Capítulo Nove: Bright Se Protege

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Foram oito meses, oito fodidos meses… Bright havia concordado com tudo aquilo, mas ele imaginara que ficaria apaixonado por Win? Não mesmo.

Bright percebeu de imediato que gostava de Win, já no 1 mês, eles se viam na faculdade e agiam como se não se conhecessem, Win saia com os seus amigos, a rotina incessante de festas não havia parado e nem o próprio Bright que estava começando a se acostumar com o Dew falando sem parar sobre coisas aleatórias.

Ele sempre via Win aos beijos com alguém nas festas e no início aquilo não o incomodava, eles não namoravam, o acordo era claro, não existia lugar para sentimento, mas conforme o tempo passava, ver Win beijando alguém, ver suas lindas mão passeando por um corpo que não era o dele e ver marcas na pele de Win que não foram feitas por ele, começou a deixar Bright frustrado.

Gostar de Win era tudo que Bright nunca quis, ou sequer imaginou… Ele conseguia ouvir as risadas do outro se ele ousasse contar que estava gostando dele.

Nos seus encontros Bright às vezes perdia o controle, ficava gemendo o nome de Win, como se fosse uma forma de dizer que só ele o deixava louco daquele jeito e que ele podia fazer tudo que ele quisesse com Bright.

Assim os oito meses se passaram com Bright insistindo nesse relacionamento se é que dá para chamar o que eles têm de relacionamento. O machucava ver Win com outras pessoas, mas se ele falasse o que sente, a única ligação que ele tinha com Win, ele não iria estragar.

A sua mãe havia saído e Bright finalmente tinha conseguido terminar tudo, ele queria ver Win, haviam sido duas semanas estressantes, que ele não perdeu tempo mandou mensagem para o outro assim que sua mãe saiu, mas o cansaço era tanto que o mesmo acabou dormindo no sofá e só acordou quando ouviu a campainha tocar, mesmo Win tendo a chave às vezes ele tocava a campainha para anunciar a sua presença.

Quando Win ameaçou de ir embora, porque notou que Bright estava com sono, ele rapidamente deu alguns beijinhos no pescoço de Win e o lembrou que foi ele que o chamou também.

Bright estava carente, com saudades e com muito tesão reprimido, então quando viu Win demorando para se livrar das roupas, soltou a brilhante frase que só sentiria completo com Win nele. Com medo que Win percebesse o que aquela frase significasse, ele foi até Win e o distraiu com toques.

— Você é meu… Meu, só meu. 

— Sim, você foi feito apenas… Apenas para ser fodido por mim. Por isso que você é meu, meu garoto insaciável.

Aquela seria a última noite deles, Bright queria Win mas que tudo, mas ao ouvir aquelas frases só confirmaram o que ele já sabia, o que eles tinham só era apenas sexo para Win. As regras eram claras e ele precisava proteger seu coração que já estava em pedaços. 

Ele quase desistiu da ideia de terminar tudo com Win, mesmo sendo tóxico era a única forma de estar perto dele, Bright poderia aguentar… Mas quando sentiu os dedos de Win sobre a sua cintura ele decidiu que aquilo nunca iria mudar. Ambos continuariam com isso, mas uma hora iria acabar e era melhor agora, antes que ficasse mais difícil de se afastar.

Bright o mandou embora e assim que ele se despediu do outro e a porta se fechou Bright começou a chorar querendo voltar ao passado e nunca ter aceitado esse maldito acordo.

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