Separados Pelo Tempo: Segredos Alienígenas Parte I | Wattys 2021

👽 •• 15 •• PENDÊNCIAS FAMILIARES •• 👽

SÁBADO, 13 DE OUTUBRO DE 2012

O lugar à frente de Hillary fazia com que ela tivesse péssimas memórias.

Por um instante, a jovem desejou estar em alguma das festinhas imbecis de seus amigos, pois ela estaria apenas desconfortável em vez de apavorada. Os olhos azuis da garota passearam por entre as árvores, com medo de que alguma coisa ou talvez os terríveis Aliotiks estivessem ali. Ela sentiu a mão de Dylan no seu cabelo e uma tentativa desesperada dele de fazer a namorada ter menos memórias ruins sobre aquele local:

— Quando tudo isso acabar vamos sair juntos de novo nos fins de semana?

Ela não soube o que responder. Preferiu dar um silêncio esmagador para o namorado.

E logo Karen se intrometeu na conversa:

— Se vocês estiverem vivos e bem, né?

Hillary agradeceu à resposta de Karen e riu em seguida. Se afastou de Dylan e voltou-se para a familiar lagoa à sua frente.

De forma inacreditável, Karen decidiu voltar até aquele lugar. De um lado, o carro do pai de Hillary e do outro, a moto de Dylan. Karen preferia ter vindo de bicicleta, mas achou melhor não.

— O que viemos fazer aqui mesmo? — protestou Aretha, que no fundo odiou a ideia do retorno. — Nos arriscar de forma irresponsável e louca? Se esqueceu que alguém morreu aqui?

Hillary sabia que Aretha estava certa. A última vez em que pisou naquele local, sua vida mudou de cabeça para baixo. Mas resolveu não comentar nada.

— Não tinha outro local para você nos apresentar seu amigo, Jenny? — Karen jogou para a novata. — tipo a praça da cidade, a HoverSaucer?

— Ele queria investigar o ataque ao policial. — a novata moveu os ombros.

— É, sete adolescentes idiotas vão investigar uma coisa de outro planeta. — Henry riu, e logo ouviu um comentário idiota de Dylan:

— Seis adolescentes e uma alienígena.

Jenny murchou o olhar, o que fez Hillary protestar:

— Você não pode falar assim dela.

— Tem razão. — Sarcástico, o loiro se encostou em uma árvore e jogou a culpa em Jenny. — Tudo aqui só aconteceu por causa dela.

— Sério? — Hillary cruzou os braços e riu. — Foi ela quem fugiu de um internato na intenção de foder com a namorada longe de todos? — anunciou, nervosa e quase chorando. — Dylan, todos nós somos culpados! Você está sendo babaca, hipócrita de merda.

— Sempre fui. — Ele concordou em ironia, mesmo envergonhado com os olhares sem graça do restante do grupo. — Vamos logo, marquei de assistir um filme com meu pai hoje.

Karen revirou os olhos. Como Hillary namorava um babaca daquele? Ela se perguntou ferozmente acerca disso, e pensou que preferia morrer a ter um namorado como Dylan. E então, quebrando seu infame questionamento, Dennis perguntou para Jennecy:

— Não estão com medo dessa tal coisa aparecer?

— Meu conhecido está me ajudando a explorar a fraqueza dessas coisas. — respondeu Jenny, sentando-se em um dos banquinhos de concreto ao redor da lagoa.

E então, com um riso, uma voz se elevou:

— Não vai me apresentar a eles, Jennecy?

Todos se viraram. Ao lado de uma fita de isolamento presa a uma árvore, um estranho conhecido de Jenny se aproximou do grupo. Ele deixou sua bicicleta encostada em uma placa que dizia "não jogar lixo na lagoa" e deu um enorme sorriso ao ver Jennecy.