Capítulo Um: Vítimas Do Win

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É sexta-feira e Win está com seus dois melhores amigos, Tay e Nani, jogando videogame, na casa da sua também melhor amiga, Namtan. Eles ajudaram a comprar somente o necessário para a festa, agora era só esperar o pessoal.

Tudo parecia indo conforme o plano, até que a mãe de Win o ligou avisando que o mesmo teria que ir jantar com ela hoje. Obviamente ele negou, o intuito dessa festa era para conhecer os calouros e ele não perderia isso por nada.

Bem, Win perderia porque sua mãe disse que se o mesmo não chegasse em casa no mínimo antes das 20h30 as festas na piscina da sua casa estariam suspensas por tempo indeterminado. Ele não tinha nenhum argumento para lhe salvar, também nem tentaria, sua mãe era umas das melhores advogadas da cidade então a palavra dela era lei e ela sempre tinha a última resposta.

— Sua mãe tinha que inventar esse jantar justo hoje? — Tay perguntou enquanto tomava um gole de cerveja, ele parecia mais irritado do que Win com a situação.

— Eu sei, Tay, eu não quero ir, isso é uma merda… Mas são ordens da senhora Iamkajorn!

— O que esse jantar tem de importante afinal? Não é como se sua mãe fosse jantar com o presidente. — É a vez de Nani se pronunciar.

— O que sei é que é uma antiga amiga dela, da época da faculdade que voltou a morar aqui no nosso bairro. 

— Você vai fazer falta… Espera, o jantar? É às 20h30? Certo?

— Sim. — Todos respondem em uníssono 

— Ainda são 17h30, fica aqui até umas 20h15 e depois você vai, eles são calouros, alguns vão acabar vindo cedo. Pelo menos você conhece uns 30% das suas próximas vítimas, Win.

— Falando assim, parece que eu estou escolhendo quem irei matar, Namtan.

Todos começam a rir e a garota se juntou a eles para jogar videogame enquanto ninguém havia chegado.











Era por volta das 19h00 mais ou menos e Win se divertia vendo seus dois amigos Tay e Namtan dançando de um jeito engraçado, ao mesmo tempo que estava de olho em alguns alunos. 

— Você viu a caloura que estava falando com a Giggie? Se sim, qual o nome dela? — Win pergunta enquanto bebe sua cerveja e olha para o seu pulso. Ele constantemente verifica o relógio, com medo de perder o horário e se encrencar com sua mãe

— Love, o nome dela é Love e se eu fosse você desistia, ela namora o Gunsmile, o nosso veterano do último ano. — Nani responde ao seu lado.

— Porra e lá se vai mais uma, até a hora de eu ir embora não vou ficar com ninguém… — Win bufa frustrado e entrega a garrafa agora vazia de sua cerveja para Nani. — Já são 17h30, vou dar uma volta, talvez eu dê sorte antes de ir embora.

Win avistou alguns possíveis alvos, mas eles pareciam estar acompanhados. Quem namora hoje em dia na faculdade, pensava ele irritado. Por fim ele decidiu ir até o quarto que ficava no segundo andar, para dar uma olhada no seu visual antes de ir para casa. Ele não queria causar má impressão para a convidada, porque sabia que ouviria sua mãe reclamando depois.

Mal Win chegou à porta do quarto da sua amiga e viu uma figura saindo de lá, parecendo assustado.

— Eu juro por Deus que eu não toquei em nada, achei que era o banheiro!

— Hum.

— É sério, você tem que acreditar em mim! Eu sabia que não devia ter vindo a essa festa.

O garoto na frente de Win parecia nervoso, passava uma das mãos nos cabelos e a outra ele esfregava a testa.  Ele não deixou de reparar também que ele estava um pouco vermelho e que vestia roupas típicas de um calouro certinho e chato: moletom folgado com o emblema da faculdade e também usava óculos.

— Você bebeu?

— Não exatamente.

Win sorri e se aproxima, e ele sente o garoto congelar ali mesmo com a aproximação. Ele não fazia o tipo de Win, pelo contrário, ele odiava esses metidos a sabe tudo, mas o garoto era bonito e isso fez Win se aproximar.

— Você pode correr se quiser, sabe? Mas eu não mordo… Bem, eu mordo, mas só se você pedir…

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