortávelmente em sua cadeira ao ouvir o que foi dito.
—E como era o teste?—Pergunta Alec.
—A gente era levado ao nosso limite e, basicamente, aquele que sobrevivia era o mago. Já para saber a nossa origem: fogo, água, natureza e ar; era os deuses em que diziam.
—Os deuses?—Eu e Alec perguntamos em uníssono, surpresa olho de relance para ele e noto que ele está me encarando, então volto a olhar para o mago Lírio.
—Ah, sim. Há o deus da água, do fogo,... É eles que pegam nossa magia quando estamos fortes o suficiente.
—Que loucura.—Sussurra Tayson
—Mas eles não podem matar pessoas inocentes só para encontrar os magos. Isso é contra tudo que os reis pregam. "Proteger e zelar por nossa sociedade"?—Recito a frase que todos os reis usam quando falam com sua nação. Eu não posso acreditar que a sociedade é tão egoísta a ponto de permitir a morte dos desiguais apenas para não perder sua magia.
—Para eles isso é o certo a se fazer. "É a morte de alguns em troca da felicidade de muitos", Elijar uma vez me disse isso.—Diz o mago lírio perdido em seus pensamentos.—Suspeito já ter respondido todas as suas dúvidas e se não se importam agora preciso cuidar dos meus gados.
—Hã, na verdade precisamos saber só mais uma coisa: como podemos encontrar o mago Tallim?—Pergunta Brígida se colocando de pé.
O mago Lírio fica em silêncio por um certo tempo até que responde:—Faz 500 anos que eu não o vejo, não saberei responder a sua pergunta.
—Desconfio que saiba, sim!—Exclama Brígida. Eu diria que Brígida não está errada, o mago Lírio pensou muito antes de responder, talvez ele saiba onde está o mago Tall.
—Como já foi dito, preciso cuidar dos meus gado!—Noto certa irritação na voz do mago Lírio e não acho que seja seguro desafiá-lo, então me ponho de pé e enlaço meu braço no de Brígida, porque suspeito que Brígida não cederá tão fácil.
—Já estamos de saída. Obrigada por nos ajudar.—Digo e o mago Lírio faz sinal de positivo com a cabeça. Brígida olha para mim com irritação, mas logo sua expressão se suaviza.
Tayson e Alec se levantam e juntos saímos da casa.
—O que vamos fazer agora?—Pergunta Tayson se agachando para pegar mickey no colo porque ele se recusa a andar.
—Procurar pelo mago Tallim e obrigá-lo a entregar a parcela de poder que pertence aos brancos.—Brígida responde com tom de voz de determinação. Eu queria ser determinada como Brígida, mas agora eu só consigo sentir medo do que pode acontecer com a gente por estarmos procurando por uma pessoa que não foi encontrada a 500 anos.
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O mistério do reino (Em breve novos capítulos)
FantasyAs pessoas nascidas no reino branco são as únicas sem uma fonte para canalizar seu poder; o reino vermelho canaliza do fogo; o verde, da natureza; o azul, da água. Asha, Tayson, Brígida e Alec, quatro adolescentes de reinos distintos, buscarão soluc...