Capítulo Oito: Win Teria Como Fugir?

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Win conseguiu por incrível que pareça conversar com Bright depois do sexo louco e quente que fizeram no seu quarto, enquanto a festa continuava no andar de baixo.

Ficou combinado que ambos, realmente não poderiam ser amigos, nem se tentassem, mas era nítido a atração que sentiam e Win já esteve em situações como essa antes, por isso propôs ao Bright que eles fariam sexo sempre que quisessem apenas para satisfazer seus desejos carnais.

Win explicou também a Bright que o envolvimento deles seria por pura diversão e sem compromisso ou sentimentos. Ou seja, eles poderiam brincar sempre que o outro estivesse disponível ou com muito tesão e que poderiam ficar com outras pessoas e como era pura atração ali no acordo, não teriam vez e se tivessem sentimentos o acordo estaria acabado.

Bright concordou, mas não queria que a faculdade toda soubesse. Win garantiu a ele que se dependesse dele ninguém ouviria nada de sua boca o que tranquilizou Bright que por fim aceitou.




...




Tinha se passado oito meses e tanto Win, como Bright já tinham a chave da casa um do outro, para certas visitas noturnas, sem falar no apartamento que Win tinha no centro, Bright também tinha a chave de lá.

Uma das regras que Win tinha combinado com Bright é que eles não iriam dormir juntos depois de tudo, bem, claro que eles caiam exausto na cama de puro cansaço, mas era a regra que quem acordasse primeiro acordaria o outro e cada um na sua própria cama depois e fim.

Algumas vezes Win acordava primeiro e via Bright parecendo tão relaxado com a cabeça sobre seu peito, que ele simplesmente não tinha coragem para acordar ele e voltava a dormir, cheirando o cabelo do mais novo.

Win percebeu lentamente que adorava ouvir Bright gemer o seu nome, com os olhos revirados e loucos de prazer. Adorava também as marcas que ele deixava sobre sua pele depois de uma boa e longa rodadas de orgasmos.

E por fim adorava quando Bright perdia a pose de bom moço e dizia coisas sujas.

Quando Win se deu conta do que estava acontecendo já era tarde demais, ele teria como fugir disso? Sim, ele estava apaixonado por Bright que ele ousou dizer certa vez, que não era seu tipo. Contar não seria uma boa opção, ele imaginava como Bright reagiria, ele iria rir dele, o cara que fez praticamente todas as regras e falava sempre que sentimentos só complicam as coisas e estragam tudo, agora está justamente fazendo isso.

No fim, Win decidiu guardar tudo isso que descobria sobre sua relação com o Bright, apenas para si e pelo menos ele ainda podia o encontrar nos fins de semana ou no meio da semana se ambos não estivessem ocupados com as coisas da faculdade.

Ele o veria hoje à noite, era a primeira vez que Win iria ver Bright depois de perceber que gostava dele, eles haviam parado de se encontrar por causa das provas e trabalhos. Havia sido 2 semanas estressantes e bastante corridas, eles não acharam tempo ou energia para os encontros.

Win estava com saudades, mas ao mesmo tempo com medo. Pensava a todo momento que Bright iria notar sua mudança de comportamento? De todo o coração Win espera que não, eles nunca foram amigos e nunca seriam, a única coisa que mantêm eles ligados é esse acordo idiota, que para começo de história, foi o próprio Win que o fez e agora ele terá que lidar com tudo isso.

A mãe de Bright havia viajado, então Bright teria a casa só para eles, assim que ele leu a mensagem seu coração começou a bater mais forte… Ele teria que conseguir se controlar, ele não podia estragar tudo com esses sentimentos idiotas.

A cada passo que Win dava, ele repetia mentalmente que se estragasse tudo, Bright jamais voltaria a falar com ele. E Win não queria que isso acontecesse, certo?

— Oi, vizinho. — Win diz assim que Bright abre a porta esfregando os olhos parecendo cansado. — Você estava dormindo?

— Eu acabei cochilando depois da mensagem.

— Eu volto outro dia, você pode ir dormir, Bright.

— Não… Eu te chamei, lembra?

— Lembro.

— Então… Por que você quer ir embora e me deixar sozinho? — Bright faz um beicinho e dá alguns beijinhos no pescoço o de Win. — Eu posso estar cansado, mas sempre teria energia guardada para você.

— Como sempre um garoto insaciável.

Agora no quarto, Bright geme impaciente vendo Win tirar suas roupas devagar e reclama com o outro que ele precisa dele dentro dele, para se sentir completo.

Win para na hora de desabotoar sua calça e olha para Bright, seu coração está batendo tão intensamente, que ele desconfia que ele acabará o entregando.

Ele disse que precisava dele, para se sentir completo… Bright havia dito aquilo em alto e bom som… 

Cansado de esperar, Bright desabotoa a calça de Win por ele e alisou o membro do outro por cima da cueca. 

—  Eu posso?

Win não consegue formular uma frase nem se quisesse porque ele sabia o que viria a seguir, ele não ousaria falar, apenas esperou de olhos fechados.

Bright puxa a cueca de Win e segura o pau dele em suas mãos, fazendo movimentos de vai e vem devagar. Bright também lambe e chupa a cabeça, e ele sorri quando Win solta um gemido sofrido. 

Ao contrário do que Win pensou, ele não foi até o fim. Bright voltou até a cama e Win entendeu o recado.

— Você é meu… Meu, só meu. — Win repetia isso a cada estocada que dava em Bright e o outro só gemia, aquelas palavras ditas antes "que ele precisa de Win dentro dele, para se sentir completo" haviam realmente o afetado.

— Eu sou? — Bright geme rouco.

— Sim, você foi feito apenas… Apenas para ser fodido por mim. Por isso que você é meu, meu garoto insaciável.

Assim que chegaram ao seu limite, ambos caem pingando suor uma ao lado do outro e Win não quer ir embora, ele sabe que deve. Mas ele quer ficar um pouco com Bright, essas duas semanas o fizeram perceber que gosta de Bright e ele só queria ficar com ele agora.

— Foi divertido, Win…

— Hum… — Win apenas murmura e tenta abraçar Bright por trás, que se afasta assim que os dedos de Win tocam sua cintura.

— Está na hora de você ir pra casa.

— Você está me expulsando agora, Bright?

— Sua regra, lembra? Ou você quer dormir de conchinha comigo? Isso é alguma piada? — Bright ri se levantando da cama e começando a se vestir. 

— Era só uma brincadeira mesmo. — O coração de Win parecia se partindo em pedaços, se ele reagiu assim imagina se ele soubesse que para Win não era uma piada, ele queria dormir abraçado, ele queria ficar com ele, agora sem aquele acordo idiota. Ele se veste sem olhar para o outro e se despede antes de fechar a porta. — Boa noite, Bright.

— Boa noite, Win.

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