Capítulo 18

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Melissa

Volto da escola andando junto com a Ângela, ela mora na rua de trás da minha casa, ela parece ser uma boa pessoa, mas tenho muito medo de confiar em amizade de novo por conta do que a Ana fez. Talvez um dia eu possa confiar em alguém novamente, mas não agora.

- Então ... o que você vai fazer em relação a Letícia? - diz Ângela enquanto andamos.
- Como assim?
- Vai superar ou vai continuar igual uma trouxa gostando de quem claramente já seguiu a vida dela?
- Quem disse que eu gosto dela ainda? - digo levantando como sobrancelhas.
- Tá na cara, miga. Eu vi o jeito que você encarou ela enquanto ela e a namorada se beijavam.
- Tem razão ... vou tentar superar ela mas ta difícil.
- Eu te ajudo, vamos sair!
- Ahn ... tá.
Cheguei em frente minha casa e me despedi de Ângela.

É, eu realmente preciso fazer alguma coisa para superar a Letícia. Eu penso nela 24 horas por dia, preciso distrair minha mente com alguma coisa além de ler e chorar. Vou dormir um pouco, mais tarde faço alguma coisa.

Perco a noção do tempo e de acordo com a ligação da Ângela:
- Vadia eu te liguei 3 vezes, onde você estava?
-Estava dormindo, querida. - digo com voz de sono.
- É, percebi. Te digo pra esquecer 'aquelazinha e você vai dormir? Se arruma que vamos sair, passo aí em 1 hora. - Ângela desliga logo em seguida.
Merda, nem deu tempo de eu recusar.

Tomo um banho rápido e vou me arrumar, como eu não sei onde a Ângela vai me levar, visto uma calça larga jeans, blusinha preta e uma jaqueta jeans, fica bom para qualquer ocasião, passo uma maquiagem leve, até que meu pai passa pelo quarto e para na porta.
- Onde você pensa que vai? -Meu pai me olha e ergue como sobrancelhas.
- Vou sair com a Ângela.
- Você me pediu?
- Posso ir pai?
-Não! Você não está na idade de sair sem adulto.
Meu olho se enche de água, odeio morar nessa casa, mês que vem eu faço 15 anos e a única vez que eu saí sozinha foi escondido, os pais das minhas amigas são tão legais, por quê os meus tem que ser assim? Eu não sou um fantoche deles, que eles podem controlar.

Faltando 10 minutos para a Ângela chegar, eu ligo para ela:
- Amiga não vai dar pra eu sair, meus pais não deixaram, quem sabe outro dia eles deixam ... - digo com voz de choro.
- Nem pensar, você vai sair de casa sim! Quando eles dormirem pula uma janela que eu vou aí te buscar, ok?
- Vai dar muita merda, eles rastreiam meu celular.
- Caraca que estranho ... mas é só não levar o celular.
- Eles dormem tarde.
- De boa, assim que eles dormirem a gente sai.
-Ahn ... não sei não.
- Vamos, Mel! Só se vive uma vez.
- Ok, agora você me convenceu, eles dormem lá paras as 23h00. Beijinhos, Até.
-Tchauzinho.

São 22h30. Meus pais já foram se deitar, vou esperar um pouco pra ter certeza que eles dormiram ... 22h50 .. mando mensagem para Ângela vir, depois dou uma retocada na maquiagem. Como meu quarto é no 2 ° andar, eu que não vou pular em uma janela. Saio do meu quarto silenciosamente, passo pelo quarto de Catarina e ela está focada no celular, e com o alto, passo pelo quarto dos meus pais e eles estão dormindo, até roncando. Tudo limpo para eu sair. Saio pela porta dos fundo e Ângela está do lado de fora me esperando, para onde será que essa doida vai me levar?

Será que é errado? - romance lésbico Onde histórias criam vida. Descubra agora