Prólogo

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“A vida pode te surpreender com coisas novas, mas será que todos estão preparados para isso?” — Jessica Oliveira.

                      (09/05/2018) — 06:40pm.

Me chamo Isabelle Teresa González. Minha família é de origem mexicana, mas nasci e fui criada em Seattle, Washington. Há um mês completei trinta anos, porém, não foi um aniversário como os outros que já tive em toda a minha vida, algo diferente e, podemos dizer, sobrenatural aconteceu comigo naquela festa, na pequena e humilde casa de meus pais.

O que posso dizer é que mesmo tendo passado um mês deste acontecimento, ainda não consigo ter coragem de contar sobre isso para ninguém de fora a não ser para minha família. Mas enfim, vou contar esta história para vocês e espero que não me achem uma louca e queiram me internar em algum hospício ou me matar, por acharem que sou algum tipo de bruxa ou algo do tipo, apesar que meio que podem me denominarem disso mesmo...    

Há exatamente um mês

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Há exatamente um mês...

Hoje é o dia do meu aniversário de trinta anos. Eu, Isabelle, que sou formada em medicina pediátrica há uns três anos mais ou menos, estava tendo mais um plantão do mês, sim, bem no dia de meu aniversário.

Faltavam cerca de quatro horas para acabar e o meu celular estava desligado, pois, os meus pais tinham me ligado um trilhão de vezes e eu nunca atendia, porque eu já sabia o que eles iriam me dizer.

Que seria o seguinte: "Filha, arrume um jeito de conseguir alguém para ficar no seu lugar neste hospital hoje, pois, é o seu aniversário e devia estar aproveitando o seu dia. E não quero saber de nenhuma desculpa esfarrapada para não ir à festa, está me entendendo ou preciso repetir?"

E sinceramente, não estou nenhum pouco afim de ouvir isso dela pela décima primeira ou segunda vez.

Enfim, após o término do plantão do dia, fui ao banheiro dos médicos para tomar um merecido banho e me arrumar para ir nessa tal festa, já que não queria ter que aguentar um sermão daqueles de minha mãe de novo. Assim que tomei o banho, me enrolei na toalha e fui em direção ao meu armário.

Com isso, o abri sem ter muito esforço e peguei uma blusa de manga curta da cor cinza, um moletom da cor preta que tinha uma estampa da Nike, uma calça jeans azul-escuro e as minhas peças íntimas. Após ter terminado de me vestir, calcei os meus tênis de sempre que eram da mesma marca e cor do moletom, escovei os meus longos cabelos castanhos claros e os deixei solto mesmo, por fim passei um batom vermelho.

Saí do local e andei até a recepção do hospital, me despedi das recepcionistas e me direcionei ao estacionamento, até me encontrar com o meu carro preto que estava caindo aos pedaços. Sei que devia ter comprado outro, mas este veículo é a minha única recordação que me restou do meu falecido avô Mário e não queria me desfazer do mesmo.

Então, entrei no carro e acelerei na mesma hora. Me encontrei com a parte da frente da casa cheia de pisca-pisca e alguns enfeites típicos de festas mexicanas, havia até pinhata pendurada na árvore. E achei isso um pouco de exagero de minha mãe, já que sou velha demais para estas coisas.

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