O controle do tempo

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"Jamais pensei ser capaz de fazer tantas coisas, de chegar tão longe, principalmente, aquelas que para todos, chegam a ser surreais". — Isabelle González

Ainda me encontrava presa nesse quarto e confesso que estava começando a ficar faminta, já que não comi durante o dia todo. Acho que daria o meu rim em troca de um porco assado, só em pensar nisso, automaticamente começo a salivar.

E se fosse aquele preparado pela minha mãe, com certeza, seria melhor ainda. Queria tanto ter puxado o dom da culinária dela, mas infelizmente o único da família que tem é o meu irmão, João Pedro. E não é atoa que se tornou dono de um restaurante que está conquistando Seattle aos poucos. 

Enquanto estava com os pensamentos longe, sou despertada com várias batidas na porta como se alguém estivesse com muita pressa. E com isso, sou obrigada a levantar desta cama nada confortável e ajeitar o vestido que ficou levemente amarrotada:

— Pode entrar seja lá quem for. — Falei, simplesmente. 

Imediatamente a porta foi aberta e me deparei com a criada, Rebecca, que aparentava que tinha perdido todo o ar do mundo e provavelmente a causa disso, foram as escadas "eternas". Ela ficou por alguns milésimos de segundos parada e sem dizer nada na intenção de se recuperar um pouco. Depois disso, ela fez uma menção de que iria finalmente dizer alguma coisa:

— Perdão pela demora, senhorita Isabelle! És que estas escadas pareciam que não acabavam nunca, mas enfim, queria dizer-lhe que o jantar já estás pronto. E peço-lhe que me acompanhe para que possas jantar junto com a família York e o Mago Elliott. — Pediu e finalizou a frase com um sorriso ladino. 

— E falando nele, pensei que fosse ele que iria me levar até a sala de jantar... Quer dizer, pelo menos foi isso que ele tinha me dito antes de me deixar sozinha nesse quarto. — Falei, um pouco pensativa. 

— Então, foi ele que ordenou-me para que a chamasse, pois, estava muito ocupado resolvendo algumas coisas com a Milady Vivian. Por favor, me acompanhes antes que o jantar termine e a senhorita fiques sem comer. — Disse e insistiu mais uma vez no pedido de antes. 

— Entendi. Sim, até porque não estou muito afim de morrer de estômago vazio. — Falei, com um certo trauma dos dias que passei no calabouço deste castelo. 

A criada Rebecca apenas se virou e começou a andar pelo corredor, eu fui logo em seguida. Só que com os passos mais lentos por conta que agora o medo estava começando a se apossar de mim. Por temer de como que aquela Lady irá reagir com a minha presença no jantar. 

Vinte minutos se passaram

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Vinte minutos se passaram... 

Depois de descer aqueles inúmeros degraus e de se recuperar todo o fôlego e energia que foram perdidos por todo este esforço para chegar a sala de estar que continha uma lareira e algumas poltronas ou que pareciam ser. Andamos mais alguns passos até depararmos com a sala de jantar, onde se encontravam toda a família e o Mago que estavam se deliciando com o jantar. 

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