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S/n's Pov

Acordei essa manhã com nenhuma vontade de viver. 

Isso acontece as vezes. Desde que Sirius foi preso e meu irmão e cunhada foram mortos eu tenho essas crises de ansiedade e inclusive estou tomando um antidepressivo pesado.

Ele me deixa grogue, quase não sei dizer onde estou quando tomo essa merda.

Mas o lado bom é que hoje é sábado, o que significa que eu não tenho que dar aulas, e que posso passar o dia todo em Hogsmeade gastando dinheiro e bebendo cerveja amanteigada.

Levantei e escovei os dentes e o cabelo, troquei de roupa e pus um tênis.

Saí de dentro do meu dormitório e passei por dentro da Comunal da Corvinal, não havia ninguém lá, então segui para o Grande Salão.

Ao chegar lá, entrei e vi que estava tudo vazio.

Estranho... Pensei. O que será que aconteceu? 

Rodei o pátio e ninguém estava lá, o jardim e nada lá também. 

Pouco me importa, pensei novamente, vou é sair sem ninguém me incomodar.

Saí do castelo e fui de carruagem até Hogsmeade, desci da carruagem e entrei na Zonko's.

Sentir o cheiro daquela loja me deu uma nostalgia extremamente desconfortável. Eu e Sirius passávamos a maior parte dos sábados na Zonko's, comprando bombas de bosta e coisas do tipo. De lá, nós costumávamos ir para o Três Vassouras, e comer aquelas tortas de abóbora enquanto bebíamos cerveja amanteigada.

-Para com isso, Black!- gritei rindo

-Com isso o que?- ele perguntou se fazendo de idiota

Senti Sirius me prender contra uma parede e me beijar

-Eu te amo, sabia disso?- perguntei baixo, ofegando por conta do beijo

-Sim...- ele respondeu sorrindo- Eu te amo muito mais, princesa.- ele me beijou de novo e depois saímos rindo com direção ao Três Vassouras ...

Aquela lembrança me deu arrepios, e lembrar de o quanto eu amava, e ainda amo, o Sirius me deixou mal.

Eu sentia sua falta a cada segundo, todos os dias me perguntava se ele também sentia minha falta.

Agora que ele escapou de Azkaban, eu só tenho dois medos: ele ser pego de novo e ganhar o beijo do dementador, e não me encontrar com ele.

Senti uma lágrima se transformar em duas, e depois em quatro. Logo, estava chorando descontroladamente.

Senti alguém tocar minhas costas, com os olhos turvos pelas lágrimas, me virei e vi Remus, parado com uma cara de quem entendia o que estava acontecendo.

Remus me puxou pra perto dele, me deu um abraço forte enquanto acariciava meu cabelo com carinho.

Ele tentou me acalmar a todo custo, mas acabou falhando.

Eu não estava mais apenas chorando, estava tendo uma crise.

-Eu sei que você sente falta dele...- ele disse baixo- Eu sinto tanto quanto você.

Eu soluçava, não conseguia o responder, apenas chorava.

Em dez minutos, percebi que alunos tinham se aglomerado ao nosso redor, procurando entender o que estava acontecendo.

Me obriguei a parar de chorar, controlei a crise e sequei as lágrimas.

Ouvi Minerva dispersando os alunos e parar a minha frente.

twɘʟvɘ ʏɘɑʀs ɑftɘʀ tʜɑt- sɪʀɪus ʙʟɑcĸOnde histórias criam vida. Descubra agora