Win acordou com a cabeça latejando e com a luz do sol fazendo seus olhos piscarem constantemente por causa da claridade que o estava cegando e ao colocar a mão para tapar sua visão, ele percebeu que seu dedo estava com um curativo amarelo.
— O quê?
— Oi.
— Bright…
— Sim.
— Estou sonhando?
— Não, quer que eu te belisque. Win?
— Ontem foi um sonho?
— Também não, eu realmente estava aqui.
— Olha... sobre o que eu disse ontem…
— Eu sei, você estava bêbado, nada que você disse era real.
— Não, eu falei… Eu falei que gosto de você pra caralho.
— Win.
— Me deixa falar, Bright… Eu sei que eu te provoco desde o início, fui eu também que fiz esse acordo e inventei as regras, mas eu acabei gostando de você e todas aquelas pessoas que você viu comigo, era apenas uma tentativa para te esquecer. — Fala ele e passa a mão no cabelo os bagunçando meio frustrado. — Merda, estou parecendo um cafajeste com essa última parte.
— Mas você é um.
— Eu estou tentando me desculpar, Bright e me confessar, você não está ajudando.
— Prossiga.
— Você me perdoa? Vamos esquecer tudo isso e voltar ao início? Eu vou entender se você não quiser ficar comigo… Mas...Mas podemos ser amigos?
— Amigos? — Bright dá uma risada anasalada. — Para começo de conversa nunca fomos amigos e sejamos sinceros nunca seremos.
Win sabia que ele o havia magoado, mas ao ouvir Bright dizer aquilo, ele havia acabado com tudo, nem amigo dele ele poderia ser agora, aliás eles nunca foram como ele havia dito.
— Win, eu não posso ser seu amigo, você entende, não é?
— Eu já entendi, não precisa ficar repetindo e me machucando mais.
— Você diz que não é só um rostinho bonito e musculoso, mas é bem lerdo… Eu não quero ser seu amigo, porque eu gosto de você Win e eu quero algo mais.
O sorriso que Win deu, foi mais brilhante que qualquer raio de sol que entrava pela janela, ele puxou Bright pela cintura e se inclinou para beijá-lo mas o outro recuou. — Eu entendi errado? Agora não é a hora do beijo?
— É, mas você não escovou os dentes. — Diz Bright sério.
Win ri e o abraça e logo depois dá um beijo na testa do outro.
— Desculpa por tudo… Aquilo na faculdade também…
— Aquilo você quer dizer sua crise de ciúmes?
— Ciúmes? Não foi ciúmes…
— Certeza? Eu sou seu, você mesmo já disse... Não precisa ter ciúmes.
— Bright, eu vou te beijar agora, é sério.
— Não, sai… — Ele ri e sai dos braços de Win, correndo, tentando fugir dos beijos do outro.
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Hey Neighbor
RomanceBright e Win não são exatamente amigos. O que eles têm é apenas uma relação com benefícios envolvendo muito sexo e nada de sentimentos. Como na maioria dos clichês, eles acabam se apaixonando um pelo outro e tudo acaba dando errado quando eles não c...