𝖯𝗋𝖾𝗌𝖺 𝖾𝗆 𝖼𝗋𝖾𝗉𝗎́𝗌𝖼𝗎𝗅𝗈

[ 𝟭𝟬 ]

Amberly entrou na floresta e andou muito chegando ao lugar que menos esperava, a casa dos Cullen. De longe ela conseguia ver os enormes vidros e os móveis dentro.

— Está perdida? — uma voz feminina perguntou.

Amberly se virou e viu Esme.

— Na verdade não...só tô respirando um pouco

— Respirando? Você veio do colégio até aqui andando...vamos, eu vou te dar um pouco de água — Esme se aproximou e colocou as mãos ao redor de Amberly, num quase abraço.

As duas entraram e Esme pegou um copo de plástico, encheu de água e entregou para Amberly.

— Conte-me, o que aconteceu?

— Nada... — Amberly suspirou. — Eu tenho uma história muito complicada sabe?

— Eu tenho muito tempo livre, se quiser — sorriu e entrou na cozinha novamente.

— Senhora Cullen — Amberly entrou na cozinha. — Na vida real meu nome é Amberly Grensel, tenho 19 anos

— Como assim querida? Do que está falando — perguntou meio assustada.

— Espero que tenha realmente bastante tempo livre

Amberly se sentou numa cadeira e explicou tudo para Esme, desde o início da pandemia até sua chegada em crepúsculo. E depois explicou o que aconteceu de manhã, sobre Rosalie.

— Uau, isso é muita coisa para digerir — falou.

— Eu sei, eu só te contei pois eu preciso muito de um conselho, talvez de explicações, e não posso contar tudo  isso para Renée

— Não tem problema...sempre que quiser, eu estou aqui — Esme abraçou Amberly.

— Vamos andar um pouco?

Esme e Amberly saíram para o quintal e caminharam perto do lago.

— Rosalie...é muito difícil para todos nós falarmos dela — abaixou a cabeça. — Como você já sabe, Carlisle encontrou-a numa situação muito difícil mas ela se ajustou e viveu como uma de nós, encontrou Emmett e os dois viveram uma paixão inigualável...mas ela passou por uma depressão muito forte, ela não se alimentava e estava péssima, ela acabou indo até os Volturi, e como ela não era "especial" eles aceitaram

Amberly colocou a mão na boca, triste.

— Nós quase inicamos uma guerra contra os Volturi mas conseguimos tirá-la de lá...Rosalie está isolada de todos no Canadá já faz um bom tempo, nós a visitamos todo mês mas Emmett não, ele não consegue. E Rosalie, nós a vimos há dois meses, ainda está muito mal para voltar a viver em sociedade ou conosco mas não queremos deixá-la partir sabe? Não conseguimos — Amberly tinha certeza de que se Esme pudesse chorar, estaria.

Ela mesma estava acabada em lágrimas.

— Esme, o que eu fui fazer? Eu magoei Emmett com meus comentários idiotas! — Amberly passou as mãos pelos cabelos.

— Vai ficar tudo bem — Esme acariciou as costas da mais nova.

— Obrigada — Amberly abraçou Esme fortemente, ainda em lágrimas.

Amberly disse que queria um tempo para pensar e saiu andando pela floresta novamente.

Era engraçado, há algumas horas atrás ela odiava todos em crepúsculo e agora estava chorando por Rosalie e Emmett como se fossem seus irmãos, além de que ela sentia falta dos seus pais, de casa, até mesmo do seu antigo ficante, ao qual ela nem se lembrava direito.

Amberly estava andando pela estrada quando um carro parou ao seu lado.

— Swan você está bem? — a voz de um homem chamou sua atenção, era Sam Uley, de novo.

— Não, mas vai ficar — sorriu fraco limpando as lágrimas.

— Quer carona? — Amberly negou, tudo que ela não queria era passar o caminho todo em um silêncio agonizante e depois chegar em casa ser interrogada. — É um caminho muito longo...eu não vou te perguntar nada

Amberly terminou de limpar as lágrimas, assentiu e entrou no carro.

Sam cumpriu o que havia falado, ele não deu um pio durante o trajeto. Mas o silêncio agonizante não reinou, ele colocou uma música baixinha e prestou atenção na pista enquanto cantarolava.

Ele estacionou um pouco longe da casa, à pedido dela, Amberly deu um tchau e saiu do carro. Quando entrou em casa todas as luzes estavam desligadas, já se passava da 1 da manhã.

Amberly nem trocou de roupa, apenas se deitou por cima da coberta e ligou para Jayden.

— Alô prima, está tudo bem? Tá de madrugada! — perguntou sonolento.

— Não — Amberly voltou a chorar baixinho. — Por que diabos mataram eles? Eles não fizeram nada!

— ...A vida é uma droga, você só tem que saber como lidar com ela. As vezes ela te derruba e você escolhe se quer se levantar ou se quer ficar no chão e as vezes ela te leva ao ar e tudo fica muito bom e você tem que saber aproveitar pois logo ela vai te dar outra rasteira — falou.

— Esse lugar está te fazendo bem — Amberly brincou.

— Eu sei, estou super musculoso — Jayden arrancou uma risada de Amberly. — Te amo Amberly, sempre vou te amar minha prima mandona

— Também te amo Jay meu primo idiota — Jay sorriu do outro lado da linha. — Boa noite — Amberly desligou.

Ela se sentia um pouco melhor, estava começando a querer se levantar da ladeira. Mas ela só iria subir no dia seguinte após dormir.

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Um capítulo menorzinho mas só para desidratar vocês e contar o que aconteceu com Rosalie que vai fazer uma visita surpresa logo para frente, e de um jeito bem inusitado.

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