Classy Pirouette

Bônus

a fanart da mídia foi feita por uma leitora, a jules @/rizottinho no twitter. em suas palavras, ela se inspirou na cena em que o louis usou a pobre violet para dormir com o harry, quem lembra?

obrigada, jules!! <3

já leram minha fanfic com louis tigrinho? não? pois estão perdendo!

esse capítulo se passa um ano depois do casamento do harry e do louis e um ano antes do epílogo.
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─ Mamãe! Papai! A Violet vai morrer!

Evangeline trouxe o caos naquela manhã harmoniosa em que Louis fingia não estar surrupiando as frutas do prato de Anthony enquanto Harry se alongava somente para manter sua flexibilidade em dia.

A frase que deveria causar alarde nos adultos não teve efeito pois eles sabiam exatamente do que se tratava. Os olhares trocados diziam por si só, mas o pobre Anthony não entendia nada daquilo e logo sua feição brincalhona foi substituída por puro desespero: sua irmã estava prestes a morrer.

─ A Evie não está falando sério. ─ Louis o acalentou beijando suas bochechas cheinhas. ─ Não precisa chorar, Benji.

─ Estou sim! A Violet vai morrer, Tony!

─ Ninguém vai morrer. ─ Harry riu ao se pôr de pé. ─ Evie, o que você viu é-

─ Sangue! ─ replicou com os olhos arregalados, fungando em seguida. ─ Eu fui acordar a Vivi, mas eu vi sangue e saí correndo. Mamãe, vamos para o hospital!

─ Eu quero ver. ─ Anthony disse decidido, pulando para fora do abraço paternal. ─ Eu quero ver de olhos fechados.

Parecia uma cena reveladora do último ato de um filme, mas era somente a menarca de Violet.

─ Foi ali que eu vi! ─ Evie apontou para a cama. Aquela altura do campeonato, o lençol que cobria o colchão havia sido removido.

O garoto de cabelos claros se aproximou com cautela, correndo de volta para as pernas do pai segundos depois.

─ E-Estou com medo, papai.

─ Vamos deixar o papai conversar com a Vi, ok? ─ o mais novo tomou a frente, pegando Anthony no colo e sinalizando para Evangeline o acompanhar também.

Louis entrou em pânico.

─ Harry, eu não sei se consigo fazer isso. ─ expressou inseguro. ─ Eu provavelmente vou falar besteira e deixá-la ainda mais nervosa!

─ Você será incrível, amor. ─ esboçou um sorriso encorajador. ─ Treinamos para isso, lembra?

O tópico era frequentemente abordado desde os 10 anos da garota. Eles escutavam relatos de colegas que passavam pela fase e Violet parecia ansiosa para chegar sua vez, animada por algo que pessoas que menstruavam, geralmente, detestavam.

─ Vou providenciar absorventes. Remédios também, Gemma sempre reclamava de cólica. ─ Harry avisou. ─ Evie, vem passear com a mamãe.

Vamos comprar mais sangue para colocar de volta?, Louis escutou antes de estar sozinho no cômodo. Evie costumava falar o que vinha em sua cabeça.

As batidas na porta foram sutis e a resposta veio com o cessar da água corrente e a permissão para entrar. Ponderou se deveria realmente fazer isso, temendo invadir a privacidade da sua filha.

─ Pai, pode entrar. Eu não posso sair agora, você sabe.

Prendeu a própria respiração antes de forçar a maçaneta. Esgueirou-se para dentro receoso, tímido sem nenhum motivo aparente. A cabeça da pré-adolescente surgiu entre o vão do vidro embaçado e ela esboçou um pequeno sorriso.