Royals | Drarry

eight.

Eight

Draco e Harry não viajaram em lua de mel porque as circunstancias não permitiram, a população ainda estava inquieta, mesmo com o casamento dos dois príncipes de ambos os reinos. Para não dizer que eles não "viajaram", eles passaram um final de semana no bangalô real que ficava um pouco mais afastado do palácio. Era uma pequena casa, onde os recém-casados passaram três dias fortalecendo a ligação e conhecendo o corpo um do outro.

Um mês depois e Harry e Draco já estavam como um casal realmente falando, depois da mordida, onde Harry exibia o pescoço orgulhoso de ter sido marcado por Draco, e a ligação foi estabelecida, eles eram como um só. Era fácil reconhecer os gestos de cada um, às vezes, apenas um olhar era o suficiente para saber o que cada um estava pensando ou o que queria. E Harry se assustava quando Draco dizia o que ele estava pensando ou querendo sem que sequer ele precisasse externar com palavras, mas agora, depois desse um mês de casados, Harry já estava mais acostumado.

Naquele dia de dezembro, a neve estava começando a cair e o clima frio da Inglaterra imperava. Com a proximidade do Natal, chegava também o aniversário de dezessete anos de Harry. O pequeno ômega estava empolgado, porque ele gostava desse clima natalino e gostava ainda mais de fazer aniversário na véspera desse dia tão feliz.

O palácio de Slytherin estava completamente ornamentado para o Natal e Harry estava sentado na sala de estar lendo um livro de significado de nomes para bebês acompanhado de Ron, ele estava ajudando o amigo a escolher o nome do bebê dele e de Blaise, mesmo que Ron ainda estivesse no terceiro mês de gestação e eles ainda não tivessem descoberto qual era o sexo, mas Ron estava definitivamente empolgado demais para esperar.

Ron tinha ido ao palácio para visitar a família enquanto Blaise estava numa reunião emergencial devido ao último ataque dos rebeldes no centro da cidade. Os dois ômegas estavam rindo e se divertindo com as variadas possibilidades de nomes para o bebê quando Harry começou a se sentir estranho.

Claro, como ele podia ter se esquecido? Seu cio era de dois em dois meses, ou seja, já estava na hora do segundo cio. Droga. Harry não tinha problema em ser ômega, mas ele não gostava dos cios, ele não gostava do fato de não ter o controle sobre o seu próprio corpo, nessa hora ele gostaria de ter nascido alfa, onde os cios só aconteciam de seis em seis meses, ou de ser um beta que nem precisava se preocupar com cios.

— Hazz, eu tô sentindo o seu cheiro daqui. — Ron disse, fazendo careta e despertando Harry dos seus devaneios.

— Droga! — Harry resmungou, já se sentindo quente. — Ron, eu v-vou... — gaguejou e tentou respirar fundo.

— Hazz, eu vou pedir pra chamarem o Draco. — Ron disse se levantando e indo até a porta.

Harry apenas assentiu fracamente se segurando no sofá. Ron correu e abriu a porta, encontrando um dos guardas por ali. Ele trancou a porta, por via das dúvidas — vai que o guarda não era marcado —, e chamou o rapaz.

— Precisa de algo, alteza? — o guarda perguntou.

— Sim, preciso que você vá chamar o príncipe Draco. Diga que o seu marido está entrando no cio. — Ron disse depressa.

O guarda apenas assentiu veemente com a cabeça e correu, por sorte ele já tinha sua parceira e entendeu rapidamente o recado. Ron continuou do lado de fora da porta da sala de estar, não queria que acontecesse algo com o seu amigo. Em questão de menos de dois minutos, Draco apareceu correndo e Ron apenas jogou a chave da porta para o príncipe, que a abriu num piscar de olhos.

Harry estava praticamente jogado no sofá e tentava a todo o custo se acalmar, ele ainda não estava pelado, pois como ele já teve o primeiro cio — que era o pior de todos — já conseguia reconhecer os sinais e com a ajuda dos supressores que estava tomando, os sintomas eram amenizados, dava pra esperar chegar até um lugar apropriado ou até que o seu alfa chegasse para resolver o problema.